Tempo, duração e eternidade na filosofia de Espinosa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Itokazu, Ericka Marie
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-18032009-110714/
Resumo: Numerosos são os estudos sobre a eternidade na filosofia de Espinosa, contudo, poucas são as pesquisas sobre o tempo e a duração, afinal, por que perguntar-se sobre o tempo numa filosofia da eternidade? Diferentemente dos seus primeiros escritos, na sua obra máxima, a Ética, a singularidade da definição espinosana da eternidade e da duração encontra-se justamente em se restringir à relação entre essência e existência, sem qualquer relação com o tempo. Contudo, acompanhando a gênese dos conceitos de tempo, duração e eternidade, desde os seus primeiros escritos até a Ética, veremos como este deslocamento conceitual revela um duplo movimento: é por desvincular o tempo da duração e da eternidade que a existência ganhará uma profundidade ontológica, ética e política; por outro lado, o tempo ganhará preponderante papel na constituição da imaginação. Nesse duplo movimento, compreenderemos como os conceitos de duração e eternidade, que têm sua terra natal em âmbito ontológico, permitem iluminar outras paisagens, estas sim diretamente vinculadas ao problema da temporalidade: a vida passional e a vida política.
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