Análise cladística do gênero neotropical Mesabolivar González-Sponga, 1998 (Araneae: Pholcidae)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2007 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41133/tde-30082007-095949/ |
Resumo: | O gênero Mesabolivar González-Sponga, 1998 é composto atualmente por 36 espécies de distribuição restrita à América do Sul. O gênero foi dividido tentativamente em quatro grupos operacionais de espécies sensu Huber: grupo norte 1", incluindo M. eberhardi Huber, M. huanuco Huber, M. aurantiacus (Mello-Leitão), M. cyaneus (Taczanowski); grupo norte 2", incluindo M. pseudoblechroscelis, M. huambisa Huber, M. locono Huber, M. junin Huber, M. paraensis (Mello-Leitão), M. exlineae(Mello-Leitão); grupo sul", incluindo M. cyaneomaculatus (Keyserling), M. spinulosus (Mello-Leitão), M. ceruleiventris (Mello- Leitão), M. tandilicus (Mello-Leitão), M. iguazu Huber, M. argentinensis (Mello-Leitão), M. brasiliensis (Mello-Leitão), M. togatus (Keyserling), M. guapiara Huber, M. maxacali Huber, M. botocudo Huber, M. cyaneotaeniatus (Keyserling), M. azureus (Badcock & Oxon), M. fluminensisi (Mello-Leitão), M. nigridentis (Mello-Leitão) e o grupo miscelânea", incluindo M. luteus (Keyserling), M. simoni (Moenkhaus), M. difficilis (Mello-Leitão), M. banksi (Moenkhaus), M. levii Huber, M. cambridgei (Mello-Leitão), M. xingu Huber. Até o momento não existia uma filogenia intragenérica estabelecida, e estes grupos não representam grupos com bases filogenéticas. Foi realizada no presente trabalho uma análise cladística com uma busca heurística usando os métodos ratchet", drift", sectorial search" e tree fusing" combinados. Foram incluídas 10 espécies novas descritas aqui e 26 espécies já descritas de Mesabolivar, com o intuito de elucidar a relação entre as espécies e avaliar o monofiletismo dos grupos pré-existentes. Foram usados 53 terminais no total, sendo 17 terminais usados como grupo externo. Foram usados 64 caracteres e foram encontrados 8 cladogramas mais parcimoniosos de L=203, CI=43 e RI=74. Os resultados mostraram que três espécies de Mesabolivar são relacionadas a outros gêneros. Destas, M. cambridgei foi transferida para o gênero Carapoia e M. luteus e M. levii foram transferidas para um gênero novo, Kaiowa gen. n.. As demais espécies de Mesabolivar estudadas formam um grupo monofilético suportado pelo procurso curvado dorsalmente, pela presença de uma projeção transparente ventral na divisão embólica e pela presença de projeções no epígino. Nenhum dos grupos sensu Huber foi plenamente corroborado. Após o exame das coleções nacionais, ficou claro que o gênero Mesabolivar é muito diverso, especialmente no Brasil, região pouco estudada em relação aos folcídeos, e desta forma, importante para a resolução de problemas na filogenia da família, especialmente o Clado Novo Mundo. |
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Análise cladística do gênero neotropical Mesabolivar González-Sponga, 1998 (Araneae: Pholcidae)Cladistic analysis of the Neotropical genus Mesabolivar González-Sponga, 1998 (Araneae: Pholcidae)MesabolivarMesabolivarAnálise cladísticaAraneaeAraneaeCladistic analysisNeotropicalNeotropicalPholcidaePholcidaeO gênero Mesabolivar González-Sponga, 1998 é composto atualmente por 36 espécies de distribuição restrita à América do Sul. O gênero foi dividido tentativamente em quatro grupos operacionais de espécies sensu Huber: grupo norte 1", incluindo M. eberhardi Huber, M. huanuco Huber, M. aurantiacus (Mello-Leitão), M. cyaneus (Taczanowski); grupo norte 2", incluindo M. pseudoblechroscelis, M. huambisa Huber, M. locono Huber, M. junin Huber, M. paraensis (Mello-Leitão), M. exlineae(Mello-Leitão); grupo sul", incluindo M. cyaneomaculatus (Keyserling), M. spinulosus (Mello-Leitão), M. ceruleiventris (Mello- Leitão), M. tandilicus (Mello-Leitão), M. iguazu Huber, M. argentinensis (Mello-Leitão), M. brasiliensis (Mello-Leitão), M. togatus (Keyserling), M. guapiara Huber, M. maxacali Huber, M. botocudo Huber, M. cyaneotaeniatus (Keyserling), M. azureus (Badcock & Oxon), M. fluminensisi (Mello-Leitão), M. nigridentis (Mello-Leitão) e o grupo miscelânea", incluindo M. luteus (Keyserling), M. simoni (Moenkhaus), M. difficilis (Mello-Leitão), M. banksi (Moenkhaus), M. levii Huber, M. cambridgei (Mello-Leitão), M. xingu Huber. Até o momento não existia uma filogenia intragenérica estabelecida, e estes grupos não representam grupos com bases filogenéticas. Foi realizada no presente trabalho uma análise cladística com uma busca heurística usando os métodos ratchet", drift", sectorial search" e tree fusing" combinados. Foram incluídas 10 espécies novas descritas aqui e 26 espécies já descritas de Mesabolivar, com o intuito de elucidar a relação entre as espécies e avaliar o monofiletismo dos grupos pré-existentes. Foram usados 53 terminais no total, sendo 17 terminais usados como grupo externo. Foram usados 64 caracteres e foram encontrados 8 cladogramas mais parcimoniosos de L=203, CI=43 e RI=74. Os resultados mostraram que três espécies de Mesabolivar são relacionadas a outros gêneros. Destas, M. cambridgei foi transferida para o gênero Carapoia e M. luteus e M. levii foram transferidas para um gênero novo, Kaiowa gen. n.. As demais espécies de Mesabolivar estudadas formam um grupo monofilético suportado pelo procurso curvado dorsalmente, pela presença de uma projeção transparente ventral na divisão embólica e pela presença de projeções no epígino. Nenhum dos grupos sensu Huber foi plenamente corroborado. Após o exame das coleções nacionais, ficou claro que o gênero Mesabolivar é muito diverso, especialmente no Brasil, região pouco estudada em relação aos folcídeos, e desta forma, importante para a resolução de problemas na filogenia da família, especialmente o Clado Novo Mundo.The genus Mesabolivar González-Sponga, 1998 includes presently 36 species and is restricted to South America. The genus was tentatively divided into four operacional species groups by Huber: northern group 1", including M. eberhardi Huber, M. huanuco Huber, M. aurantiacus (Mello-Leitão), M. cyaneus (Taczanowski); northern group 2", including M. pseudoblechroscelis, M. huambisa Huber, M. locono Huber, M. juninHuber, M. paraensis (Mello-Leitão), M. exlineae (Mello-Leitão); southern group", including M. cyaneomaculatus (Keyserling), M. spinulosus (Mello-Leitão), M. ceruleiventris (Mello-Leitão), M. tandilicus (Mello-Leitão), M. iguazu Huber, M. argentinensis (Mello-Leitão), M. brasiliensis (Mello- Leitão), M. togatus (Keyserling), M. guapiara Huber, M. maxacali Huber, M. botocudo Huber, M. cyaneotaeniatus (Keyserling), M. azureus (Badcock & Oxon), M. fluminensisi (Mello-Leitão), M. nigridentis (Mello-Leitão); and the miscellaneous group", including M. luteus (Keyserling), M. simoni (Moenkhaus), M. difficilis (Mello-Leitão), M. banksi (Moenkhaus), M. levii Huber, M. cambridgei (Mello-Leitão), M. xingu Huber. Until now, no intrageneric phylogeny was carried out, and the proposed groups were not constructed under a phylogenetic approach. In the present work, a cladistic analysis was conducted, performing a heuristc search combined with the methods ratchet", drift", sectorial search" and tree fusing". The study includes 26 described and 10 new species species of Mesabolivar, intending to define the relashionship among the species and evaluate the monophyly of the previously defined groups. The analysis was carried out using a total of 53 species, using 17 terminals for the outgroup. The matrix was based on 64 characters, and 8 most parsimonious trees were found (L=203, CI=43; RI=74). The results indicated that three species of Mesabolivar are related to other genera. Therefore, M. cambridgei was transferred to the genus Carapoia; M. luteus and M. levii were transferred to a newly described genus, Kaiowa new genus. The remaining species of Mesabolivar were supported as a monophyletic group by three synapomorphies: dorsally curved procursus, a transparent projection on the bulb and the epigynal projections. None of the groups sensu Huber was completely corroborated. After the examination of the brazilian collections, Mesabolivar was discovered to be very diverse, especially in Brazil, a region scarcely studied concerning pholcids, and then, very important to the resolution of phylogenetic problems in the family, specially the clado New World".Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPBrescovit, Antonio DomingosMachado, Éwerton Ortiz2007-05-08info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41133/tde-30082007-095949/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-04-16T20:48:23Zoai:teses.usp.br:tde-30082007-095949Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-04-16T20:48:23Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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O gênero Mesabolivar González-Sponga, 1998 é composto atualmente por 36 espécies de distribuição restrita à América do Sul. O gênero foi dividido tentativamente em quatro grupos operacionais de espécies sensu Huber: grupo norte 1", incluindo M. eberhardi Huber, M. huanuco Huber, M. aurantiacus (Mello-Leitão), M. cyaneus (Taczanowski); grupo norte 2", incluindo M. pseudoblechroscelis, M. huambisa Huber, M. locono Huber, M. junin Huber, M. paraensis (Mello-Leitão), M. exlineae(Mello-Leitão); grupo sul", incluindo M. cyaneomaculatus (Keyserling), M. spinulosus (Mello-Leitão), M. ceruleiventris (Mello- Leitão), M. tandilicus (Mello-Leitão), M. iguazu Huber, M. argentinensis (Mello-Leitão), M. brasiliensis (Mello-Leitão), M. togatus (Keyserling), M. guapiara Huber, M. maxacali Huber, M. botocudo Huber, M. cyaneotaeniatus (Keyserling), M. azureus (Badcock & Oxon), M. fluminensisi (Mello-Leitão), M. nigridentis (Mello-Leitão) e o grupo miscelânea", incluindo M. luteus (Keyserling), M. simoni (Moenkhaus), M. difficilis (Mello-Leitão), M. banksi (Moenkhaus), M. levii Huber, M. cambridgei (Mello-Leitão), M. xingu Huber. Até o momento não existia uma filogenia intragenérica estabelecida, e estes grupos não representam grupos com bases filogenéticas. Foi realizada no presente trabalho uma análise cladística com uma busca heurística usando os métodos ratchet", drift", sectorial search" e tree fusing" combinados. Foram incluídas 10 espécies novas descritas aqui e 26 espécies já descritas de Mesabolivar, com o intuito de elucidar a relação entre as espécies e avaliar o monofiletismo dos grupos pré-existentes. Foram usados 53 terminais no total, sendo 17 terminais usados como grupo externo. Foram usados 64 caracteres e foram encontrados 8 cladogramas mais parcimoniosos de L=203, CI=43 e RI=74. Os resultados mostraram que três espécies de Mesabolivar são relacionadas a outros gêneros. Destas, M. cambridgei foi transferida para o gênero Carapoia e M. luteus e M. levii foram transferidas para um gênero novo, Kaiowa gen. n.. As demais espécies de Mesabolivar estudadas formam um grupo monofilético suportado pelo procurso curvado dorsalmente, pela presença de uma projeção transparente ventral na divisão embólica e pela presença de projeções no epígino. Nenhum dos grupos sensu Huber foi plenamente corroborado. Após o exame das coleções nacionais, ficou claro que o gênero Mesabolivar é muito diverso, especialmente no Brasil, região pouco estudada em relação aos folcídeos, e desta forma, importante para a resolução de problemas na filogenia da família, especialmente o Clado Novo Mundo. |
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