Impacto do tratamento da apneia obstrutiva do sono com pressão positiva contínua nas vias aéreas na rigidez arterial em pacientes com hipertensão

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cruz, Fernanda Carolina Silva Guimarães
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5150/tde-05052023-155128/
Resumo: Introdução: Apneia obstrutiva do sono (AOS) está associada de forma independente à hipertensão arterial sistêmica (HAS). O tratamento da AOS com pressão positiva contínua das vias aéreas (CPAP) na pressão arterial (PA) foi amplamente estudado, mostrando redução média da PA relativamente pequena. Por outro lado, o impacto do tratamento da AOS com CPAP na rigidez arterial, que é um preditor independente de eventos cardiovasculares, demonstrou resultados variáveis. As principais limitações dos estudos randomizados anteriores foram: 1. Inclusão de pacientes normotensos ou hipertensos com PA controlada 2. Falta de monitoramento da adesão aos anti-hipertensivos; 3. Ausência de grupo placebo; 4. Diferentes técnicas de avaliação da rigidez arterial. Método: Este estudo randomizado controlado realizado é um braço do estudo multicêntrico Morbidity in Patients with Hypertension and Obstructive Sleep Apnea (MORPHEOS - Clinical trials.gov: NCT02270658). O estudo MORPHEOS avaliou os efeitos do tratamento da AOS moderada a grave em pacientes HAS não controlada com CPAP ou placebo dilatador nasal (DN) na PA. O presente estudo teve como desfecho primário a rigidez arterial medida pela velocidade da onda de pulso (VOP). Os desfechos secundários foram avaliar a espessura íntima-média carotídea (EIMC) e marcador inflamatório avaliado pela proteína C-reativa ultrassensível (PCR-US). Foram incluídos adultos de 18 a 65 anos de idade, com suspeita clínica de AOS e HAS não controlada avaliadas em dois centros: InCor - HCFMUSP e Hospital Universitário - USP. A AOS moderada a grave foi confirmada pelo exame de polissonografia completa (índice de apneia-hipopneia 15 eventos/hora de sono). A HAS não controlada foi confirmada pela aferição de pressão arterial (PA) em consultório (PA sistólica 140mmHg ou PA diastólica 90mmHg), com ao menos um parâmetro anormal na monitorização ambulatorial da PA de 24 horas (MAPA), apesar do uso regular de no mínimo um medicamento anti-hipertensivo. O uso adequado de medicações anti-hipertensivas foi checado pela contagem de comprimidos, considerando uma boa adesão aquela 80% durante o período de run-in por um mês. No final do período de run-in, foi realizado exame de monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA). Após, os pacientes foram randomizados para DN ou CPAP por 24 semanas. Medidas de PA de consultório, checagem de adesão aos medicamentos e de uso do CPAP ou DN foram realizados semanalmente no primeiro mês, e mensalmente até o final do estudo. Foram realizadas medidas de VOP, EIMC e PCR-US no início e final do estudo. Resultados: Setenta e três pacientes com HAS não controlada e AOS foram randomizados e 66 completaram o estudo (DN: n=35, CPAP: n=31). Os 2 grupos eram semelhantes no início do estudo. O índice de apneia-hipopneia médio foi de 46,9 ± 25,2 eventos/h. A adesão adequada ao DN (80%) e CPAP (4hs/noite) foi de 98,9% e 78,4%, respectivamente. A PA não apresentou modificação significativa no grupo controle ao longo do estudo, caindo significativamente no grupo CPAP: PA sistólica (= -10mmHg -22;-4mmHg, p=<0.001), PA diastólica (= -7mmHg ±9mmHg, p=0.007). A VOP não apresentou mudança significativa no grupo DN (=-0,08m/s ±0,93m/s, p=0,834). Em contraste, a VOP reduziu significativamente no grupo CPAP (= -0,78m/s ±1,43m/s, p=0,041). A EIMC e PCR-US não alcançaram diferenças estatísticas entre os grupos após 24 semanas de acompanhamento. Conclusão: O tratamento da AOS moderada a grave com CPAP, em pacientes com HAS não controlada, promove melhora significativa da rigidez arterial, independente dos efeitos na PA. No entanto, os efeitos do CPAP não são significativos na inflamação sistêmica avaliada por PCR-US e na EIMC
id USP_8c3857035ab316e6cd42019cf34275ca
oai_identifier_str oai:teses.usp.br:tde-05052023-155128
network_acronym_str USP
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository_id_str 2721
spelling Impacto do tratamento da apneia obstrutiva do sono com pressão positiva contínua nas vias aéreas na rigidez arterial em pacientes com hipertensãoImpact of obstructive sleep apnea with continuous positive airway pressure on arterial stiffness in patients with hypertensionApneia obstrutiva do sonoArterial stiffnessCarotid intima-media thicknessContinuous positive airway pressureEspessura íntima-média carotídeaHipertensãoHypertensionObstructive sleep apneaPressão positiva contínua nas vias aéreasPulse wave velocityRigidez arterialVelocidade de onda de pulsoIntrodução: Apneia obstrutiva do sono (AOS) está associada de forma independente à hipertensão arterial sistêmica (HAS). O tratamento da AOS com pressão positiva contínua das vias aéreas (CPAP) na pressão arterial (PA) foi amplamente estudado, mostrando redução média da PA relativamente pequena. Por outro lado, o impacto do tratamento da AOS com CPAP na rigidez arterial, que é um preditor independente de eventos cardiovasculares, demonstrou resultados variáveis. As principais limitações dos estudos randomizados anteriores foram: 1. Inclusão de pacientes normotensos ou hipertensos com PA controlada 2. Falta de monitoramento da adesão aos anti-hipertensivos; 3. Ausência de grupo placebo; 4. Diferentes técnicas de avaliação da rigidez arterial. Método: Este estudo randomizado controlado realizado é um braço do estudo multicêntrico Morbidity in Patients with Hypertension and Obstructive Sleep Apnea (MORPHEOS - Clinical trials.gov: NCT02270658). O estudo MORPHEOS avaliou os efeitos do tratamento da AOS moderada a grave em pacientes HAS não controlada com CPAP ou placebo dilatador nasal (DN) na PA. O presente estudo teve como desfecho primário a rigidez arterial medida pela velocidade da onda de pulso (VOP). Os desfechos secundários foram avaliar a espessura íntima-média carotídea (EIMC) e marcador inflamatório avaliado pela proteína C-reativa ultrassensível (PCR-US). Foram incluídos adultos de 18 a 65 anos de idade, com suspeita clínica de AOS e HAS não controlada avaliadas em dois centros: InCor - HCFMUSP e Hospital Universitário - USP. A AOS moderada a grave foi confirmada pelo exame de polissonografia completa (índice de apneia-hipopneia 15 eventos/hora de sono). A HAS não controlada foi confirmada pela aferição de pressão arterial (PA) em consultório (PA sistólica 140mmHg ou PA diastólica 90mmHg), com ao menos um parâmetro anormal na monitorização ambulatorial da PA de 24 horas (MAPA), apesar do uso regular de no mínimo um medicamento anti-hipertensivo. O uso adequado de medicações anti-hipertensivas foi checado pela contagem de comprimidos, considerando uma boa adesão aquela 80% durante o período de run-in por um mês. No final do período de run-in, foi realizado exame de monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA). Após, os pacientes foram randomizados para DN ou CPAP por 24 semanas. Medidas de PA de consultório, checagem de adesão aos medicamentos e de uso do CPAP ou DN foram realizados semanalmente no primeiro mês, e mensalmente até o final do estudo. Foram realizadas medidas de VOP, EIMC e PCR-US no início e final do estudo. Resultados: Setenta e três pacientes com HAS não controlada e AOS foram randomizados e 66 completaram o estudo (DN: n=35, CPAP: n=31). Os 2 grupos eram semelhantes no início do estudo. O índice de apneia-hipopneia médio foi de 46,9 ± 25,2 eventos/h. A adesão adequada ao DN (80%) e CPAP (4hs/noite) foi de 98,9% e 78,4%, respectivamente. A PA não apresentou modificação significativa no grupo controle ao longo do estudo, caindo significativamente no grupo CPAP: PA sistólica (= -10mmHg -22;-4mmHg, p=<0.001), PA diastólica (= -7mmHg ±9mmHg, p=0.007). A VOP não apresentou mudança significativa no grupo DN (=-0,08m/s ±0,93m/s, p=0,834). Em contraste, a VOP reduziu significativamente no grupo CPAP (= -0,78m/s ±1,43m/s, p=0,041). A EIMC e PCR-US não alcançaram diferenças estatísticas entre os grupos após 24 semanas de acompanhamento. Conclusão: O tratamento da AOS moderada a grave com CPAP, em pacientes com HAS não controlada, promove melhora significativa da rigidez arterial, independente dos efeitos na PA. No entanto, os efeitos do CPAP não são significativos na inflamação sistêmica avaliada por PCR-US e na EIMCIntroduction: Obstructive sleep apnea (OSA) is independently associated with hypertension (HTN). The OSA treatment with continuous positive airway pressure (CPAP) on blood pressure (BP) has been extensively studied, showing a relatively small mean reduction in BP. On the other hand, the impact of OSA treatment with CPAP on arterial stiffness, which is an independent predictor of cardiovascular events, showed variable results. The main limitations of previous randomized studies were: 1. Inclusion of normotensive or hypertensive patients with controlled BP 2. Lack of monitoring of adherence to antihypertensive drugs; 3. Absence of placebo group; 4. Different techniques for assessing arterial stiffness. Method: This randomized controlled study is a sub study of the multicenter study Morbidity in Patients with Hypertension and Obstructive Sleep Apnea (MORPHEOS - Clinical trials.gov: NCT02270658). The MORPHEOS study evaluated the effects of treating moderate to severe OSA in patients with hypertension not controlled with CPAP or placebo nasal dilator (NP) on BP. The primary outcome of the present study was arterial stiffness measured by pulse wave velocity (PWV). Secondary endpoints were to assess carotid intima-media thickness (CIMT) and inflammatory marker assessed by ultrasensitive C-reactive protein (US-CRP). Adults aged 18 to 65 years, with clinical suspicion of OSA and uncontrolled SAH, evaluated at two centers: InCor - HCFMUSP and Hospital Universitário - USP were included. Moderate to severe OSA was confirmed by complete polysomnography (apnea-hypopnea index 15 events/hour of sleep). Uncontrolled SAH was confirmed by in-office blood pressure (BP) measurement (systolic BP 140mmHg or diastolic BP 90mmHg), with at least one abnormal parameter on 24-hour ambulatory BP monitoring (ABPM), despite regular use of at least one antihypertensive drug. Adequate use of antihypertensive medications was checked by pill count, considering good adherence to be 80% during the one-month run-in period. At the end of run-in period, ambulatory blood pressure monitoring (ABPM) was performed. After, the patients were randomized to DN or CPAP for 24 weeks. Office BP measurements, medication adherence checks and CPAP or DN use were performed weekly in the first month, and monthly until the end of the study. Measurements of PWV, CIMT and US-CRP were performed at the baseline and end of study. Results: Seventy-three patients with uncontrolled HTN and OSA were randomized and 66 completed the study (DNS: n=35, CPAP: n=31). The 2 groups were similar at baseline. The mean apnea-hypopnea index was 46.9 ± 25.2 events/h. Adequate adherence to DN (80%) and CPAP (4hs/night) was 98.9% and 78.4%, respectively. BP did not change significantly in the control group throughout the study, falling significantly in the CPAP group: systolic BP (= -10mmHg -22;-4mmHg, p=<0.001), diastolic BP (= -7mmHg ±9mmHg, p =0.007). There was no significant change in PWV in DN group (=-0.08m/s ±0.93m/s, p=0.834). In contrast, PWV was significantly reduced in CPAP group (= -0.78m/s ±1.43m/s, p=0.041). CIMT and US-CRP did not achieve statistical differences between groups after 24 weeks of follow-up. Conclusion: The treatment of moderate to severe OSA with CPAP in patients with uncontrolled HTN promotes a significant improvement in arterial stiffness, regardless the effects on BP. However, the effects of CPAP are not significant on systemic inflammation assessed by US-CRP and on CIMTBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPLorenzi Filho, GeraldoCruz, Fernanda Carolina Silva Guimarães2023-01-09info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5150/tde-05052023-155128/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2023-05-10T16:28:58Zoai:teses.usp.br:tde-05052023-155128Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-05-10T16:28:58Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
dc.title.none.fl_str_mv Impacto do tratamento da apneia obstrutiva do sono com pressão positiva contínua nas vias aéreas na rigidez arterial em pacientes com hipertensão
Impact of obstructive sleep apnea with continuous positive airway pressure on arterial stiffness in patients with hypertension
title Impacto do tratamento da apneia obstrutiva do sono com pressão positiva contínua nas vias aéreas na rigidez arterial em pacientes com hipertensão
spellingShingle Impacto do tratamento da apneia obstrutiva do sono com pressão positiva contínua nas vias aéreas na rigidez arterial em pacientes com hipertensão
Cruz, Fernanda Carolina Silva Guimarães
Apneia obstrutiva do sono
Arterial stiffness
Carotid intima-media thickness
Continuous positive airway pressure
Espessura íntima-média carotídea
Hipertensão
Hypertension
Obstructive sleep apnea
Pressão positiva contínua nas vias aéreas
Pulse wave velocity
Rigidez arterial
Velocidade de onda de pulso
title_short Impacto do tratamento da apneia obstrutiva do sono com pressão positiva contínua nas vias aéreas na rigidez arterial em pacientes com hipertensão
title_full Impacto do tratamento da apneia obstrutiva do sono com pressão positiva contínua nas vias aéreas na rigidez arterial em pacientes com hipertensão
title_fullStr Impacto do tratamento da apneia obstrutiva do sono com pressão positiva contínua nas vias aéreas na rigidez arterial em pacientes com hipertensão
title_full_unstemmed Impacto do tratamento da apneia obstrutiva do sono com pressão positiva contínua nas vias aéreas na rigidez arterial em pacientes com hipertensão
title_sort Impacto do tratamento da apneia obstrutiva do sono com pressão positiva contínua nas vias aéreas na rigidez arterial em pacientes com hipertensão
author Cruz, Fernanda Carolina Silva Guimarães
author_facet Cruz, Fernanda Carolina Silva Guimarães
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Lorenzi Filho, Geraldo
dc.contributor.author.fl_str_mv Cruz, Fernanda Carolina Silva Guimarães
dc.subject.por.fl_str_mv Apneia obstrutiva do sono
Arterial stiffness
Carotid intima-media thickness
Continuous positive airway pressure
Espessura íntima-média carotídea
Hipertensão
Hypertension
Obstructive sleep apnea
Pressão positiva contínua nas vias aéreas
Pulse wave velocity
Rigidez arterial
Velocidade de onda de pulso
topic Apneia obstrutiva do sono
Arterial stiffness
Carotid intima-media thickness
Continuous positive airway pressure
Espessura íntima-média carotídea
Hipertensão
Hypertension
Obstructive sleep apnea
Pressão positiva contínua nas vias aéreas
Pulse wave velocity
Rigidez arterial
Velocidade de onda de pulso
description Introdução: Apneia obstrutiva do sono (AOS) está associada de forma independente à hipertensão arterial sistêmica (HAS). O tratamento da AOS com pressão positiva contínua das vias aéreas (CPAP) na pressão arterial (PA) foi amplamente estudado, mostrando redução média da PA relativamente pequena. Por outro lado, o impacto do tratamento da AOS com CPAP na rigidez arterial, que é um preditor independente de eventos cardiovasculares, demonstrou resultados variáveis. As principais limitações dos estudos randomizados anteriores foram: 1. Inclusão de pacientes normotensos ou hipertensos com PA controlada 2. Falta de monitoramento da adesão aos anti-hipertensivos; 3. Ausência de grupo placebo; 4. Diferentes técnicas de avaliação da rigidez arterial. Método: Este estudo randomizado controlado realizado é um braço do estudo multicêntrico Morbidity in Patients with Hypertension and Obstructive Sleep Apnea (MORPHEOS - Clinical trials.gov: NCT02270658). O estudo MORPHEOS avaliou os efeitos do tratamento da AOS moderada a grave em pacientes HAS não controlada com CPAP ou placebo dilatador nasal (DN) na PA. O presente estudo teve como desfecho primário a rigidez arterial medida pela velocidade da onda de pulso (VOP). Os desfechos secundários foram avaliar a espessura íntima-média carotídea (EIMC) e marcador inflamatório avaliado pela proteína C-reativa ultrassensível (PCR-US). Foram incluídos adultos de 18 a 65 anos de idade, com suspeita clínica de AOS e HAS não controlada avaliadas em dois centros: InCor - HCFMUSP e Hospital Universitário - USP. A AOS moderada a grave foi confirmada pelo exame de polissonografia completa (índice de apneia-hipopneia 15 eventos/hora de sono). A HAS não controlada foi confirmada pela aferição de pressão arterial (PA) em consultório (PA sistólica 140mmHg ou PA diastólica 90mmHg), com ao menos um parâmetro anormal na monitorização ambulatorial da PA de 24 horas (MAPA), apesar do uso regular de no mínimo um medicamento anti-hipertensivo. O uso adequado de medicações anti-hipertensivas foi checado pela contagem de comprimidos, considerando uma boa adesão aquela 80% durante o período de run-in por um mês. No final do período de run-in, foi realizado exame de monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA). Após, os pacientes foram randomizados para DN ou CPAP por 24 semanas. Medidas de PA de consultório, checagem de adesão aos medicamentos e de uso do CPAP ou DN foram realizados semanalmente no primeiro mês, e mensalmente até o final do estudo. Foram realizadas medidas de VOP, EIMC e PCR-US no início e final do estudo. Resultados: Setenta e três pacientes com HAS não controlada e AOS foram randomizados e 66 completaram o estudo (DN: n=35, CPAP: n=31). Os 2 grupos eram semelhantes no início do estudo. O índice de apneia-hipopneia médio foi de 46,9 ± 25,2 eventos/h. A adesão adequada ao DN (80%) e CPAP (4hs/noite) foi de 98,9% e 78,4%, respectivamente. A PA não apresentou modificação significativa no grupo controle ao longo do estudo, caindo significativamente no grupo CPAP: PA sistólica (= -10mmHg -22;-4mmHg, p=<0.001), PA diastólica (= -7mmHg ±9mmHg, p=0.007). A VOP não apresentou mudança significativa no grupo DN (=-0,08m/s ±0,93m/s, p=0,834). Em contraste, a VOP reduziu significativamente no grupo CPAP (= -0,78m/s ±1,43m/s, p=0,041). A EIMC e PCR-US não alcançaram diferenças estatísticas entre os grupos após 24 semanas de acompanhamento. Conclusão: O tratamento da AOS moderada a grave com CPAP, em pacientes com HAS não controlada, promove melhora significativa da rigidez arterial, independente dos efeitos na PA. No entanto, os efeitos do CPAP não são significativos na inflamação sistêmica avaliada por PCR-US e na EIMC
publishDate 2023
dc.date.none.fl_str_mv 2023-01-09
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5150/tde-05052023-155128/
url https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5150/tde-05052023-155128/
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv
dc.rights.driver.fl_str_mv Liberar o conteúdo para acesso público.
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Liberar o conteúdo para acesso público.
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.coverage.none.fl_str_mv
dc.publisher.none.fl_str_mv Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
publisher.none.fl_str_mv Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
dc.source.none.fl_str_mv
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
instname:Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
instname_str Universidade de São Paulo (USP)
instacron_str USP
institution USP
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)
repository.mail.fl_str_mv virginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.br
_version_ 1815256693487960064