Controle da água do solo em vasos em experimentos sobre utilização de nutrientes pelo feijoeiro (Phaseolus vulgaris. L.)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Montanheiro, Maria Nazareth Stolf
Data de Publicação: 1980
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20231122-092659/
Resumo: Um sistema de vaso, contendo internamente uma cápsula porosa de porcelana, foi delineado para controle de tensão de água em solos. A água era fornecida continuamente à cápsula através de uma tubulação flexível ligada a um reservatório de água, colocado abaixo do vaso. Diferenças de altura de 30, 60 e 90 cm foram empregadas para se obter três níveis distintos de tensão de água no solo, em casa de vegetação. O sistema mostrou-se adequado e versátil para o controle da água do solo. As tensões médias obtidas no solo foram maiores que as tensões fornecidas pelas cápsulas porosas, devido à alta taxa de evaporação na superfície do solo (vasos sem plantas) e a evapotranspiração (vasos com plantas). Estudou-se nesse sistema, utilizando-se um latossol vermelho amarelo, o efeito de três regimes de água na nodulação, fixação de N2 e a utilização do nitrogênio e fósforo do fertilizante pelo feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.). Em um primeiro experimento, o nitrogênio foi adicionado sob forma de (NH4)2SO4 empobrecido em 15N (0,009 átomos % 15N), nas doses de 0, 50 e 100 Kg N/ha, e, num segundo experimento, o fósforo foi colocado sob forma de KH2PO4 à base de 0, 100 e 200 Kg P2O5/ha, com 32P na atividade de 50μCi por vaso. Foi encontrada alta correlação entre o teor de água e a nodulação do feijoeiro e a utilização de N e P do fertilizante. Maiores respostas da nodulação foram obtidas em presença de fósforo e na ausência de nitrogênio mineral, porém esses efeitos somente foram significativos quando a água foi fornecida à planta em baixas tensões (0,07 e 0,4 atm). A eficiência de utilização de N do fertilizante chegou a 41% no início da floração, no tratamento úmido (0,07 atm) com adição de 100 Kg N/ha. De modo semelhante, foi obtida maior eficiência de utilização do fosfato quando a água foi mais disponível (0,4 atm), independente da dose de P (100 ou 200 Kg P2O5/ha), durante o período compreendido entre floração até a fase de enchimento das vagens, quando a utilização de 32P chegou ao redor de 20%.
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