Microclima e ocorrência de ramulose no algodoeiro em diferentes densidades populacionais.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2003 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11131/tde-12032003-145150/ |
Resumo: | Com o objetivo de avaliar o microclima e a ocorrência de ramulose (Colletotrichum gossypii South. var. cephalosporioides Costa) em diferentes densidades populacionais do algodoeiro (Gossypium hirsutum L. var. latifolium Hutch.), foi conduzido um experimento com as cultivares IAC 23 e Coodetec 401, em espaçamento de 0,9 m entre linhas e com 5, 10 e 15 plantas por metro na linha de plantio, perfazendo um total de seis tratamentos, subdivididos em parcelas inoculadas e não inoculadas com o fungo. A temperatura do ar medida na altura do terço superior da cultura apresentou diferença significativa em relação à medida a 2m do solo, na estação meteorológica, mas, não significativa entre as diferentes densidades. A umidade relativa foi maior quanto maior a densidade da cultura e significativamente menor na estação meteorológica. Porém, essa diferença ocorreu na fase inicial da cultura pois, a partir de um determinado grau de desenvolvimento, as diferenças entre densidades se minimizaram. A duração do período de molhamento (DPM) ocorreu de modo análogo à umidade relativa, porém com diferenças proporcionalmente maiores entre as densidades. Aos 30 dias após emergência (DAE), a DPM foi, em média, de 9,4, 10,2 e 11,7h, respectivamente, nas densidades de 5, 10 e 15 plantas por metro. Aos 45 DAE, a DPM foi de 11,2, 12,3 e 13,6h, nas mesmas densidades, respectivamente. Houve grande diferença de intensidade de doença entre as duas cultivares mas, não houve diferenças entre as três densidades, mesmo ocorrendo diferenças significativas entre os microclimas. Atribuiu-se a isso as condições macroclimáticas amplamente favoráveis ao patógeno, no decorrer do experimento. A área sob a curva de progresso da doença (AUDPC) nas parcelas inoculadas foi, em média, de 108 unidades na cultivar IAC 23 e 238 unidades na Coodetec 401. Nas não inoculadas, a AUDPC foi de 52 e 61 unidades, respectivamente. A duração da área foliar (DAF) entre 0 e 150 DAE, nas densidades de 5, 10 e 15 plantas por metro foi, respectivamente de 351, 502 e 645 IAF.dia na cultivar IAC 23, sem diferença entre parcelas inoculadas e não inoculadas. Na cultivar Coodetec 401, a DAF foi de 276, 482 e 606 IAF.dia nas parcelas não inoculadas, com redução de 8%, 22% e 20% nas parcelas inoculadas. Praticamente não houve diferença de rendimento de algodão em caroço entre as densidades. Na cultivar IAC 23 o rendimento foi de 0,42 Kg.m -2 nas parcelas não inoculadas e de 0,36 Kg.m -2 nas inoculadas. Na cultivar Coodetec 401, o rendimento foi de 0,44 Kg.m -2 nas parcelas não inoculadas e de 0,24 Kg.m -2 nas inoculadas. Com o monitoramento microclimático foi possível identificar um período bastante favorável à ocorrência da infecção, o qual precedeu um explosivo aumento de incidência da doença, próximo aos 87 DAE, que se caracterizou por um período com temperaturas noturnas menores, que 14ºC - o que aumenta o grau de predisposição do algodoeiro às doenças - seguido de dias com elevada umidade relativa do ar e DPM. |
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Microclima e ocorrência de ramulose no algodoeiro em diferentes densidades populacionais.Microclimate and ocurrence of ramulose in different cotton plant population densities.algodãocottoncrop genotypesdensidade populacionalmanagement practicesmicroclimamicroclimatepopulation densitiespráticas culturais (fitotécnia)ramulosevariedades vegetaisCom o objetivo de avaliar o microclima e a ocorrência de ramulose (Colletotrichum gossypii South. var. cephalosporioides Costa) em diferentes densidades populacionais do algodoeiro (Gossypium hirsutum L. var. latifolium Hutch.), foi conduzido um experimento com as cultivares IAC 23 e Coodetec 401, em espaçamento de 0,9 m entre linhas e com 5, 10 e 15 plantas por metro na linha de plantio, perfazendo um total de seis tratamentos, subdivididos em parcelas inoculadas e não inoculadas com o fungo. A temperatura do ar medida na altura do terço superior da cultura apresentou diferença significativa em relação à medida a 2m do solo, na estação meteorológica, mas, não significativa entre as diferentes densidades. A umidade relativa foi maior quanto maior a densidade da cultura e significativamente menor na estação meteorológica. Porém, essa diferença ocorreu na fase inicial da cultura pois, a partir de um determinado grau de desenvolvimento, as diferenças entre densidades se minimizaram. A duração do período de molhamento (DPM) ocorreu de modo análogo à umidade relativa, porém com diferenças proporcionalmente maiores entre as densidades. Aos 30 dias após emergência (DAE), a DPM foi, em média, de 9,4, 10,2 e 11,7h, respectivamente, nas densidades de 5, 10 e 15 plantas por metro. Aos 45 DAE, a DPM foi de 11,2, 12,3 e 13,6h, nas mesmas densidades, respectivamente. Houve grande diferença de intensidade de doença entre as duas cultivares mas, não houve diferenças entre as três densidades, mesmo ocorrendo diferenças significativas entre os microclimas. Atribuiu-se a isso as condições macroclimáticas amplamente favoráveis ao patógeno, no decorrer do experimento. A área sob a curva de progresso da doença (AUDPC) nas parcelas inoculadas foi, em média, de 108 unidades na cultivar IAC 23 e 238 unidades na Coodetec 401. Nas não inoculadas, a AUDPC foi de 52 e 61 unidades, respectivamente. A duração da área foliar (DAF) entre 0 e 150 DAE, nas densidades de 5, 10 e 15 plantas por metro foi, respectivamente de 351, 502 e 645 IAF.dia na cultivar IAC 23, sem diferença entre parcelas inoculadas e não inoculadas. Na cultivar Coodetec 401, a DAF foi de 276, 482 e 606 IAF.dia nas parcelas não inoculadas, com redução de 8%, 22% e 20% nas parcelas inoculadas. Praticamente não houve diferença de rendimento de algodão em caroço entre as densidades. Na cultivar IAC 23 o rendimento foi de 0,42 Kg.m -2 nas parcelas não inoculadas e de 0,36 Kg.m -2 nas inoculadas. Na cultivar Coodetec 401, o rendimento foi de 0,44 Kg.m -2 nas parcelas não inoculadas e de 0,24 Kg.m -2 nas inoculadas. Com o monitoramento microclimático foi possível identificar um período bastante favorável à ocorrência da infecção, o qual precedeu um explosivo aumento de incidência da doença, próximo aos 87 DAE, que se caracterizou por um período com temperaturas noturnas menores, que 14ºC - o que aumenta o grau de predisposição do algodoeiro às doenças - seguido de dias com elevada umidade relativa do ar e DPM.With the goal of evaluating the microclimate and the occurrence of ramulose (Colletotrichum gossypii South. var. cephalosporioides Costa) in cotton (Gossypium hirsutum L. var. latifolium Hutch.) crop with different population densities, it was conducted an experiment with the genotypes IAC 23 and Coodetec 401, in the spacing of 0.9m between lines and with 5, 10 and 15 plants per meter in the planting line, performing a total of six treatments, subdivided in areas, inoculated and not inoculated with the pathogen. The air temperature, measured within the crop canopy was significantly different from the measure obtained at 2m in a weather station but it was not significantly different among densities. The relative humidity increased with the crop density and was larger at the crop level than at the weather station. However, the difference among densities occurred in the initial phase of development, being minimized with the crop growth. The wetness period presented variation similar to the relative humidity, however, with larger differences between densities. At 30 days after emergence of seedlings (DAE), wetness period was 9.4, 10.2 and 11.7h, respectively, in the densities of 5, 10 and 15 plants per meter. At 45 DAE, wetness period was 11.2, 12.3 and 13.6h, at the same densities, respectively. There was huge difference of disease intensity between genotypes but there was no difference between the three densities, even occurring significant differences in the microclimate. This was attributed to the macroclimatic conditions which were widely favorable to the pathogen during the experiment period. The area under disease progress curve (AUDPC) in the inoculated areas was, on the average, 108 units in the genotype IAC 23 and 238 units in Coodetec 401. In the not inoculated areas, it was 52 and 61 units, respectively. The duration of the leaf area (DAF) between 0 and 150 DAE, in the densities of 5, 10 and 15 plants per meter was, respectively, 351, 502 and 645 LAI.day in the genotype IAC 23, without difference between inoculated and not inoculated areas. In the genotype Coodetec 401, DAF was 276, 482 and 606 LAI.day in the not inoculated areas, occurring reduction of 8%, 22% and 20% in the inoculated ones. There was no difference in the cotton yield between densities. In the genotype IAC 23 the yield was 0.42Kg.m -2 in the not inoculated areas and 0.36Kg.m -2 in the inoculated ones. In the genotype Coodetec 401, the yield was 0.44Kg.m -2 in the not inoculated areas and 0.24 Kg.m -2 in the inoculated. With the daily evaluation of the microclimate conditions it was possible to identify a favorable period to the pathogen infection, which preceded an explosive increase of the disease incidence, near to 87 DAE, which was characterized for a period with smaller nocturnal temperatures, under 14ºC - what increases the predisposition degree of the cotton to diseases - followed by days with high air relative humidity and wetness period.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPSentelhas, Paulo CesarMonteiro, José Eduardo Boffino de Almeida2003-01-23info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11131/tde-12032003-145150/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2023-05-23T20:16:36Zoai:teses.usp.br:tde-12032003-145150Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-05-23T20:16:36Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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