Efeito da radiação gama e do processo de germinação sobre as características nutricionais do feijão
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11141/tde-22112011-134339/ |
Resumo: | O feijão é uma importante fonte de proteínas, amido, vitaminas, minerais e fibras na dieta brasileira. A biodisponibilidade mineral e a digestibilidade protéica, entretanto, podem ser afetados pela presença de fatores antinutricionais. Atualmente, o a germinação tem sido empregado como alternativa para remoção ou inativação desses constituintes, melhorando com isso suas qualidades nutricionais. O presente estudo teve por objetivo estudar o efeito da radiação gama e germinação nos aspectos nutricionais dos grãos de feijão. O feijão utilizado foi da variedade carioca, cultivar pérola, adquirido de produtores de Goiás. Os grãos foram irradiados em uma fonte de Cobalto 60, tipo Gammacell, com taxa de dose de 0,456 kGy/hora e logo em seguida foram germinados em temperatura e luminosidade ambiente durante 72 e 96 horas. Em seguida, as amostras foram congeladas e liofilizadas. Os dados da composição centesimal indicaram que a germinação desencadeou aumento nos teores de umidade, proteína e fibras insolúveis e solúveis. Porém apresentou decréscimo no conteúdo de cinzas, lipídeos e carboidratos. A irradiação não influenciou nas concentrações da composição centesimal das amostras. Os testes microbiológicos da amostra germinada nos tempos de 72 e 96 horas apresentaram crescimento de coliformes totais, abaixo dos níveis aceitáveis. Salmonella e coliformes fecais não apresentaram crescimento nas amostras. A análise sensorial, apresentou baixa rejeição nos feijões germinados. Os teores de ácido fítico apresentaram redução em seu conteúdo após a germinação, mas não significativo em relação à amostra controle. Os valores de taninos, após a germinação em 72 horas não foi detectado nas amostras. Uma redução no conteúdo de inibidor de tripsina e fenólicos totais entre as amostras analisadas foi observada com o efeito da germinação. Nas plantas germinadas houve diminuição no teor de hemaglutinina e aumento na digestibilidade protéica. Os flavonóides não foram detectados em nenhuma amostra. A clorofila e carotenóides totais apresentou aumento após a germinação das sementes. A maior atividade antioxidante foi encontrada para o feijão germinado em 96 horas sendo de 78% e 33% para os métodos ABTS e DPPH, respectivamente. A composição mineral não foi influenciada pelo tratamento de irradiação, e sim do processo de germinação. A disponibilidade in vitro de ferro, cálcio, magnésio e zinco, notou-se que apesar da germinação e irradiação e o grão controle não apresentarem diferença significativa, nas amostras germinadas houve aumento nos valores. A disponibilidade de magnésio diminuiu com o processo germinativo. Após a germinação houve aumentou nos teores de riboflavina e vitamina B6, mas diminuiu o teor de tiamina. O processo de irradiação não comprometeu o valor nutricional das vitaminas do feijão. Assim, conclui-se que a germinação melhora a qualidade nutricional do grão, devendo ser estimulado o seu consumo na dieta brasileira. |
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Efeito da radiação gama e do processo de germinação sobre as características nutricionais do feijãoEffect of gamma radiation and the process of germination on the nutritional characteristics of beansAnalise sensorial de alimentosBeansFeijãoGamma radiationGerminaçãoGerminationGrainsGrãosNutritional value.Radiação gamaSensorial analysis of foodValor nutritivoO feijão é uma importante fonte de proteínas, amido, vitaminas, minerais e fibras na dieta brasileira. A biodisponibilidade mineral e a digestibilidade protéica, entretanto, podem ser afetados pela presença de fatores antinutricionais. Atualmente, o a germinação tem sido empregado como alternativa para remoção ou inativação desses constituintes, melhorando com isso suas qualidades nutricionais. O presente estudo teve por objetivo estudar o efeito da radiação gama e germinação nos aspectos nutricionais dos grãos de feijão. O feijão utilizado foi da variedade carioca, cultivar pérola, adquirido de produtores de Goiás. Os grãos foram irradiados em uma fonte de Cobalto 60, tipo Gammacell, com taxa de dose de 0,456 kGy/hora e logo em seguida foram germinados em temperatura e luminosidade ambiente durante 72 e 96 horas. Em seguida, as amostras foram congeladas e liofilizadas. Os dados da composição centesimal indicaram que a germinação desencadeou aumento nos teores de umidade, proteína e fibras insolúveis e solúveis. Porém apresentou decréscimo no conteúdo de cinzas, lipídeos e carboidratos. A irradiação não influenciou nas concentrações da composição centesimal das amostras. Os testes microbiológicos da amostra germinada nos tempos de 72 e 96 horas apresentaram crescimento de coliformes totais, abaixo dos níveis aceitáveis. Salmonella e coliformes fecais não apresentaram crescimento nas amostras. A análise sensorial, apresentou baixa rejeição nos feijões germinados. Os teores de ácido fítico apresentaram redução em seu conteúdo após a germinação, mas não significativo em relação à amostra controle. Os valores de taninos, após a germinação em 72 horas não foi detectado nas amostras. Uma redução no conteúdo de inibidor de tripsina e fenólicos totais entre as amostras analisadas foi observada com o efeito da germinação. Nas plantas germinadas houve diminuição no teor de hemaglutinina e aumento na digestibilidade protéica. Os flavonóides não foram detectados em nenhuma amostra. A clorofila e carotenóides totais apresentou aumento após a germinação das sementes. A maior atividade antioxidante foi encontrada para o feijão germinado em 96 horas sendo de 78% e 33% para os métodos ABTS e DPPH, respectivamente. A composição mineral não foi influenciada pelo tratamento de irradiação, e sim do processo de germinação. A disponibilidade in vitro de ferro, cálcio, magnésio e zinco, notou-se que apesar da germinação e irradiação e o grão controle não apresentarem diferença significativa, nas amostras germinadas houve aumento nos valores. A disponibilidade de magnésio diminuiu com o processo germinativo. Após a germinação houve aumentou nos teores de riboflavina e vitamina B6, mas diminuiu o teor de tiamina. O processo de irradiação não comprometeu o valor nutricional das vitaminas do feijão. Assim, conclui-se que a germinação melhora a qualidade nutricional do grão, devendo ser estimulado o seu consumo na dieta brasileira.Beans are an important source of protein, starch, vitamins, minerals and fiber in the Brazilian diet. The protein digestibility and mineral bioavailability, however, may be affected by the presence of anti-nutritional factors. Currently, germination has been used as an alternative for the removal or inactivation of these components, thus improving nutritional qualities of beans. This study aimed to study the effect of gamma irradiation and germination on the nutritional aspects of beans. The carioca bean variety was used, cultivar pérola, obtained from producers of Goiás state Brazil. The grains were irradiated in a Cobalt60 source, Gammacell type, at a dose rate of 0.456 kGy/ hour and soon after, they were germinated in room temperature and light during 72 and 96 hours. Then, the samples were frozen and lyophilized. The centesimal composition indicated that germination caused an increase in moisture, protein and soluble and insoluble fiber. However, it showed a decrease in ash, lipids and carbohydrates contents. Irradiation did not influence concentrations of the chemical composition of the samples. Microbiological tests of the sample germinated in 72 and 96 showed growth of coliforms, below acceptable levels. Salmonella and fecal coliforms in the samples showed no growth. The sensory analysis showed low rejection of the germinated beans. The phytic acid showed a reduction in its content after germination, but not significantly compared to the control sample. The amounts of tannins, after germination in 72 hours, were not detected in the samples. A reduction in trypsin inhibitor content and total phenolic content between samples was observed with the effect of germination. In the germinated plants, the hemagglutinin content decreased and digestibility increased. Flavonoids were not detected in any sample. Chlorophyll and total carotenoids showed an increase after seed germination. The highest antioxidant activity was found for the beans germinated in 96 hours being 78% and 33% for ABTS and DPPH methods, respectively. The mineral composition was not affected by irradiation treatment, but the germination process was. The in vitro availability of iron, calcium, magnesium and zinc, in spite of the germination and irradiation, the control bean did not show a significant difference in the samples germinated was no increase in values. The availability of magnesium decreased with the germination process. After germination was increased the levels of riboflavin and vitamin B6, but decreased the amount of thiamin. The irradiation process did not compromise the nutritional value of vitamins in the beans. Thus, we conclude that germination improves the nutritional quality of the grain should be nurtured their consumption in the Brasilian diet.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPBrazaca, Solange Guidolin CanniattiMartinez, Patricia Cristina Corazza2011-10-18info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11141/tde-22112011-134339/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:30Zoai:teses.usp.br:tde-22112011-134339Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:30Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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O feijão é uma importante fonte de proteínas, amido, vitaminas, minerais e fibras na dieta brasileira. A biodisponibilidade mineral e a digestibilidade protéica, entretanto, podem ser afetados pela presença de fatores antinutricionais. Atualmente, o a germinação tem sido empregado como alternativa para remoção ou inativação desses constituintes, melhorando com isso suas qualidades nutricionais. O presente estudo teve por objetivo estudar o efeito da radiação gama e germinação nos aspectos nutricionais dos grãos de feijão. O feijão utilizado foi da variedade carioca, cultivar pérola, adquirido de produtores de Goiás. Os grãos foram irradiados em uma fonte de Cobalto 60, tipo Gammacell, com taxa de dose de 0,456 kGy/hora e logo em seguida foram germinados em temperatura e luminosidade ambiente durante 72 e 96 horas. Em seguida, as amostras foram congeladas e liofilizadas. Os dados da composição centesimal indicaram que a germinação desencadeou aumento nos teores de umidade, proteína e fibras insolúveis e solúveis. Porém apresentou decréscimo no conteúdo de cinzas, lipídeos e carboidratos. A irradiação não influenciou nas concentrações da composição centesimal das amostras. Os testes microbiológicos da amostra germinada nos tempos de 72 e 96 horas apresentaram crescimento de coliformes totais, abaixo dos níveis aceitáveis. Salmonella e coliformes fecais não apresentaram crescimento nas amostras. A análise sensorial, apresentou baixa rejeição nos feijões germinados. Os teores de ácido fítico apresentaram redução em seu conteúdo após a germinação, mas não significativo em relação à amostra controle. Os valores de taninos, após a germinação em 72 horas não foi detectado nas amostras. Uma redução no conteúdo de inibidor de tripsina e fenólicos totais entre as amostras analisadas foi observada com o efeito da germinação. Nas plantas germinadas houve diminuição no teor de hemaglutinina e aumento na digestibilidade protéica. Os flavonóides não foram detectados em nenhuma amostra. A clorofila e carotenóides totais apresentou aumento após a germinação das sementes. A maior atividade antioxidante foi encontrada para o feijão germinado em 96 horas sendo de 78% e 33% para os métodos ABTS e DPPH, respectivamente. A composição mineral não foi influenciada pelo tratamento de irradiação, e sim do processo de germinação. A disponibilidade in vitro de ferro, cálcio, magnésio e zinco, notou-se que apesar da germinação e irradiação e o grão controle não apresentarem diferença significativa, nas amostras germinadas houve aumento nos valores. A disponibilidade de magnésio diminuiu com o processo germinativo. Após a germinação houve aumentou nos teores de riboflavina e vitamina B6, mas diminuiu o teor de tiamina. O processo de irradiação não comprometeu o valor nutricional das vitaminas do feijão. Assim, conclui-se que a germinação melhora a qualidade nutricional do grão, devendo ser estimulado o seu consumo na dieta brasileira. |
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