Eficácia e segurança da suplementação de creatina em pacientes com lúpus erimatoso sistêmico de início juvenil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5164/tde-07022014-144017/ |
Resumo: | Introdução: A suplementação de creatina tem surgido na literatura como uma potencial estratégia terapêutica não farmacológica em diversas condições caracterizadas por disfunções musculares e baixa massa muscular, incluindo as doenças reumatológicas pediátricas. O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia e a segurança da suplementação de creatina em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico de início juvenil (LESJ). Métodos: Trata-se de um estudo duplo-cego, crossover, balanceado e controlado por placebo. Os voluntários (n = 15) foram randomizados em duas condições que receberam creatina ou dextrose por 12 semanas, interpassadas por um período de washout de 8 semanas. A função muscular foi avaliada por testes de uma repetição máxima (1 RM), Timed-Up-And-Go, Timed-Stands e de preensão manual. Ainda, foram avaliados a composição corporal, os marcadores bioquímicos do remodelamento ósseo, a aptidão aeróbia, os parâmetros de qualidade de vida e a capacidade funcional dos voluntários. As possíveis alterações no consumo alimentar foram avaliadas por três recordatórios alimentares de 24h, enquanto o conteúdo de fosforilcreatina muscular foi avaliado por meio de espectroscopia de fósforo por ressonância magnética (31P-ERM). A segurança da intervenção foi avaliada por parâmetros laboratoriais e por clearance de 51Cr-EDTA e, por fim, os eventos adversos foram registrados durante todo o estudo. Resultados: Não houve diferença significativa no conteúdo intramuscular de fosforilcreatina entre as condições, antes e após as intervenções (creatina - Pré: 20,5 ± 2,6/ Pós: 20,4 ± 4,1; placebo - Pré: 19,8 ± 2,0/ Pós: 20,2 ± 3,2 mmol/kg peso úmido; p = 0,70 para interação entre condições). Ainda, provavelmente, como consequência do conteúdo intramuscular ter se mantido inalterado, não houve diferença significativa entre as condições para todos os parâmetros analisados (p > 0,05). Além do clearance de 51Cr-EDTA não ter sido alterado com a suplementação de creatina, nenhum efeito adverso foi observado. Conclusão: O protocolo de suplementação de creatina (0,1 g/kg/d) por 12 semanas foi bem tolerado e livre de efeitos adversos. Entretanto, a suplementação de creatina não foi eficaz no aumento do conteúdo intramuscular de fosforilcreatina, na melhora da função muscular, aptidão aeróbia, composição corporal e parâmetros de qualidade de vida em pacientes com LESJ |
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Eficácia e segurança da suplementação de creatina em pacientes com lúpus erimatoso sistêmico de início juvenilEfficacy and safety of creatine supplementation in childhood-onset systemic lupus erythematosusAdolescentAdolescenteAutoimmune diseasesChildCreatinaCreatineCriançaDoenças autoimunesForça muscularKidney function testsLúpus eritematoso sistêmicoMuscle skeletalMuscle strengthMúsculo esqueléticoQualidade de vidaQuality of lifeRespiratory function testsSystemic lupus erythematosusTestes de função renalTestes de função respiratóriaIntrodução: A suplementação de creatina tem surgido na literatura como uma potencial estratégia terapêutica não farmacológica em diversas condições caracterizadas por disfunções musculares e baixa massa muscular, incluindo as doenças reumatológicas pediátricas. O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia e a segurança da suplementação de creatina em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico de início juvenil (LESJ). Métodos: Trata-se de um estudo duplo-cego, crossover, balanceado e controlado por placebo. Os voluntários (n = 15) foram randomizados em duas condições que receberam creatina ou dextrose por 12 semanas, interpassadas por um período de washout de 8 semanas. A função muscular foi avaliada por testes de uma repetição máxima (1 RM), Timed-Up-And-Go, Timed-Stands e de preensão manual. Ainda, foram avaliados a composição corporal, os marcadores bioquímicos do remodelamento ósseo, a aptidão aeróbia, os parâmetros de qualidade de vida e a capacidade funcional dos voluntários. As possíveis alterações no consumo alimentar foram avaliadas por três recordatórios alimentares de 24h, enquanto o conteúdo de fosforilcreatina muscular foi avaliado por meio de espectroscopia de fósforo por ressonância magnética (31P-ERM). A segurança da intervenção foi avaliada por parâmetros laboratoriais e por clearance de 51Cr-EDTA e, por fim, os eventos adversos foram registrados durante todo o estudo. Resultados: Não houve diferença significativa no conteúdo intramuscular de fosforilcreatina entre as condições, antes e após as intervenções (creatina - Pré: 20,5 ± 2,6/ Pós: 20,4 ± 4,1; placebo - Pré: 19,8 ± 2,0/ Pós: 20,2 ± 3,2 mmol/kg peso úmido; p = 0,70 para interação entre condições). Ainda, provavelmente, como consequência do conteúdo intramuscular ter se mantido inalterado, não houve diferença significativa entre as condições para todos os parâmetros analisados (p > 0,05). Além do clearance de 51Cr-EDTA não ter sido alterado com a suplementação de creatina, nenhum efeito adverso foi observado. Conclusão: O protocolo de suplementação de creatina (0,1 g/kg/d) por 12 semanas foi bem tolerado e livre de efeitos adversos. Entretanto, a suplementação de creatina não foi eficaz no aumento do conteúdo intramuscular de fosforilcreatina, na melhora da função muscular, aptidão aeróbia, composição corporal e parâmetros de qualidade de vida em pacientes com LESJIntroduction: Creatine supplementation has emerged as a promising non-pharmacological therapeutic strategy to counteract muscle dysfunction and low lean mass in a variety of conditions, including in pediatric and rheumatic diseases. The objective of this study was to examine the efficacy and safety of creatine supplementation in childhood systemic lupus erythematosus (C-SLE). Methods: C-SLE patients with mild disease activity (n=15) received placebo or creatine supplementation in a randomized fashion using a crossover, double-blind, repeated-measures design. The subjects were assessed at baseline and after 12 weeks in each arm, interspersed by a 8-week washout period. The primary outcomes was muscle function, as assessed by a battery of tests including one-maximum repetition (1-RM) tests, the Timed-Up-And-Go test, the Timed-Stands test, and the handgrip test. Secondary outcomes included body composition, biochemical markers of bone remodeling, aerobic conditioning, quality of life, and physical capacity. Possible differences in dietary intake were assessed by three 24-h dietary recalls. Muscle phosphorylcreatine content was measured through phosphorus magnetic resonance spectroscopy (31P-MRS). The safety of the intervention was assessed by laboratory parameters and kidney function was measured by the 51Cr-EDTA clearance. Additionally, self-reported adverse events were recorded throughout the trial. Results: Intramuscular phosphorylcreatine content was not significantly different between creatine and placebo before or after the intervention (creatine - Pre: 20.5 ± 2.6, Post: 20.4 ± 4.1, placebo - Pre: 19.8 ± 2.0; Post: 20.2 ± 3.2 mmol/kg wet muscle; p = 0.70 for interaction between conditions). In addition, probably as a consequence of the lack of change in intramuscular phosphorylcreatine content, there were no significant changes between placebo and creatine for any muscle function and aerobic conditioning parameters, lean mass, fat mass, bone mass, and quality of life scores (p > 0.05). The 51Cr-EDTA clearance was not altered by creatine supplementation and no side effects were noticed. Conclusion: a 12-week creatine supplementation protocol at 0.1 g/kg/d is well tolerable and free of adverse effects but did not affect intramuscular phosphorylcreatine, muscle function, free-fat mass or quality of life in C-SLE patients with mild disease activityBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPGualano, BrunoHayashi, Ana Paula Tanaka2013-11-26info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5164/tde-07022014-144017/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:11:02Zoai:teses.usp.br:tde-07022014-144017Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:11:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Introdução: A suplementação de creatina tem surgido na literatura como uma potencial estratégia terapêutica não farmacológica em diversas condições caracterizadas por disfunções musculares e baixa massa muscular, incluindo as doenças reumatológicas pediátricas. O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia e a segurança da suplementação de creatina em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico de início juvenil (LESJ). Métodos: Trata-se de um estudo duplo-cego, crossover, balanceado e controlado por placebo. Os voluntários (n = 15) foram randomizados em duas condições que receberam creatina ou dextrose por 12 semanas, interpassadas por um período de washout de 8 semanas. A função muscular foi avaliada por testes de uma repetição máxima (1 RM), Timed-Up-And-Go, Timed-Stands e de preensão manual. Ainda, foram avaliados a composição corporal, os marcadores bioquímicos do remodelamento ósseo, a aptidão aeróbia, os parâmetros de qualidade de vida e a capacidade funcional dos voluntários. As possíveis alterações no consumo alimentar foram avaliadas por três recordatórios alimentares de 24h, enquanto o conteúdo de fosforilcreatina muscular foi avaliado por meio de espectroscopia de fósforo por ressonância magnética (31P-ERM). A segurança da intervenção foi avaliada por parâmetros laboratoriais e por clearance de 51Cr-EDTA e, por fim, os eventos adversos foram registrados durante todo o estudo. Resultados: Não houve diferença significativa no conteúdo intramuscular de fosforilcreatina entre as condições, antes e após as intervenções (creatina - Pré: 20,5 ± 2,6/ Pós: 20,4 ± 4,1; placebo - Pré: 19,8 ± 2,0/ Pós: 20,2 ± 3,2 mmol/kg peso úmido; p = 0,70 para interação entre condições). Ainda, provavelmente, como consequência do conteúdo intramuscular ter se mantido inalterado, não houve diferença significativa entre as condições para todos os parâmetros analisados (p > 0,05). Além do clearance de 51Cr-EDTA não ter sido alterado com a suplementação de creatina, nenhum efeito adverso foi observado. Conclusão: O protocolo de suplementação de creatina (0,1 g/kg/d) por 12 semanas foi bem tolerado e livre de efeitos adversos. Entretanto, a suplementação de creatina não foi eficaz no aumento do conteúdo intramuscular de fosforilcreatina, na melhora da função muscular, aptidão aeróbia, composição corporal e parâmetros de qualidade de vida em pacientes com LESJ |
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