Avaliação da maturação das vértebras cervicais em tomografia computadorizada de feixe cônico através de métodos quantitativo e qualitativo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25149/tde-05082024-174924/ |
Resumo: | A maturação óssea é um método diagnóstico de grande importância na prática clínica odontológica e sua avaliação se faz necessária, uma vez que fornece informações reais sobre o grau de desenvolvimento de um indivíduo, além da quantidade e velocidade de crescimento, que são fatores indispensáveis para se determinar o tempo ideal para realização de procedimentos, ou seja, definir o momento mais adequado para planejamento e tratamento em crianças e adolescentes. Este estudo buscou analisar a influência dos tipos de imagens obtidas da Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (TCFC), do treinamento e do nível de experiência clínica de profissionais na reprodutibilidade do método de avaliação da maturação óssea através das vértebras cervicais (MVC), da relação com a idade cronológica e sexos, além de investigar a relação da MVC com os volumes das vértebras C2, C3 e C4 e identificar os valores desses volumes em cada estágio da MVC. As reformatações sagitais (RS) e reconstruções 3D (R3D) da TCFC foram avaliadas por dois examinadores, um cirurgião-dentista radiologista e cirurgiãodentista clínico geral através do método de avaliação da MVC proposto por Hassel e Farman (1995). As vértebras cervicais, visualizadas na TCFC, foram segmentadas no software 3D Slicer para análise de volume. A análise de reprodutibilidade dos estágios de maturação óssea nas reconstruções sagitais e 3D dos dois avaliadores foram analisadas pela estatística Kappa. A associação entre os estágios de MVC e idade cronológica, sexos, volume, bem como nas reformatações sagitais e 3D foi avaliada pelo teste de correlação de Spearman. A comparação isolada entre os sexos e volumes foi analisada pelo Teste de Mann-Whitney. E para determinar as médias de volume em cada estágio nas três vértebras, foi realizada a Análise de Variância (ANOVA), seguida de teste post-hoc de Tukey. O nível de significância considerado dos testes realizados foi fixado sempre em um valor menor ou igual a 5% (p£0,05). A concordância intraexaminador para a RS e os dois avaliadores foi quase perfeita, 0,832 (radiologista) e 0,808 (clínico geral). Na R3D o radiologista obteve uma concordância quase perfeita (0,964), enquanto o clínico geral obteve uma substancial (0,768). Na concordância interexaminador quando comparada a RS, a concordância foi de 86% enquanto na R3D foi de 91%. Ambos os sexos apresentaram correlação moderada com a idade cronológica, r=0,620 na RS e r=0,593 na R3D. Quando correlacionados os sexos separadamente, o sexo masculino apresentou a correlação forte para as duas modalidades de imagem r=0,780 na RS e r=0,720 na R3D. Entre os sexos e volumes não houve diferença estatisticamente significativa, já as médias encontradas de volume das vértebras para cada estágio da MVC, apresentaram (p<0,05). Este estudo demonstrou que a avaliação da MVC em TCFC é um método confiável e reprodutível entre especialistas e não especialistas, tanto radiologistas quanto profissionais menos experientes podem realizar essa análise, além disso, introduziu-se um novo método quantitativo de avaliação da MVC em TCFC, utilizando os volumes das vértebras C2, C3 e C4, com potencial para contribuir em estudos de doenças e alterações cervicais. |
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Avaliação da maturação das vértebras cervicais em tomografia computadorizada de feixe cônico através de métodos quantitativo e qualitativoAssessment of cervical vertebrae maturation in cone-beam computed tomography using quantitative and qualitative methodsAge determination by skeletonBone developmentBone-beam computed tomographyCervical vertebraeDesenvolvimento ósseoDeterminação da idade pelo esqueletoTomografia computadorizada de feixe cônicoVértebras cervicaisA maturação óssea é um método diagnóstico de grande importância na prática clínica odontológica e sua avaliação se faz necessária, uma vez que fornece informações reais sobre o grau de desenvolvimento de um indivíduo, além da quantidade e velocidade de crescimento, que são fatores indispensáveis para se determinar o tempo ideal para realização de procedimentos, ou seja, definir o momento mais adequado para planejamento e tratamento em crianças e adolescentes. Este estudo buscou analisar a influência dos tipos de imagens obtidas da Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (TCFC), do treinamento e do nível de experiência clínica de profissionais na reprodutibilidade do método de avaliação da maturação óssea através das vértebras cervicais (MVC), da relação com a idade cronológica e sexos, além de investigar a relação da MVC com os volumes das vértebras C2, C3 e C4 e identificar os valores desses volumes em cada estágio da MVC. As reformatações sagitais (RS) e reconstruções 3D (R3D) da TCFC foram avaliadas por dois examinadores, um cirurgião-dentista radiologista e cirurgiãodentista clínico geral através do método de avaliação da MVC proposto por Hassel e Farman (1995). As vértebras cervicais, visualizadas na TCFC, foram segmentadas no software 3D Slicer para análise de volume. A análise de reprodutibilidade dos estágios de maturação óssea nas reconstruções sagitais e 3D dos dois avaliadores foram analisadas pela estatística Kappa. A associação entre os estágios de MVC e idade cronológica, sexos, volume, bem como nas reformatações sagitais e 3D foi avaliada pelo teste de correlação de Spearman. A comparação isolada entre os sexos e volumes foi analisada pelo Teste de Mann-Whitney. E para determinar as médias de volume em cada estágio nas três vértebras, foi realizada a Análise de Variância (ANOVA), seguida de teste post-hoc de Tukey. O nível de significância considerado dos testes realizados foi fixado sempre em um valor menor ou igual a 5% (p£0,05). A concordância intraexaminador para a RS e os dois avaliadores foi quase perfeita, 0,832 (radiologista) e 0,808 (clínico geral). Na R3D o radiologista obteve uma concordância quase perfeita (0,964), enquanto o clínico geral obteve uma substancial (0,768). Na concordância interexaminador quando comparada a RS, a concordância foi de 86% enquanto na R3D foi de 91%. Ambos os sexos apresentaram correlação moderada com a idade cronológica, r=0,620 na RS e r=0,593 na R3D. Quando correlacionados os sexos separadamente, o sexo masculino apresentou a correlação forte para as duas modalidades de imagem r=0,780 na RS e r=0,720 na R3D. Entre os sexos e volumes não houve diferença estatisticamente significativa, já as médias encontradas de volume das vértebras para cada estágio da MVC, apresentaram (p<0,05). Este estudo demonstrou que a avaliação da MVC em TCFC é um método confiável e reprodutível entre especialistas e não especialistas, tanto radiologistas quanto profissionais menos experientes podem realizar essa análise, além disso, introduziu-se um novo método quantitativo de avaliação da MVC em TCFC, utilizando os volumes das vértebras C2, C3 e C4, com potencial para contribuir em estudos de doenças e alterações cervicais.Bone maturation is a diagnostic method of great importance in clinical dental practice and assessment is necessary as it provides real information on the degree of development of an individual, as well as the amount and speed of growth, which are essential factors in determining the ideal time for procedures, in other words, defining the most appropriate time for planning and treatment in children and adolescents. This study aimed to analyze the influence of the types of images obtained from Cone-Beam Computed Tomography (CBCT), the training and level of clinical practice experience of professionals on the reproducibility of the method for assessing bone maturation through the cervical vertebrae (CVM), the relationship with chronological age and gender, as well as investigating the relationship between CVM and the volumes of the C2, C3 and C4 vertebrae and identifying the values of these volumes at each stage of CVM. The sagittal sections (SS) and 3D reconstructions (3DR) of the CBCT scans were assessed by two examiners, a radiologist and a general dental practitioner, using the CVM assessment method proposed by Hassel and Farman (1995). The cervical vertebrae, visualized in the CBCT, were segmented in the 3D Slicer software for volume analysis. The Kappa statistic was used to analyze the reproducibility of the bone maturation stages in the sagittal and 3D reconstructions of the two evaluators. The association between CVM stages and chronological age, gender, volume, as well as sagittal and 3D reconstructions was assessed using Spearman\'s correlation test. The Mann-Whitney test was used to compare the genders and volumes separately. Analysis of Variance (ANOVA), followed by Tukey\'s post-hoc test, was used to determine the mean volumes at each stage in the three vertebrae. The significance level of the results of the analysis was always set at a value less than or equal to 5% (p£0.05). Intraexaminer agreement for SS and the two evaluators was almost perfect, 0.832 (radiologist) and 0.808 (general practitioner). In the 3DR, the radiologist had almost perfect agreement (0.964), while the general practitioner had substantial agreement (0.768). In interexaminer agreement, when compared to SS, agreement was 86%, while in 3DR it was 91%. Both sexes showed a moderate correlation with chronological age, r=0.620 in SS and r=0.593 in 3DR. When the sexes were correlated separately, males showed a strong correlation for both imaging modalities, r=0.780 in SS and r=0.720 in 3DR. There was no statistically significant difference between the sexes and volumes, while the means found for the volume of the vertebrae for each stage of CVM were (p<0.05). This study demonstrated that CVM assessment in CBCT is a reliable and reproducible method among specialists and non-specialists, and that both radiologists and less experienced professionals can perform this analysis. In addition, a new quantitative method for CVM assessment in CBCT was introduced, using the volumes of the C2, C3 and C4 vertebrae, with the potential to contribute to studies of cervical diseases and abnormalities.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPRubira, Cassia Maria FischerAlcantara, Patrícia Lopes2024-04-16info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25149/tde-05082024-174924/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-10-09T13:16:04Zoai:teses.usp.br:tde-05082024-174924Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-10-09T13:16:04Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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A maturação óssea é um método diagnóstico de grande importância na prática clínica odontológica e sua avaliação se faz necessária, uma vez que fornece informações reais sobre o grau de desenvolvimento de um indivíduo, além da quantidade e velocidade de crescimento, que são fatores indispensáveis para se determinar o tempo ideal para realização de procedimentos, ou seja, definir o momento mais adequado para planejamento e tratamento em crianças e adolescentes. Este estudo buscou analisar a influência dos tipos de imagens obtidas da Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (TCFC), do treinamento e do nível de experiência clínica de profissionais na reprodutibilidade do método de avaliação da maturação óssea através das vértebras cervicais (MVC), da relação com a idade cronológica e sexos, além de investigar a relação da MVC com os volumes das vértebras C2, C3 e C4 e identificar os valores desses volumes em cada estágio da MVC. As reformatações sagitais (RS) e reconstruções 3D (R3D) da TCFC foram avaliadas por dois examinadores, um cirurgião-dentista radiologista e cirurgiãodentista clínico geral através do método de avaliação da MVC proposto por Hassel e Farman (1995). As vértebras cervicais, visualizadas na TCFC, foram segmentadas no software 3D Slicer para análise de volume. A análise de reprodutibilidade dos estágios de maturação óssea nas reconstruções sagitais e 3D dos dois avaliadores foram analisadas pela estatística Kappa. A associação entre os estágios de MVC e idade cronológica, sexos, volume, bem como nas reformatações sagitais e 3D foi avaliada pelo teste de correlação de Spearman. A comparação isolada entre os sexos e volumes foi analisada pelo Teste de Mann-Whitney. E para determinar as médias de volume em cada estágio nas três vértebras, foi realizada a Análise de Variância (ANOVA), seguida de teste post-hoc de Tukey. O nível de significância considerado dos testes realizados foi fixado sempre em um valor menor ou igual a 5% (p£0,05). A concordância intraexaminador para a RS e os dois avaliadores foi quase perfeita, 0,832 (radiologista) e 0,808 (clínico geral). Na R3D o radiologista obteve uma concordância quase perfeita (0,964), enquanto o clínico geral obteve uma substancial (0,768). Na concordância interexaminador quando comparada a RS, a concordância foi de 86% enquanto na R3D foi de 91%. Ambos os sexos apresentaram correlação moderada com a idade cronológica, r=0,620 na RS e r=0,593 na R3D. Quando correlacionados os sexos separadamente, o sexo masculino apresentou a correlação forte para as duas modalidades de imagem r=0,780 na RS e r=0,720 na R3D. Entre os sexos e volumes não houve diferença estatisticamente significativa, já as médias encontradas de volume das vértebras para cada estágio da MVC, apresentaram (p<0,05). Este estudo demonstrou que a avaliação da MVC em TCFC é um método confiável e reprodutível entre especialistas e não especialistas, tanto radiologistas quanto profissionais menos experientes podem realizar essa análise, além disso, introduziu-se um novo método quantitativo de avaliação da MVC em TCFC, utilizando os volumes das vértebras C2, C3 e C4, com potencial para contribuir em estudos de doenças e alterações cervicais. |
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