Variação da fluência da fala em falantes do português brasileiro: quatro estudos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Martins, Vanessa de Oliveira
Data de Publicação: 2007
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-23102007-145204/
Resumo: A fluência de fala varia de indivíduo para indivíduo, fluente ou gago, dependendo de diversos fatores. O objetivo desta Tese foi verificar a variação da fluência da fala em falantes do Português Brasileiro. Participaram deste estudo 594 indivíduos fluentes, 336 do gênero feminino e 258 do gênero masculino com idades entre 2:0 e 99:11 anos, residentes na cidade de São Paulo. As variáveis da fluência analisadas foram: tipologia das rupturas, velocidade de fala e porcentagem de descontinuidade de fala. Esta Tese foi dividida em quatro estudos. O primeiro estudo teve como objetivo verificar o perfil evolutivo da fluência da fala. De acordo com os resultados o padrão de rupturas de fala não sofre grande variabilidade entre os grupos etários, enquanto que a velocidade de fala varia ao longo das fases da vida, podendo indicar aquisição, desenvolvimento, estabilização e degeneração. O segundo estudo teve como objetivo conhecer a variação da fluência segundo o gênero e as fases da adolescência (adolescência inicial - 12 a 14 anos; e adolescência final - 5 a 17 anos). Os gêneros não se diferenciam para nenhuma das variáveis analisadas, enquanto que as fases da adolescência se diferenciam quanto a todas as variáveis. Ocorre uma diminuição nas rupturas de fala e um aumento na velocidade de fala com o aumento da idade. O terceiro estudo teve como objetivo verificar a influência do gênero e do nível de escolaridade (fundamental, médio e superior) na fluência da fala de adultos. De acordo com os resultados o gênero e o nível de escolaridade não são fatores determinantes para a fluência da fala em adultos fluentes. Observa-se variação isolada para interjeição, revisão e prolongamento. Os indivíduos de Nível Superior apresentam menos interjeições e revisões e mais prolongamentos. O quarto estudo teve como objetivo conhecer as especificidades do Perfil da Fluência dos idosos em relação a todos os parâmetros avaliados. Os idosos foram comparados quanto às décadas de vida e pelo agrupamento em idosos e idosos com mais de 80 anos. De acordo com os resultados observa-se um aumento estatisticamente significativo nas taxas de ruptura e uma diminuição na velocidade de fala para os idosos com mais de 80 anos. De maneira geral percebe-se que o fator determinante na fluência da fala é a idade, principalmente quanto à velocidade de fala. O gênero e o nível de escolaridade parecem irrelevantes.
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De acordo com os resultados o padrão de rupturas de fala não sofre grande variabilidade entre os grupos etários, enquanto que a velocidade de fala varia ao longo das fases da vida, podendo indicar aquisição, desenvolvimento, estabilização e degeneração. O segundo estudo teve como objetivo conhecer a variação da fluência segundo o gênero e as fases da adolescência (adolescência inicial - 12 a 14 anos; e adolescência final - 5 a 17 anos). Os gêneros não se diferenciam para nenhuma das variáveis analisadas, enquanto que as fases da adolescência se diferenciam quanto a todas as variáveis. Ocorre uma diminuição nas rupturas de fala e um aumento na velocidade de fala com o aumento da idade. O terceiro estudo teve como objetivo verificar a influência do gênero e do nível de escolaridade (fundamental, médio e superior) na fluência da fala de adultos. De acordo com os resultados o gênero e o nível de escolaridade não são fatores determinantes para a fluência da fala em adultos fluentes. Observa-se variação isolada para interjeição, revisão e prolongamento. Os indivíduos de Nível Superior apresentam menos interjeições e revisões e mais prolongamentos. O quarto estudo teve como objetivo conhecer as especificidades do Perfil da Fluência dos idosos em relação a todos os parâmetros avaliados. Os idosos foram comparados quanto às décadas de vida e pelo agrupamento em idosos e idosos com mais de 80 anos. De acordo com os resultados observa-se um aumento estatisticamente significativo nas taxas de ruptura e uma diminuição na velocidade de fala para os idosos com mais de 80 anos. De maneira geral percebe-se que o fator determinante na fluência da fala é a idade, principalmente quanto à velocidade de fala. O gênero e o nível de escolaridade parecem irrelevantes.Speech fluency varies from one individual to the next, fluent or stutterer, depending on several factors. The purpose of the present Thesis was to verify variations in speech fluency of Brazilian Portuguese speakers. Participants of this study were 594 fluent individuals, 336 female and 258 male, with ages between 2:0 and 99:11 years, residents in the city of São Paulo. The analyzed fluency variables were: typology of speech disruption, speech rate and percentage of speech discontinuity. This Thesis was divided in four studies. The first study had as a purpose to verify the development profile of speech fluency. According to the results, the speech typology pattern does not present great variability in the different age groups. Speech rate, however, varies along the stages of life suggesting a pattern of acquisition, development, stabilization and deterioration. The second study had as a purpose to investigate fluency variations according to gender and phases of adolescence (early adolescence - 12 to 14 years; and late adolescence - 15 to 17 years). Fluency variables did not present variations according to gender, but did present differences - all variables - regarding the phases of adolescence. A decrease in speech disruptions is observed as well as an increase in speech rate with the increase in age. The third study has as a purpose to verify the influence of gender and literacy (fundamental, average and higher education) in the speech fluency of adults. According to the results, gender and literacy are not determinant factors for the speech fluency of fluent adults. An isolated variation is observed for interjection, revision and prolongation. Individuals with higher education present fewer interjections and revisions, and more prolongations. The fourth study had as a purpose to verify the Fluency Profile of elderlies regarding all of the assessed parameters. Elderlies were compared between themselves regarding the decades of life and by the division elderlies and elderlies with more than 80 years of age. According to the results, a statistically significant increase in speech disruptions is observed as well as a decrease in speech rate for elderlies more than 80 years old. Overall, age seems to be a determinant factor for speech fluency, especially in terms of speech rate. Gender and literacy seem to be irrelevant.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPAndrade, Claudia Regina Furquim deMartins, Vanessa de Oliveira2007-07-11info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-23102007-145204/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:09:54Zoai:teses.usp.br:tde-23102007-145204Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:09:54Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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