Caracterização do transporte de zinco em células isoladas do epitélio branquial da lagosta Homarus americanus

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sá, Marina Granado e
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41135/tde-11012009-232423/
Resumo: Os filamentos branquiais da lagosta Americana, Homarus americanus, foram dissociados em solução salina fisiológica e os diversos tipos celulares separados em gradiente de 30, 40, 50 e 80% de sacarose através de centrifugação de alta velocidade. As células provenientes de cada solução de sacarose foram incubadas em 65Zn2+ visando caracterizar a tomada de zinco para cada tipo celular. A caracterização do acúmulo de zinco em cada célula foi investigada na presença e ausência de 10mM de cálcio (CaCl2), variadas concentrações de NaCl e pH, presença de 100 µM de verapamil, nifedipina (inibidores de canais de Ca2+) e ionóforo de cálcio, A23187. O influxo de 65Zn2+ foi descrito pela cinética de Michaelis-Menten nas concentrações de zinco variando de 1-1000 µM.. O cálcio externo não afetou o transporte de Zn para as células presentes no gradiente de 30% a 50% de sacarose, mas atuou como estimulador para as células em gradiente de 80% de sacarose. O cálcio reduziu o Km e a velocidade máxima de transporte (Vmax) para as células de 30% de sacarose, enquanto duplicou aparentemente a velocidade máxima de transporte para as células provenientes do meio em 80% de sacarose. Os resultados sugerem que o cálcio, sódio e prótons entram nas células branquiais através de um canal para cátion com ampla especificidade. Diferenças observadas no transporte de zinco em relação aos diferentes tipos de células aparentemente estão relacionadas com as diferentes taxas de afinidade de cada transportador em cada tipo celular. O transporte de 65Zn2+ também foi estudado em filamentos branquiais isolados e intactos, demonstrando propriedades de transporte muito parecidas com as observadas pelas células em gradiente de 80% de sacarose. Os resultados sugerem que a tomada de Zn se dá por processo de transporte na membrana apical das brânquias. Um modelo experimental para o transporte de Zn em células de brânquias de lagostas é apresentado.
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