Contribuição ao estudo anatômico e morfológico das domácias nas variedades e formas de Coffea arabica L.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barros, Myrthes Apparecida Adâmoli de
Data de Publicação: 1955
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/0/tde-20231122-092830/
Resumo: A presente contribuição trata do estudo morfológico e anatômico das domácias que ocorrem em 21 variedades e 4 formas da espécie Coffea arabica L. Além da revisão da literatura, que se cingiu unicamente aos trabalhos que focalizam o assunto em apreço, constam, na introdução, algumas obras que se referem às domácias existentes em outras famílias. A fim de apreciar convenientemente os conceitos que os diferentes autores expenderam a respeito das domácias desde que se tornaram conhecidas, foram registradas, no capítulo correspondente, as funções e as diversas denominações que lhes foram atribuídas. As principais classificações das domácias propostas são CHEVALIER, LEBRUM e DE WILDEMAN. As domácias das variedades e formas de Coffea arabica L., se enquadram ao tipo b, isto é, domácias em fenda, segundo a classificação de CHEVALIER. Do ponto de vista da origem, duas hipóteses foram aventadas pelos autores para explicar a formação das domácias: a) causadas por insetos (LUNDSTROEM e outros) b) como carácter hereditário (CHEVALIER). Ambas as hipóteses foram considerados com o objetivo de aclarar-se o problema, concluindo-se, com CHEVALIER, que se trata de um carácter hereditário. O material utilizado no presente estudo, constante de ramos com folhas de várias idades, proveio do Instituto Agronômico de Campinas e da Secção de Agricultura Especial da E.S.A. “Luiz de Queiroz”. As observações morfológicas das domácias foram feitas com o auxílio do microscópio estereoscópico. A estrutura anatômica foi apreciada em cortes transversais medianos da domácia, coloridos pelo violeta cristal e eritrosina, com espessura de 18 micra. No capítulo referente à morfologia e à anatomia das domácias, para melhor apreciação do assunto, foram incluídas a descrição botânica de Coffea arabica L., as características morfológicas das folhas das 21 variedades e 4 formas e à guisa da introdução, as estruturas anatômicas da folha nova e adulta da variedade typica. Morfológicamente as domácias foram examinadas nas suas duas faces, isto é, superior e inferior, anotando-se-lhes os aspectos apresentados, bem como a sua localização no limbo, isto é, na axila formada pelas nervuras principal e secundárias. No geral, a sua distribuição vai desde a base do limbo até aos 2/3, aproximadamente, do seu comprimento. Na face ventral da folha, as domácias exibem uma elevação abaulada e na dorsal situam-se na área da axila, e em um plano um pouco mais elevado que o limbo, mostrando no centro um orifício de forma variável. Em cortes medianos, a domácia revela-se constituída de uma câmara embutida no mesofilo, a qual se comunica com o exterior por um canal: este por sua vez, termina numa boca que se abre na epiderme inferior do limbo. Histològicamente a domácia consta de uma epiderme, procedente do limbo e da nervura, e de um tecido parênquimatoso envolvente, composto de algumas camadas de cédulas, o qual confina com os tecidos do mesofilo. Topogràficamente a domácia situa-se entre os seguintes tecidos da estrutura foliar: sistema vascular principal, nervura secundária, parênquima lacunoso lateral e parênquima lacunoso superior. Sua posição em relação às regiões mencionadas fica perfeitamente definida, determinando-se as distâncias que vão do centro da câmara até elas.
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As domácias das variedades e formas de Coffea arabica L., se enquadram ao tipo b, isto é, domácias em fenda, segundo a classificação de CHEVALIER. Do ponto de vista da origem, duas hipóteses foram aventadas pelos autores para explicar a formação das domácias: a) causadas por insetos (LUNDSTROEM e outros) b) como carácter hereditário (CHEVALIER). Ambas as hipóteses foram considerados com o objetivo de aclarar-se o problema, concluindo-se, com CHEVALIER, que se trata de um carácter hereditário. O material utilizado no presente estudo, constante de ramos com folhas de várias idades, proveio do Instituto Agronômico de Campinas e da Secção de Agricultura Especial da E.S.A. “Luiz de Queiroz”. As observações morfológicas das domácias foram feitas com o auxílio do microscópio estereoscópico. A estrutura anatômica foi apreciada em cortes transversais medianos da domácia, coloridos pelo violeta cristal e eritrosina, com espessura de 18 micra. No capítulo referente à morfologia e à anatomia das domácias, para melhor apreciação do assunto, foram incluídas a descrição botânica de Coffea arabica L., as características morfológicas das folhas das 21 variedades e 4 formas e à guisa da introdução, as estruturas anatômicas da folha nova e adulta da variedade typica. Morfológicamente as domácias foram examinadas nas suas duas faces, isto é, superior e inferior, anotando-se-lhes os aspectos apresentados, bem como a sua localização no limbo, isto é, na axila formada pelas nervuras principal e secundárias. No geral, a sua distribuição vai desde a base do limbo até aos 2/3, aproximadamente, do seu comprimento. Na face ventral da folha, as domácias exibem uma elevação abaulada e na dorsal situam-se na área da axila, e em um plano um pouco mais elevado que o limbo, mostrando no centro um orifício de forma variável. Em cortes medianos, a domácia revela-se constituída de uma câmara embutida no mesofilo, a qual se comunica com o exterior por um canal: este por sua vez, termina numa boca que se abre na epiderme inferior do limbo. Histològicamente a domácia consta de uma epiderme, procedente do limbo e da nervura, e de um tecido parênquimatoso envolvente, composto de algumas camadas de cédulas, o qual confina com os tecidos do mesofilo. Topogràficamente a domácia situa-se entre os seguintes tecidos da estrutura foliar: sistema vascular principal, nervura secundária, parênquima lacunoso lateral e parênquima lacunoso superior. Sua posição em relação às regiões mencionadas fica perfeitamente definida, determinando-se as distâncias que vão do centro da câmara até elas.The morphology and anatomy of domatia structures of 21 varieties and 4 strains of coffee plants (Coffea arabica L.) were studied and the results may be summarized as follows: All the domatia structures observed belongs to type b CHEVALIER. In all coffee plants studied the domatia structures have the same topographic position: close to the primary vein, between this and the secondary veins. In each leaf the domatiae are distributed from the base up to 2/3 of the midrib length. The domatiae are hereditary caracters since they also developed in leaves completely free of mites or insects. This is in agreement with CHEVALIER. Differences in structure occur among the epidermis that lined the mouth opening, channel and chamber. No stomata were found here. The morphological and anatomical variations found in the domatia structures are not enough to distinguish apart the several coffee plant varietis studied.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPAccorsi, Walter RadamesBarros, Myrthes Apparecida Adâmoli de1955-01-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/0/tde-20231122-092830/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-08-07T14:00:57Zoai:teses.usp.br:tde-20231122-092830Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-08-07T14:00:57Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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