Avaliação do aproveitamento agrícola de lodos de curtume

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Aquino Neto, Vicente de
Data de Publicação: 1998
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20181127-161234/
Resumo: utilização de lodos de curtume em áreas agrícolas pode ser uma alternativa eficiente no tratamento e reciclagem destes resíduos. Por outro lado, também apresentam uma alta concentração de sódio e crômio, que podem constituir-se em fatores limitantes nesta forma de aproveitamento. Com a finalidade de estudar esta prática forma conduzidos em 1996/97 dois experimentos onde foram utilizados latossolo roxo eutrófico (LRe), unidade Ribeirão Preto e latossolo vermelho amarelo (LVA) - unidade Laranja Azeda e dois lados gerados no tratamento dos efluentes de curtume Podboi localizado em Leme (SP), o lado do decantador primário (LCR) contendo 17mg.g-1</sup) de crômio e o lado do caleiro (LCL) sem crômio, incorporados aos solos nas doses (base seca) equivalentes a 19,38 e 57 Mg.ha-1 (LCR) e 10,20 e 30 Mg.ha-1 (LCL). Um dos experimentos foi realizado em laboratório, onde estudou-se o potencial de mineralização do N-orgânico contido nos lodos. As doses utilizadas resultaram em uma aplicação total de nitrogênio de 226, 452 e 678 mg.kg-1 de N para o LVA e 256, 512 e 768 mg.kg-1 de N para o LRe. O estudo foi conduzido em tubos de percolação preenchidos com 40g das misturas solo x lodo que foram periodicamente lixiviadas, determinando-se a concentração de NH4+ e NO3<-> no eluente. Os dados foram analisados assumindo-se uma reação cinética de primeira ordem, modelando-se o nitrogênio mineralizado acumulado de acordo com uma equação exponencial simples. O processo de mineralização foi muito afetado pela presença do crômio, observando-se uma mineralização líquida de 35% para o LCL e 4,8% para o LCR em média. O modelo utilizado não mostrou um ajuste eficiente para os dados experimentais do tratamento que recebeu lodo com crômio, provavelmente devido a formação de complexos de difícil degradação entre o metal e os compostos orgânico do lodo. O outro experimento foi conduzido em vasos alocados em casa de vegetação, onde além dos tratamentos com lodo de curtume comentados foi realizado um tratamento adicional que constou da aplicação de CrCl3 nas doses de 330, 660 e 990 kg.ha-1 de Cr, equivalentes às doses aplicadas do metal na forma de lodo(LCR). Foram estudados os efeitos destas aplicações no desenvolvimento e acumulação de crômio pela alface. A oxidação do Cr (III) foi verificada apenas para o LRe nos tratamentos que receberam doses crescentes de CrC3.A aplicação dos resíduos elevou a condutividade elétrica do extrato de saturação (2:1)(1,40 a 5,07 dS.m-1 e a RAS (3,05 a 14,12), afetando negativamente o desenvolvimento da alface e causando a morte das plantas nas doses mais altas, sendo estes efeitos mais pronunciados no LVA. A concentração de crômio na parte aérea das plantas aumentou, nem sempre de forma proporcional, com o aumento das doses aplicadas na forma de lodo ou sal, com efeito mais acentuado para o LVA do que para o LRe. A aplicação de resíduos de curtume nas condições experimentais testadas, mostrou-se mais limitada pelo seu conteúdo de sais do que pela presença do crômio.
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