Alguns aspectos da imunopatogenia da uveíte na erliquiose canina de ocorrência natural e experimental: avaliação anatomopatológica e imunoistoquímica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Valérie Le Du da
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10133/tde-26032007-174349/
Resumo: Para elucidar alguns aspectos da imunopatogenia da uveíte na erliquiose canina, avaliaram-se, por meio da análise imunistoquímica, bulbos oculares de cães experimentalmente infectados por Ehrlichia canis (grupo 1- G1), naturalmente infectados por Ehrlichia canis (grupo 2-G2) e na co-infecção natural de E. canis e Babesia sp. (grupo 3). Parâmetros clínicos e hematológicos foram avaliados. Empregaram-se o dot-blot-Elisa e a reação de imunofluorescência indireta para E. canis e Babesia sp. respectivamente. Para a confirmação diagnóstica, utilizou-se a reação de cadeia de polimerase (PCR) para E.canis. A contagem imunofenotípica para os anticorpos CD3, CD4, CD8, Tal1B5 e MAC 387 não demonstrou diferença significativa nas diferentes regiões analisadas do bulbo ocular. Observou-se no G1, G2 e G3, em todas as regiões analisadas diferença significativa da contagem imunofenotípica de células CD8+ em relação às células CD4+. Evidenciou-se diferença significativa entre a contagem percentual de células IgG2+ e CD79?+ na região de corpo ciliar do G3 em relação ao G1. A região da íris do G3, em relação ao G2, demonstrou diferenças significativas para o anticorpo IgG1. Evidenciou-se nos três grupos, a existência de correlação linear entre as células CD3+ e CD8+ e entre as células IgG2+ e CD79?+ em diversas regiões do bulbo ocular. O infiltrado inflamatório mostrou-se mais intenso nas regiões de corpo ciliar e ângulo iridocorneal, moderado em limbo e íris e mínimo em coróide. A avaliação semiquantitativa por score da intensidade do infiltrado inflamatório mostrou-se mais intensa nos animais que apresentavam co-infecção, sugerindo uma resposta imune mais intensa nesses cães. Demonstrou-se que o infiltrado inflamatório era composto, predominantemente, por linfócitos T CD3+ e B CD79+?. A maior porcentagem de células T CD3+ era CD8+, caracterizando, portanto, uma resposta imune do tipo citotóxica. A presença de células B CD79+? fala a favor de produção local de anticorpos. Observaram-se células imunomarcadas por IgG2 e poucas células marcadas por IgG1, sugerindo uma polarização da resposta imune para o padrão Th1, sendo um possível mecanismo imune de lesão na uveíte. Observou-se alta expressão de moléculas de MHC-classe II, sugerindo uma resposta imune intensa nos tecidos oculares, contudo ineficiente devido a deficiência de células CD4+.
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Para a confirmação diagnóstica, utilizou-se a reação de cadeia de polimerase (PCR) para E.canis. A contagem imunofenotípica para os anticorpos CD3, CD4, CD8, Tal1B5 e MAC 387 não demonstrou diferença significativa nas diferentes regiões analisadas do bulbo ocular. Observou-se no G1, G2 e G3, em todas as regiões analisadas diferença significativa da contagem imunofenotípica de células CD8+ em relação às células CD4+. Evidenciou-se diferença significativa entre a contagem percentual de células IgG2+ e CD79?+ na região de corpo ciliar do G3 em relação ao G1. A região da íris do G3, em relação ao G2, demonstrou diferenças significativas para o anticorpo IgG1. Evidenciou-se nos três grupos, a existência de correlação linear entre as células CD3+ e CD8+ e entre as células IgG2+ e CD79?+ em diversas regiões do bulbo ocular. O infiltrado inflamatório mostrou-se mais intenso nas regiões de corpo ciliar e ângulo iridocorneal, moderado em limbo e íris e mínimo em coróide. A avaliação semiquantitativa por score da intensidade do infiltrado inflamatório mostrou-se mais intensa nos animais que apresentavam co-infecção, sugerindo uma resposta imune mais intensa nesses cães. Demonstrou-se que o infiltrado inflamatório era composto, predominantemente, por linfócitos T CD3+ e B CD79+?. A maior porcentagem de células T CD3+ era CD8+, caracterizando, portanto, uma resposta imune do tipo citotóxica. A presença de células B CD79+? fala a favor de produção local de anticorpos. Observaram-se células imunomarcadas por IgG2 e poucas células marcadas por IgG1, sugerindo uma polarização da resposta imune para o padrão Th1, sendo um possível mecanismo imune de lesão na uveíte. Observou-se alta expressão de moléculas de MHC-classe II, sugerindo uma resposta imune intensa nos tecidos oculares, contudo ineficiente devido a deficiência de células CD4+.The immunopathogenicity of uveitis in the canine ehrlichiosis was studied by conducting anatomy and immunohistochemical analyses in the ocular globes of dogs experimentally (Group 1) and naturally (Group 2) infected with Ehrlichia canis, and naturally coinfected with Ehrlichia canis and Babesia sp. (Group 3). Clinical and hematological parameters were evaluated. Dot-blot Elisa and indirect immunofluorescent test (IFA) were used to analyze E. canis and Babesia sp., respectively. PCR assay confirmed the diagnosis of the disease caused by E. canis. The immunophenotypic analysis with the antibodies CD3, CD4, CD8, Tal1B5 and MAC 387 revealed no significant differences between the various ocular regions analyzed. Significant differences were observed between the immunophenotypic analysis of CD8+ and CD4+cells from all regions analyzed from G1, G2 and G3; between the percentile counts of IgG2+ and CD79?+ in the ciliary body of G3 dogs when compared to G1, and for the IgG1 antibody counts of the iris region from G3 when compared to G2. A linear correlation between CD3+ and CD8+ cells and between IgG2+ and CD79?+ cells from several regions of the ocular globe was found for all three groups. The cellular inflammatory infiltrate observed in the ocular tissue was severe in the regions of the ciliary bodies and iridocorneal angle, moderate in the limbus and iris, and only slightly present in the choroids. A semiquantitative analysis of the intensity of the inflammatory infiltrate of the ocular globes was more intense in G3, which suggested a greater response of the immune system in these animals. The inflammatory infiltrate was composed of mainly B CD79+? and T CD3+ lymphocytes, which had CD8+ at a high percentage, thus characterizing this as a cytotoxic immune response. Results indicated that B CD79+? cells favored the production of local antibodies. IgG2 and very few IgG1 immunolabeled cells were found. This result indicated a polarization of the immune response to the Th1 pattern, which could be the mechanism of the lesions in the uveitis. A large number of cells expressing the MHC-class II molecules were observed, suggesting an intense immune response in the ocular tissues, however ineffective due to the CD4+ cell´s deficient.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPGuerra, José LuizSilva, Valérie Le Du da2006-06-23info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10133/tde-26032007-174349/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:09:50Zoai:teses.usp.br:tde-26032007-174349Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:09:50Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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