Herança da resistência a podridão de colmo em milho (Zea mays L.) causada por Colletotrichum graminicola (Ces.) Wils.

• Autor(a) principal: Pereira, Oswaldo Antonio Pinto
• Data de Publicação: 1984
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
• Texto Completo: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-20210104-184208/
• topic: FUNGOS FITOPATOGÊNICOS; HERANÇA GENÉTICA; MILHO; PODRIDÃO DE COLMO; RESISTÊNCIA GENÉTICA VEGETAL

O presente trabalho teve por finalidade conhecer a herança da resistência de colmo de milho à podridão causada por Colletotrichum graminicola; estudar a metodologia de inoculação do patógeno e de avaliação de sintomas; e verificar a correlação entre os sistemas genéticos que conferem resistência a planta em diferentes fases de seu desenvolvimento e em diferentes órgãos afetados pelo fungo. O trabalho revelou que a inoculação do fungo em colmo de milho realizada 15 dias antes do florescimento com avaliação 43 dias após a inoculação e recomendada para determinar resistência de cultivares, pois a avaliação de sintomas em fases mais avançadas de desenvolvimento da planta pode ser dificultada devido a ocorrência de insetos de colmo. Todos os critérios de avaliação de sintomas no colmo estudados no trabalho mostraram-se altamente correlacionados. No trabalho de herança da resistência de colmo à podridão causada pelo patógeno foram utilizados os critérios com base na porcentagem da área do colmo afetada pelo fungo e no número de internódios com mais de 50% de sua área afetada, ambos até a altura da espiga. Os mecanismos genéticos que conferem resistência às folhas de plântula, às folhas de planta adulta e ao colmo foram diferentes. Em folhas de planta adulta o mecanismo genético que condiciona resistência ao limbo foliar foi diferente daquele que controla resistência na nervura central da folha. O estudo da herança da resistência à podridão de colmo causada pelo fungo foi realizado em 15 famílias oriundas de cruzamentos dialélicos entre seis linhagens com diferentes níveis de resistência. Cada família foi constituída de 6 gerações, ou seja, duas linhagens, um F1, um F2 e dois retrocruzamentos com as linhagens paternais. Os resultados do estudo mostraram a ocorrência de efeitos genéticos aditivo e dominante nas famílias estudadas. O efeito genético dominante foi predominante para a suscetibilidade. Com base no efeito genético aditivo encontrado na maioria das famílias estudadas, o trabalho sugere que métodos de melhoramento simples, como a seleção massal, devam ser eficientes num programa de melhoramento visando resistência à podridão de colmo causada pelo referido patógeno. Algumas das linhagens apresentaram variabilidade genética quanto a resistência ao patógeno, tanto em folha de plântulas como em colmo de plantas adultas, sugerindo a possibilidade de seleção dentro de linhagens objetivando aumentar seu nível de resistência.