O conceito de hábito a partir d\'As paixões da Alma de Descartes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Beserra, Abel dos Santos
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-14032024-123859/
Resumo: O dualismo cartesiano é alvo de crítica desde sua formulação e, conforme Merleau-Ponty, pode parecer contraditório sem a ideia de infinito positivo presente no grande racionalismo do século XVII. Dessa maneira, o dualismo cartesiano surge como: ou uma flagrante antinomia; ou dependente do conceito de infinito positivo. Cumpre então questionar se Descartes já não teria estabelecido argumentos capazes de aclarar o que muitos críticos consideram impasses de seu sistema. Nesse sentido, o Tratado das paixões emerge como central, pois apresenta como o corpo, algo determinado, se une à alma, que é livre, sem que isso os anule em suas especificidades. Descartes então detalha os termos de seu dualismo ao desenvolver a ideia de união da alma e do corpo. Nessas circunstâncias, nos parece fundamental o aprofundamento desta união por meio da adequada consideração do conceito de hábito; apesar de pouco estudado, o hábito é aquilo que permite à alma reorganizar as próprias paixões, dirigir o corpo e agir virtuosamente. Assim, esta dissertação considera as indicações de Merleau-Ponty sobre o dualismo cartesiano e vale-se do conceito de hábito no Tratado das paixões para investigar se Descartes aponta possíveis soluções ou inovações para as questões engendradas pelo dualismo de sua filosofia
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