Investigação das alterações imunológicas em camundongos submetidos ao modelo animal de sepse por ligação e perfuração cecal (CLP) com alterações cerebrais
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5165/tde-06112015-143205/ |
Resumo: | A sepse é caracterizada por um desequilíbrio entre a resposta pró- e anti-inflamatória às infecções. Um dos principais componentes da resposta do hospedeiro no choque séptico são as interações recíprocas entre o sistema imune e o sistema nervoso central, desta forma o objetivo deste estudo foi investigar o desenvolvimento de alterações neurológicas e sua associação com alterações imunológicas em fases iniciais e tardias após a sepse por ligação e perfuração cecal (CLP). Dividimos em três experimentos: agudo, crônico e efeito da ACh na evolução tardia da sepse. No experimento agudo utilizamos camundongos Balb/c, induzimos sepse por CLP em diferentes gravidades (leve, moderado e grave), 6 horas após o CLP foi realizado teste comportamental SHIRPA e logo após os animais foram sacrificados. No experimento crônico os camundongos Balb/c foram submetidos ao CLP leve, o SHIRPA foi realizado 6 horas e 15 dias após o CLP e os animais foram sacrificados 15 dias após o CLP. No experimento dos efeitos da ACh utilizamos camundongos Balb/c que receberam a droga donepezila (5 mg/kg/dia, oralmente) sete dias antes do CLP leve até o dia do sacrifício e os camundongos homozigotos mutantes VAChT KD também submetidos ao CLP leve. O teste comportamental SHIRPA foi realizado 6 horas após o CLP e os animais sacríficos 15 dias após o CLP. O plasma, o baço e o hipocampo foram removidos em todos os experimentos. Os níveis do S100? foram medidos no plasma. Os baços foram pesados, e por citometria de fluxo foi caracterizado os linfócitos (linfócitos T citotóxicos, linfócitos T auxiliares, linfócitos B, células T reguladoras e células Th17) e morte celular (Apoptose inicial, necrose e apoptose tardia). Os níveis de citocinas no baço, hipocampo e plasma foram determinados por ELISA. Nossos resultados mostram que no experimento agudo, 6 horas após o CLP a encefalopatia é diferente dependendo da gravidade da sepse, e o perfil de linfócitos no baço não é alterado por nenhuma gravidade da sepse. No entanto, a ativação de células do baço foi indicada no nosso estudo por variações na quantidade de citocinas no baço. No experimento crônico observamos que 15 dias após o CLP os animais apresentam encefalopatia séptica, e esta está correlacionada com a diferenciação e morte celular de linfócitos do baço, o que leva a um alto perfil imunossupressor. No experimento da ACh mostramos que a estimulação da transmissão colinérgica, utilizando donepezila, diminui a inflamação, por aumentar linfócitos, morte linfocitária e diminuir citocinas pró-inflamatória. E, ao contrário, a diminuição da transmissão colinérgica, experimento VAChT KD, observouse uma diminuição de linfócitos, sem morte celular e aumento da inflamação. Desta forma, concluímos que a alteração neurológica nos animais com sepse está associada com as alterações imunológicas tardias e que a ACh tem um importante papel no perfil imunológico 15 dias após o CLP |
id |
USP_9229c8d67e6cf5ee36938c3474ecea87 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:teses.usp.br:tde-06112015-143205 |
network_acronym_str |
USP |
network_name_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
repository_id_str |
2721 |
spelling |
Investigação das alterações imunológicas em camundongos submetidos ao modelo animal de sepse por ligação e perfuração cecal (CLP) com alterações cerebraisInvestigation of changes immunological in mice submitted to model animal of sepsis by cecal ligature and puncture (CLP) with brain injureAcetilcolinaEncefalopatia associada à sepseInflamaçãoInflammationLinfócitosLymphocytes, AcetylcholineSepseSepsisSepsis-associated encephalopathyA sepse é caracterizada por um desequilíbrio entre a resposta pró- e anti-inflamatória às infecções. Um dos principais componentes da resposta do hospedeiro no choque séptico são as interações recíprocas entre o sistema imune e o sistema nervoso central, desta forma o objetivo deste estudo foi investigar o desenvolvimento de alterações neurológicas e sua associação com alterações imunológicas em fases iniciais e tardias após a sepse por ligação e perfuração cecal (CLP). Dividimos em três experimentos: agudo, crônico e efeito da ACh na evolução tardia da sepse. No experimento agudo utilizamos camundongos Balb/c, induzimos sepse por CLP em diferentes gravidades (leve, moderado e grave), 6 horas após o CLP foi realizado teste comportamental SHIRPA e logo após os animais foram sacrificados. No experimento crônico os camundongos Balb/c foram submetidos ao CLP leve, o SHIRPA foi realizado 6 horas e 15 dias após o CLP e os animais foram sacrificados 15 dias após o CLP. No experimento dos efeitos da ACh utilizamos camundongos Balb/c que receberam a droga donepezila (5 mg/kg/dia, oralmente) sete dias antes do CLP leve até o dia do sacrifício e os camundongos homozigotos mutantes VAChT KD também submetidos ao CLP leve. O teste comportamental SHIRPA foi realizado 6 horas após o CLP e os animais sacríficos 15 dias após o CLP. O plasma, o baço e o hipocampo foram removidos em todos os experimentos. Os níveis do S100? foram medidos no plasma. Os baços foram pesados, e por citometria de fluxo foi caracterizado os linfócitos (linfócitos T citotóxicos, linfócitos T auxiliares, linfócitos B, células T reguladoras e células Th17) e morte celular (Apoptose inicial, necrose e apoptose tardia). Os níveis de citocinas no baço, hipocampo e plasma foram determinados por ELISA. Nossos resultados mostram que no experimento agudo, 6 horas após o CLP a encefalopatia é diferente dependendo da gravidade da sepse, e o perfil de linfócitos no baço não é alterado por nenhuma gravidade da sepse. No entanto, a ativação de células do baço foi indicada no nosso estudo por variações na quantidade de citocinas no baço. No experimento crônico observamos que 15 dias após o CLP os animais apresentam encefalopatia séptica, e esta está correlacionada com a diferenciação e morte celular de linfócitos do baço, o que leva a um alto perfil imunossupressor. No experimento da ACh mostramos que a estimulação da transmissão colinérgica, utilizando donepezila, diminui a inflamação, por aumentar linfócitos, morte linfocitária e diminuir citocinas pró-inflamatória. E, ao contrário, a diminuição da transmissão colinérgica, experimento VAChT KD, observouse uma diminuição de linfócitos, sem morte celular e aumento da inflamação. Desta forma, concluímos que a alteração neurológica nos animais com sepse está associada com as alterações imunológicas tardias e que a ACh tem um importante papel no perfil imunológico 15 dias após o CLPSepsis is characterized by an imbalance between pro- and anti-inflammatory responses to infection. One of the main components of the host response in septic shock are the reciprocal interactions between the immune system and the central nervous system, so the aim of this study was to investigate the development of neurological disorders and their association with immunological changes in early and late stages after sepsis by cecal ligation and puncture (CLP). We divided in three experiments: acute, chronic and chronic ACh. In acute experiment we use Balb/c mice, induce sepsis by CLP in different severities (mild, moderate and severe), 6 hours after CLP was conducted behavioral test SHIRPA and after the animals were sacrificed. In the chronic experiment Balb/c mice were subjected to CLP mild, the SHIRPA was performed 6 hours and 15 days after CLP, and animals were sacrificed 15 days after CLP. In chronic ACh experiment use Balb/c mice that received the drug Donepezil (5 mg/kg/day, orally) seven days before the CLP mild until the day of sacrifice and use too mice homozygous mutants KD VAChT also submitted to CLP mild. The SHIRPA behavioral test was performed 6 hours after CLP and the animals were sacrificed 15 days after CLP. The plasma, spleen and hippocampus were removed in all experiments. The levels of S100? were measured in plasma. The spleens were weighed, and flow cytometry was characterized lymphocytes (cytotoxic T lymphocytes, helper T lymphocytes, B lymphocytes, regulatory T cells and Th17 cells) and cell death (apoptosis initial, necrosis and DNA fragmentation). Cytokine levels in the spleen, hippocampus and plasma were determined by ELISA. Our results show that in the acute experiment, 6 hours after CLP encephalopathy is different depending on the severity of sepsis, since the profile of the spleen lymphocytes is not changed by any severity of sepsis. However, the spleen cell activation was shown in this study by variations in the quantity of cytokines in the spleen. In the chronic experiment we observed that 15 days after CLP animals have septic encephalopathy, and this correlates with cell differentiation and the death of spleen lymphocytes, which leads to a high immunosuppressive profile. Since in the chronic ACh experiment have shown that stimulation of cholinergic transmission, using donepezil, reduces inflammation by increasing lymphocytes, lymphocyte death and decreasing proinflammatory cytokine. And, conversely, the reduction in cholinergic transmission, KD VAChT experiment, we observed a decrease of lymphocytes, and increase cell death without inflammation. Thus, we conclude that the neurological deficits in animals with sepsis is associated with immunological late changes and ACh plays an important role in the immune profile 15 days after CLPBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPSoriano, Francisco GarciaJeremias, Isabela Casagrande2015-08-27info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5165/tde-06112015-143205/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:11:58Zoai:teses.usp.br:tde-06112015-143205Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:11:58Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Investigação das alterações imunológicas em camundongos submetidos ao modelo animal de sepse por ligação e perfuração cecal (CLP) com alterações cerebrais Investigation of changes immunological in mice submitted to model animal of sepsis by cecal ligature and puncture (CLP) with brain injure |
title |
Investigação das alterações imunológicas em camundongos submetidos ao modelo animal de sepse por ligação e perfuração cecal (CLP) com alterações cerebrais |
spellingShingle |
Investigação das alterações imunológicas em camundongos submetidos ao modelo animal de sepse por ligação e perfuração cecal (CLP) com alterações cerebrais Jeremias, Isabela Casagrande Acetilcolina Encefalopatia associada à sepse Inflamação Inflammation Linfócitos Lymphocytes, Acetylcholine Sepse Sepsis Sepsis-associated encephalopathy |
title_short |
Investigação das alterações imunológicas em camundongos submetidos ao modelo animal de sepse por ligação e perfuração cecal (CLP) com alterações cerebrais |
title_full |
Investigação das alterações imunológicas em camundongos submetidos ao modelo animal de sepse por ligação e perfuração cecal (CLP) com alterações cerebrais |
title_fullStr |
Investigação das alterações imunológicas em camundongos submetidos ao modelo animal de sepse por ligação e perfuração cecal (CLP) com alterações cerebrais |
title_full_unstemmed |
Investigação das alterações imunológicas em camundongos submetidos ao modelo animal de sepse por ligação e perfuração cecal (CLP) com alterações cerebrais |
title_sort |
Investigação das alterações imunológicas em camundongos submetidos ao modelo animal de sepse por ligação e perfuração cecal (CLP) com alterações cerebrais |
author |
Jeremias, Isabela Casagrande |
author_facet |
Jeremias, Isabela Casagrande |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Soriano, Francisco Garcia |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Jeremias, Isabela Casagrande |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Acetilcolina Encefalopatia associada à sepse Inflamação Inflammation Linfócitos Lymphocytes, Acetylcholine Sepse Sepsis Sepsis-associated encephalopathy |
topic |
Acetilcolina Encefalopatia associada à sepse Inflamação Inflammation Linfócitos Lymphocytes, Acetylcholine Sepse Sepsis Sepsis-associated encephalopathy |
description |
A sepse é caracterizada por um desequilíbrio entre a resposta pró- e anti-inflamatória às infecções. Um dos principais componentes da resposta do hospedeiro no choque séptico são as interações recíprocas entre o sistema imune e o sistema nervoso central, desta forma o objetivo deste estudo foi investigar o desenvolvimento de alterações neurológicas e sua associação com alterações imunológicas em fases iniciais e tardias após a sepse por ligação e perfuração cecal (CLP). Dividimos em três experimentos: agudo, crônico e efeito da ACh na evolução tardia da sepse. No experimento agudo utilizamos camundongos Balb/c, induzimos sepse por CLP em diferentes gravidades (leve, moderado e grave), 6 horas após o CLP foi realizado teste comportamental SHIRPA e logo após os animais foram sacrificados. No experimento crônico os camundongos Balb/c foram submetidos ao CLP leve, o SHIRPA foi realizado 6 horas e 15 dias após o CLP e os animais foram sacrificados 15 dias após o CLP. No experimento dos efeitos da ACh utilizamos camundongos Balb/c que receberam a droga donepezila (5 mg/kg/dia, oralmente) sete dias antes do CLP leve até o dia do sacrifício e os camundongos homozigotos mutantes VAChT KD também submetidos ao CLP leve. O teste comportamental SHIRPA foi realizado 6 horas após o CLP e os animais sacríficos 15 dias após o CLP. O plasma, o baço e o hipocampo foram removidos em todos os experimentos. Os níveis do S100? foram medidos no plasma. Os baços foram pesados, e por citometria de fluxo foi caracterizado os linfócitos (linfócitos T citotóxicos, linfócitos T auxiliares, linfócitos B, células T reguladoras e células Th17) e morte celular (Apoptose inicial, necrose e apoptose tardia). Os níveis de citocinas no baço, hipocampo e plasma foram determinados por ELISA. Nossos resultados mostram que no experimento agudo, 6 horas após o CLP a encefalopatia é diferente dependendo da gravidade da sepse, e o perfil de linfócitos no baço não é alterado por nenhuma gravidade da sepse. No entanto, a ativação de células do baço foi indicada no nosso estudo por variações na quantidade de citocinas no baço. No experimento crônico observamos que 15 dias após o CLP os animais apresentam encefalopatia séptica, e esta está correlacionada com a diferenciação e morte celular de linfócitos do baço, o que leva a um alto perfil imunossupressor. No experimento da ACh mostramos que a estimulação da transmissão colinérgica, utilizando donepezila, diminui a inflamação, por aumentar linfócitos, morte linfocitária e diminuir citocinas pró-inflamatória. E, ao contrário, a diminuição da transmissão colinérgica, experimento VAChT KD, observouse uma diminuição de linfócitos, sem morte celular e aumento da inflamação. Desta forma, concluímos que a alteração neurológica nos animais com sepse está associada com as alterações imunológicas tardias e que a ACh tem um importante papel no perfil imunológico 15 dias após o CLP |
publishDate |
2015 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2015-08-27 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5165/tde-06112015-143205/ |
url |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5165/tde-06112015-143205/ |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
|
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Liberar o conteúdo para acesso público. info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Liberar o conteúdo para acesso público. |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.coverage.none.fl_str_mv |
|
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
publisher.none.fl_str_mv |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP instname:Universidade de São Paulo (USP) instacron:USP |
instname_str |
Universidade de São Paulo (USP) |
instacron_str |
USP |
institution |
USP |
reponame_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
collection |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
repository.name.fl_str_mv |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP) |
repository.mail.fl_str_mv |
virginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.br |
_version_ |
1815256730613841920 |