Edema na face e pescoço após esvaziamento cervical com ou sem ressecção da veia jugular interna

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mozzini, Carolina Barreto
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5155/tde-23022012-160336/
Resumo: INTRODUÇÃO: Durante o esvaziamento cervical, além do tecido linfático, algumas estruturas não-linfáticas do pescoço estão sob risco de lesões ou são ressecadas, dentre as quais se encontra a veia jugular interna. Esta é diretamente relacionada com a drenagem venosa e linfática da face e do pescoço e, sua ressecção, pode ocasionar congestão venosa, edema de face e laríngeo, distúrbios visuais e edema cerebral. Há várias técnicas para avaliar o edema, todavia, não há relatos de uma técnica objetiva que possa ser utilizada na região da cervicofacial. Esse estudo teve por objetivo mensurar o edema em pontos específicos localizados na face e no pescoço em indivíduos submetidos a esvaziamento cervical com ou sem ressecção da veia jugular interna. MÉTODOS: Esse estudo utiliza um método objetivo de mensuração do edema na face e no pescoço de indivíduos no pré e no pós-operatório de esvaziamento cervical unilateral ou bilateral com ou sem ressecção da veia jugular interna, por doença maligna na região da cabeça e pescoço e sem tratamento prévio no pescoço, através do medidor da constante dielétrica da pele e da gordura subcutânea em quatro momentos: pré-operatório, 3º, 10º e 30º dia de pós-operatório, em pacientes tratados no Departamento de Cirurgia de Cabeça e Pescoço e Otorrinolaringologia do Hospital A. C. Camargo. RESULTADOS: Foram avaliados prospectivamente 51 pacientes, sendo a maioria do sexo masculino (68,6%) com idade média de 55,7 anos (mediana de 54 anos). Observou-se que a constante dielétrica do tecido não se apresentou estatisticamente diferente entre os pacientes com e sem ressecção da veia jugular interna, entretanto, nos pacientes submetidos a esvaziamento cervical unilateral houve edema significativo entre o pré e o pós-operatório tanto naqueles com preservação como naqueles com ressecção da veia, assim como nos bilaterais com preservação da mesma, afetando em ambos os grupos a qualidade de vida em geral e em relação à aparência. Verificou-se também que o edema parece ser inevitável após o procedimento, pois o mesmo foi evidenciado de forma significativa nos pacientes submetidos a esvaziamento cervical radical, radical modificado e seletivo. CONCLUSÕES: Não há diferença significativa em relação ao edema cervicofacial após o esvaziamento cervical entre os pacientes com e sem ressecção da veia jugular interna, entretanto, há diferença entre o pré e o pós-operatório em cada grupo independente da preservação ou não da veia, sendo os pontos mais afetados a região mandibular e do pescoço
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Esse estudo teve por objetivo mensurar o edema em pontos específicos localizados na face e no pescoço em indivíduos submetidos a esvaziamento cervical com ou sem ressecção da veia jugular interna. MÉTODOS: Esse estudo utiliza um método objetivo de mensuração do edema na face e no pescoço de indivíduos no pré e no pós-operatório de esvaziamento cervical unilateral ou bilateral com ou sem ressecção da veia jugular interna, por doença maligna na região da cabeça e pescoço e sem tratamento prévio no pescoço, através do medidor da constante dielétrica da pele e da gordura subcutânea em quatro momentos: pré-operatório, 3º, 10º e 30º dia de pós-operatório, em pacientes tratados no Departamento de Cirurgia de Cabeça e Pescoço e Otorrinolaringologia do Hospital A. C. Camargo. RESULTADOS: Foram avaliados prospectivamente 51 pacientes, sendo a maioria do sexo masculino (68,6%) com idade média de 55,7 anos (mediana de 54 anos). Observou-se que a constante dielétrica do tecido não se apresentou estatisticamente diferente entre os pacientes com e sem ressecção da veia jugular interna, entretanto, nos pacientes submetidos a esvaziamento cervical unilateral houve edema significativo entre o pré e o pós-operatório tanto naqueles com preservação como naqueles com ressecção da veia, assim como nos bilaterais com preservação da mesma, afetando em ambos os grupos a qualidade de vida em geral e em relação à aparência. Verificou-se também que o edema parece ser inevitável após o procedimento, pois o mesmo foi evidenciado de forma significativa nos pacientes submetidos a esvaziamento cervical radical, radical modificado e seletivo. CONCLUSÕES: Não há diferença significativa em relação ao edema cervicofacial após o esvaziamento cervical entre os pacientes com e sem ressecção da veia jugular interna, entretanto, há diferença entre o pré e o pós-operatório em cada grupo independente da preservação ou não da veia, sendo os pontos mais afetados a região mandibular e do pescoçoINTRODUCTION: During neck dissection, besides the lymphatic tissue, some non-lymphatic structures of the neck are at injury risk or are resected, such as the internal jugular vein. This is directly related to venous and lymphatic drainage of face and neck, and, thus, resection may cause venous congestion, facial and laryngeal edema, visual disturbances and cerebral edema. There are several techniques to evaluate the edema; however, there are no reports of a particular technique that can be used in the facial region. This study aimed to quantify edema in specific points sited at the face and neck of patients who underwent neck dissection with or without resection of the internal jugular vein. METHODS: These study uses an objective method of facial and neck edema measurement of patients at pre and postoperative of unilateral or bilateral neck dissection with or without internal jugular vein resection, for malignancies at the head and neck level and with no previous neck treatment, through a device that assess the skin dielectric constant and subcutaneous fat in four stages: preoperative, 3rd, 10th and 30th postoperative days, in patients treated at the A. C. Camargo Hospital Head and Neck Department, Sao Paulo, Brazil. RESULTS: There were 51 patients prospectively evaluated; mostly males (68.6%) with mean age of 55.7 years (median of 54 years). It was verified that differences on tissue dielectric constant were not statistically different between patients with and without internal jugular vein resection; however, in patients undergone unilateral neck dissection there was significant edema between pre and postoperative both in those with preserved vein as in those with resection, as well as in bilateral with vein preservation, affecting the general quality of life and the one related to appearance in both groups. It was also found that edema seems to be unavoidable after the procedure, as it was evidenced significantly in patients undergoing radical neck dissection, modified radical and selective. CONCLUSION: No significant difference was observed in face and neck edema after neck dissection in patients with or without internal jugular vein resection, however, there is difference between pre and postoperative in each group regardless of the preservation or not of the vein, where the most affected points are mandible and neckBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPKowalski, Luiz PauloMozzini, Carolina Barreto2011-10-14info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5155/tde-23022012-160336/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:31Zoai:teses.usp.br:tde-23022012-160336Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:31Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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