Estudo eco-epidemiológico de hantavírus em primatas não humanos neotropicais
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-12072022-152924/ |
Resumo: | Os hantavírus, família Hantavíridae, possuem 8 genótipos conhecidos no Brasil. Seis destes, estão associados a Síndrome Pulmonar e Cardiovascular por Hantavírus, uma doença humana grave e de alta letalidade (46,5%). Considerando que a transmissão de hantavírus, inicialmente outrora conhecida apenas em roedores, toupeiras e musaranhos inclui, atualmente, peixes e répteis; esse recente aumento na diversidade de hospedeiros nos a levou ponderar que possivelmente é desconhecido o número de hospedeiros possíveis existentes. O descobrimento, por nosso grupo, de morcegos infectados com o altamente patogênico hantavírus Araraquara no nordeste do estado de São Paulo, levou-nos a realizar este estudo, questionando se primatas não humanos seriam possíveis hospedeiros. Assim, nesta Dissertação de Mestrado investigamos a infecção de primatas não humanos (PNH) neotropicais por hantavírus no nordeste do estado de São Paulo. Para tanto, foram estudados 15 primatas de vida livre capturados, 56 primatas em cativeiro, 213 primatas encontrados mortos na região de Ribeirão Preto, num total de 284 PNH. Os animais pertenciam as espécies Callithrix penicillata, Alouatta caraya, Sapajus apella, Sapajus libidinosus, Saguinus midas, Callithrix geoffroyi, Alouatta guariba, Callithrix jacchus e Saimiri sciureus. No soro destes PNH pesquisamos por anticorpos IgG contra hantavírus utilizando um ELISA que usa a proteína N recombinante do vírus Araraquara como antígeno. Desta forma, este tipo de estudo que é inédito no Brasil, nos permitiu concluir que 4,5% dos primatas estudados apresentavam anticorpos IgG para hantavírus. Primatas das espécies Alouatta caraya, Callithrix penicillata e Sapajus libidinosus, todos de vida livre, apresentaram anticorpos contra hantavírus sugerindo infecção pregressa. Vários espécimes de Callithrix penicillata infectados com hantavírus foram encontrados na zona urbana de Ribeirão Preto o que poderia oferecer uma potencial fonte de infecção para os moradores locais. |
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Estudo eco-epidemiológico de hantavírus em primatas não humanos neotropicaisEco-epidemiological study of hantavirus in neotropical non human primatesEpidemiologiaEpidemiologyHantavirusHantavírusPrimatasPrimatesOs hantavírus, família Hantavíridae, possuem 8 genótipos conhecidos no Brasil. Seis destes, estão associados a Síndrome Pulmonar e Cardiovascular por Hantavírus, uma doença humana grave e de alta letalidade (46,5%). Considerando que a transmissão de hantavírus, inicialmente outrora conhecida apenas em roedores, toupeiras e musaranhos inclui, atualmente, peixes e répteis; esse recente aumento na diversidade de hospedeiros nos a levou ponderar que possivelmente é desconhecido o número de hospedeiros possíveis existentes. O descobrimento, por nosso grupo, de morcegos infectados com o altamente patogênico hantavírus Araraquara no nordeste do estado de São Paulo, levou-nos a realizar este estudo, questionando se primatas não humanos seriam possíveis hospedeiros. Assim, nesta Dissertação de Mestrado investigamos a infecção de primatas não humanos (PNH) neotropicais por hantavírus no nordeste do estado de São Paulo. Para tanto, foram estudados 15 primatas de vida livre capturados, 56 primatas em cativeiro, 213 primatas encontrados mortos na região de Ribeirão Preto, num total de 284 PNH. Os animais pertenciam as espécies Callithrix penicillata, Alouatta caraya, Sapajus apella, Sapajus libidinosus, Saguinus midas, Callithrix geoffroyi, Alouatta guariba, Callithrix jacchus e Saimiri sciureus. No soro destes PNH pesquisamos por anticorpos IgG contra hantavírus utilizando um ELISA que usa a proteína N recombinante do vírus Araraquara como antígeno. Desta forma, este tipo de estudo que é inédito no Brasil, nos permitiu concluir que 4,5% dos primatas estudados apresentavam anticorpos IgG para hantavírus. Primatas das espécies Alouatta caraya, Callithrix penicillata e Sapajus libidinosus, todos de vida livre, apresentaram anticorpos contra hantavírus sugerindo infecção pregressa. Vários espécimes de Callithrix penicillata infectados com hantavírus foram encontrados na zona urbana de Ribeirão Preto o que poderia oferecer uma potencial fonte de infecção para os moradores locais.Hantaviruses, family Hantaviridae, have 8 known genotypes in Brazil. Six of those are associated with Hantavirus Cardiopulmonary Syndrome, a serious human disease with high lethality (46,5%). Whereas the transmission of hantaviruses, initially thought to be only by rodents, moles and shrews, currently includes fish and reptile, this recent increment on host diversity led us to consider that the number of possible existing hosts is possibly unknown. The discovery by our group of bats infected with the highly pathogenic hantavirus Andes orthohantavirus, genotype Araraquara orthohantavirus (ARQV) in the northeast of the state of São Paulo led us to carry out this study, questioning whether non-human primates were possible hosts as well. Thus, in this master\'s thesis we investigate the infection of neotropical non-human primates (NHP) by hantaviruses in the northeast of São Paulo state. Therefore, 15 captured free-living primates, 56 captive primates and 213 deceased primates in Ribeirão Preto were studied, a total of 284 NHP. The animals belonged to the species Callithrix penicillata, Alouatta caraya, Sapajus apella, Sapajus libidinosus, Saguinus midas, Callithrix geoffroyi, Alouatta guariba, Callithrix jacchus and Saimiri sciureus. We assessed for IgG against hantavirus In the serum of these NHPs, using an ELISA that uses the recombinant N protein of the ARQV as an antigen. Thus, with this type of study, which is unprecedented in Brazil, we concluded that 4.5% of NHP evaluated had IgG to hantavirus. NHP of the species Alouatta caraya, Callithrix penicillata and Sapajus libidinosus, all free-living, presented antibodies against hantavirus, suggesting previous infection. Several specimens of Callithrix penicillata infected with hantavirus were found in the urban area of Ribeirão Preto, which offers a potential source of contamination for local resident.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPFigueiredo, Luiz Tadeu MoraesJúnior, Gilberto Sabino dos SantosCazarotti, Rafael Lucas dos Santos2022-04-06info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-12072022-152924/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2022-08-04T12:20:34Zoai:teses.usp.br:tde-12072022-152924Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212022-08-04T12:20:34Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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