Hipervascularidade de metástases hepáticas, detectada através da ressonância magnética, como indicador de progressão da doença em pacientes com câncer de mama
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2004 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5151/tde-10092014-115138/ |
Resumo: | Proposta: O objetivo do presente estudo foi a análise da associação entre a vascularização das metástases hepáticas, detectadas através de exames de ressonância magnética, e a progressão da doença em pacientes com câncer de mama. Casuística e Métodos: Partiu-se do rastreamento de pacientes com câncer de mama dentre todos os pacientes atendidos para exames de ressonância magnética, entre 1995 e 2002, no Hospital da Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill, USA. Foram identificadas 16 pacientes com câncer primário de mama e com metástases hepáticas, com 99 exames de ressonância magnética antes e após a terapia sistêmica. Comparando-se cada exame de ressonância magnética com o seu anterior, a doença das pacientes foi classificada em quatro diferentes status: Resposta Completa, Resposta Parcial, Doença Estável e Doença em Progressão. As metástases hepáticas foram caracterizadas como hipervasculares ou hipovasculares, de acordo com a intensidade do realce durante a fase arterial do exame de ressonância magnética. Estatisticamente, o teste exato de Fisher e o modelo de regressão logística ordinal foram usados para estimar o não ajustamento e o risco de ajustamento entre a presença de metástases hepáticas hipervasculares e a progressão da doença. Resultados: Todas as pacientes eram do sexo feminino, com uma média de idade de 51.5 anos. Na análise não ajustada, a associação entre a presença de hipervascularização nas metástases hepáticas e a progressão da doença foi, de um ponto de vista estatístico, altamente significativa (p< 0,0001). Na análise de regressão logística múltipla, a hipervascularidade de metástases hepáticas foi caracterizada como um fator preditivo independente de progressão da doença. Pacientes com lesões hepáticas hipervasculares apresentaram uma incidência 20,5 vezes maior de progressão da doença, comparadas com pacientes sem hipervascularidade (relação das probabilidades= 20,5; 95% de intervalo de confiança [5,1; 83,5], p < 0,0001). Conclusão: Os resultados de nossa análise mostram evidências de que a progressão da doença pode ser predita através da avaliação da vascularidade das metástases hepáticas pelo exame de ressonância magnética, em pacientes com metástases hepáticas de câncer de mama |
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Hipervascularidade de metástases hepáticas, detectada através da ressonância magnética, como indicador de progressão da doença em pacientes com câncer de mamaHypervascularity of liver metastases as detected by MRI- Does it predict disease progression in breast cancer patients?Breast neoplasmsImagem por ressonância magnéticaMagnetic resonance imagingMetástaseMetastasesNeoplasias mamáriasProposta: O objetivo do presente estudo foi a análise da associação entre a vascularização das metástases hepáticas, detectadas através de exames de ressonância magnética, e a progressão da doença em pacientes com câncer de mama. Casuística e Métodos: Partiu-se do rastreamento de pacientes com câncer de mama dentre todos os pacientes atendidos para exames de ressonância magnética, entre 1995 e 2002, no Hospital da Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill, USA. Foram identificadas 16 pacientes com câncer primário de mama e com metástases hepáticas, com 99 exames de ressonância magnética antes e após a terapia sistêmica. Comparando-se cada exame de ressonância magnética com o seu anterior, a doença das pacientes foi classificada em quatro diferentes status: Resposta Completa, Resposta Parcial, Doença Estável e Doença em Progressão. As metástases hepáticas foram caracterizadas como hipervasculares ou hipovasculares, de acordo com a intensidade do realce durante a fase arterial do exame de ressonância magnética. Estatisticamente, o teste exato de Fisher e o modelo de regressão logística ordinal foram usados para estimar o não ajustamento e o risco de ajustamento entre a presença de metástases hepáticas hipervasculares e a progressão da doença. Resultados: Todas as pacientes eram do sexo feminino, com uma média de idade de 51.5 anos. Na análise não ajustada, a associação entre a presença de hipervascularização nas metástases hepáticas e a progressão da doença foi, de um ponto de vista estatístico, altamente significativa (p< 0,0001). Na análise de regressão logística múltipla, a hipervascularidade de metástases hepáticas foi caracterizada como um fator preditivo independente de progressão da doença. Pacientes com lesões hepáticas hipervasculares apresentaram uma incidência 20,5 vezes maior de progressão da doença, comparadas com pacientes sem hipervascularidade (relação das probabilidades= 20,5; 95% de intervalo de confiança [5,1; 83,5], p < 0,0001). Conclusão: Os resultados de nossa análise mostram evidências de que a progressão da doença pode ser predita através da avaliação da vascularidade das metástases hepáticas pelo exame de ressonância magnética, em pacientes com metástases hepáticas de câncer de mamaPurpose: The aim of the present investigation was to evaluate the association of liver metastases vascularity, as characterized by MR imaging, and disease progression in breast cancer patients. Materials and Methods: Breast cancer patients undergoing liver MR from 1995 through 2002 were extracted from University of North Carolina at Chapel Hill\'s database. Sixteen patients with liver metastases were identified who had 99 MR imaging studies prior and after receiving systemic therapy. Based on comparison of MR imaging with the previous MR examination, disease status of patients were classified as Complete Response, Partial Response, Stable Disease, and Progressive Disease. Liver metastases were characterized as hypervascular or hypovascular based on the degree of enhancement in arterial, portal and interstitial phase after administration of contrast agent. Fisher\'s exact test and ordinal logistic regression models were used to estimate the unadjusted and risk adjusted association between the presence of hypervascular liver metastases and disease progression. Results: All patients were female, and had a median age of 51.5 years old. In unadjusted analyses the association between the presence of hypervascularity of liver metastases and disease progression was highly statistically significant (p < 0.0001). In multiple logistic regression analyses, hypervascularity of liver metastases was found to be an independent predictor of disease progression. Patients with hypervascular liver lesions were 20.5 times more likely to experience disease progression compared with patients without hypervascularity (odds ratio: 20.5; 95% confidence interval [5.1, 83.5], p<0.0001). Conclusion: Our analysis provides suggestive evidence that disease progression can be predicted through MR imaging assessment of the vascularity of liver metastases in breast cancer patientsBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPBarros, Nestor deBraga, Larissa2004-01-19info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5151/tde-10092014-115138/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:11:55Zoai:teses.usp.br:tde-10092014-115138Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:11:55Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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