Comparação de substituto ósseo aloplástico em grânulos ou pasta em cirurgias de levantamento de seio maxilar. Estudo experimental em coelhos

• Autor(a) principal: Costa, Michael Medeiros
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
• Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58136/tde-06102022-165858/
• topic: Bone substitutes; Coelhos; Histologia; Histology; Histomorfometria; Histomorphometry; Levantamento de seio maxilar; Maxillary sinus surgery; Microtomografia; Microtomography; Rabbits; Substitutos ósseos

O objetivo deste estudo foi comparar o reparo sequencial de seios maxilares enxertados com grânulos ou pasta de um substituto ósseo aloplástico após cirurgias de levantamento de seio maxilar, através de análise microtomográfica, histológica e histomorfométrica. Neste estudo prospectivo, randomizado, do tipo boca dividida, vinte coelhos machos da raça New Zealand, pesando 3,5 - 4,0 kg e com 5 - 6 meses de idade, foram utilizados e divididos em 2 grupos de 10 coelhos cada, com eutanásia realizada em 2 e 10 semanas, respectivamente. Após a elevação da membrana sinusal, foi introduzido um substituto ósseo em grânulos (Maxresorbê, Botiss Biomaterials, Zossen, Alemanha) ou em pasta (MaxresorbQ inject, Botiss Biomaterials, Zossen, Alemanha). Em seguida, uma membrana de colágeno suíno (Bio-Gide9, Geistlich, Wolhusen, Suíça) foi utilizada para recobrir as antrostomias. Após a eutanásia dos animais, os espécimes removidos foram encaminhados para análise microtomográfica. Com o auxílio do software CTANQ (Bruker, Kontich, Bélgica) foi medido o volume total do enxerto (TV, mm3). Para identificação de tecido ósseo mineralizado (thresholding 70 -100) e para estruturas de enxerto ósseo residual(thresholding 100 - 255). Em seguida, as peças foram processadas para avaliação histológica e histomorfométrica. Os espécimes em resina foram preparados por meio de um equipamento de corte / desgaste de precisão (Exakt, Apparatebau, Norderstedt, Alemanha). E as lâminas foram coradas com azul de toluidina e vermelho de alizarina. Para análise histomorfométrica foram avaliadas cinco diferentes áreas do enxerto ósseo e as porcentagens de osso novo e enxerto residual foram medidas. Os dados obtidos foram analisados estatisticamente por meio da análise de variância ANOVA e teste t de Student. As análises microtomográficas mostraram uma contração volumétrica do biomaterial em ambos os grupos ao longo do tempo. Em relação a quantidade de tecido mineralizado, o grupo grânulos foi de 17,5 &plusmn; 3,2 mm3 para 23,2 &plusmn; 1,6 mm3 (p < 0,05) e o grupo pasta foi de 20,7 &plusmn; 9,0 mm3 para 25,2 &plusmn; 6,4 mm3, em 2 e 10 semanas, respectivamente. Quando comparado os grupos entre si, observou-se uma maior tendência à formação de tecido mineralizado no grupo grânulos ao longo do tempo, porém sem diferença estatística. Os resultados histomorfométricos mostraram um aumento significativo da quantidade de osso novo ao longo do tempo para ambos os grupos. Entre 2 e 10 semanas, o grupo grânulos aumentou de 1,96 &plusmn; 1,35% para 36,8 &plusmn; 11,7%; e o grupo pasta de 0,08 &plusmn; 0,12% para 25,6 &plusmn; 7,6% (p < 0,05). O enxerto residual diminuiu em ambos os grupos após 10 semanas de reparo. Conclui-se que as formulações em grânulos e pasta mostraram resultados favoráveis à incorporação, com formação de tecido ósseo em quantidade e qualidade. Porém, o grupo grânulos apresentou uma maior formação de osso novo ao longo do tempo, em todas as análises.