Caracterização morfo-fisiológica de Tranzschelia discolor, efeito da umidade na patogênese e controle da ferrugem do pessegueiro
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1999 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-20231122-093518/ |
Resumo: | O efeito de diferentes períodos de molhamento foliar (no intervalo entre duas e 48 horas), após a inoculação, na freqüência de infecção (pústulas/cm2) e na latência (tempo para o aparecimento de 50% das pústulas esporulantes) de Tranzschelia discolor, agente causal da ferrugem do pessegueiro, foi avaliado em mudas de pessegueiro das cultivares Ximarrita (um ensaio) e Flor da Prince (dois ensaios), inoculadas sob condições controladas (23 ± 2°C e fotoperíodo de 12 horas). O período mínimo de molhamento foliar para a infecção foi de quatro horas. A freqüência de infecção aumentou com o aumento do período de molhamento. A caracterização morfológica de isolados de T. discolor foi realizada comparando-se as dimensões de urediniósporos e teliósporos do fungo, coletados de folhas de ameixeira, nectarina e pessegueiro, por meio de análises de variância uni e multivariada. A caracterização fisiológica foi investigada através de inoculações cruzadas em mudas de pessegueiro (Ximarrita e Flor da Prince), nectarina (Rubrosol) e ameixeira (Rubi I), sob condições controladas (23 ± 2°C e fotoperíodo de 12 horas). A análise de cluster mostrou que os isolados provenientes de pessegueiro e nectarina apresentaram grande similaridade entre si, distanciando-se do isolado de ameixeira. Os isolados coletados de pessegueiro e nectarina causaram infecções recíprocas, embora a severidade da doença tenha sido sempre maior no hospedeiro fornecedor do inóculo, e não infectaram a ameixeira. O isolado coletado de ameixeira só causou infecção na própria ameixeira. Os isolados mostraram especialização fisiológica, sugerindo a existência de formae speciales dentro dessa espécie. A reação das cultivares de pessegueiro Regis, Aurora II e Ximarrita (primeiro ensaio) e Aurora II, Coral, Dourado, Flor da Prince e Rio Grande (segundo ensaio) à ferrugem, avaliada através da freqüência de infecção e do período latente, mostrou que a cultivar Regis foi a que apresentou menor freqüência de infecção. A eficiência de fungicidas no controle da ferrugem de plantas de pessegueiro e nectarina foi avaliada em áreas experimentais localizadas em Paranapema - SP. Os fungicidas tebuconazole e mancozeb e captan, aplicados alternadamente, apresentaram elevada eficiência no controle da ferrugem do pessegueiro, já o difenoconazole e o triadimenol foram ineficientes. Os melhores produtos no controle da ferrugem de plantas de nectarina também foram o tebuconazole e o mancozeb. O difenoconazole sozinho ou em mistura com o propiconazole não promoveu um controle satisfatório da doença em plantas de nectarina. Um sistema de previsão da doença baseado em variáveis climáticas foi testado e não se aplicou para o patossistema em questão, uma vez que a faixa de temperatura e de umidade favoráveis para o desenvolvimento da doença é muito ampla e as condições favoráveis (temperaturas média maior ou igual a 13 °C e máxima igual ou inferior a 30°C e mínimo de 4 horas de molhamento) sempre foram satisfeitas. |
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Caracterização morfo-fisiológica de Tranzschelia discolor, efeito da umidade na patogênese e controle da ferrugem do pessegueiroMorphological and physiological characterization of Tranzschelia discolor, effect of moisture on pathogenesis and control of peach rustCONTROLEEFEITO DA UMIDADEFERRUGEMFUNGOS FITOPATOGÊNICOSMORFOLOGIAPÊSSEGOO efeito de diferentes períodos de molhamento foliar (no intervalo entre duas e 48 horas), após a inoculação, na freqüência de infecção (pústulas/cm2) e na latência (tempo para o aparecimento de 50% das pústulas esporulantes) de Tranzschelia discolor, agente causal da ferrugem do pessegueiro, foi avaliado em mudas de pessegueiro das cultivares Ximarrita (um ensaio) e Flor da Prince (dois ensaios), inoculadas sob condições controladas (23 ± 2°C e fotoperíodo de 12 horas). O período mínimo de molhamento foliar para a infecção foi de quatro horas. A freqüência de infecção aumentou com o aumento do período de molhamento. A caracterização morfológica de isolados de T. discolor foi realizada comparando-se as dimensões de urediniósporos e teliósporos do fungo, coletados de folhas de ameixeira, nectarina e pessegueiro, por meio de análises de variância uni e multivariada. A caracterização fisiológica foi investigada através de inoculações cruzadas em mudas de pessegueiro (Ximarrita e Flor da Prince), nectarina (Rubrosol) e ameixeira (Rubi I), sob condições controladas (23 ± 2°C e fotoperíodo de 12 horas). A análise de cluster mostrou que os isolados provenientes de pessegueiro e nectarina apresentaram grande similaridade entre si, distanciando-se do isolado de ameixeira. Os isolados coletados de pessegueiro e nectarina causaram infecções recíprocas, embora a severidade da doença tenha sido sempre maior no hospedeiro fornecedor do inóculo, e não infectaram a ameixeira. O isolado coletado de ameixeira só causou infecção na própria ameixeira. Os isolados mostraram especialização fisiológica, sugerindo a existência de formae speciales dentro dessa espécie. A reação das cultivares de pessegueiro Regis, Aurora II e Ximarrita (primeiro ensaio) e Aurora II, Coral, Dourado, Flor da Prince e Rio Grande (segundo ensaio) à ferrugem, avaliada através da freqüência de infecção e do período latente, mostrou que a cultivar Regis foi a que apresentou menor freqüência de infecção. A eficiência de fungicidas no controle da ferrugem de plantas de pessegueiro e nectarina foi avaliada em áreas experimentais localizadas em Paranapema - SP. Os fungicidas tebuconazole e mancozeb e captan, aplicados alternadamente, apresentaram elevada eficiência no controle da ferrugem do pessegueiro, já o difenoconazole e o triadimenol foram ineficientes. Os melhores produtos no controle da ferrugem de plantas de nectarina também foram o tebuconazole e o mancozeb. O difenoconazole sozinho ou em mistura com o propiconazole não promoveu um controle satisfatório da doença em plantas de nectarina. Um sistema de previsão da doença baseado em variáveis climáticas foi testado e não se aplicou para o patossistema em questão, uma vez que a faixa de temperatura e de umidade favoráveis para o desenvolvimento da doença é muito ampla e as condições favoráveis (temperaturas média maior ou igual a 13 °C e máxima igual ou inferior a 30°C e mínimo de 4 horas de molhamento) sempre foram satisfeitas.The effect of different post inoculation wetness periods (two - 48 hours) on pustule frequency (pustules / cm2) and latency (period required for appearance of 50% of sporulating pustules) of Tranzschelia discolor, casual agent of peach rust, was evaluated by inoculation with Tranzchelia discolor of peach seedlings of cultivar Ximarrita (one trial) and Flor da Prince (two trials) kept under controlled conditions (23 ± 2°C and photoperiod of 12 h). The minimum leaf wetness period for infection was 4 hours. Infection frequency increased with the leaf wetness period. The morphological characterization of T. discolor was performed through univariate and multivariate analysis of variance of urediniospore and teliospores dimension. The spores were collected from plum, nectarine and peach leaves. Physiological characterization was evaluated through inoculations of peach (Ximarrita and Flor da Prince), nectarine (Rubrosol) and plum (Rubi I) seedlings kept under controlled conditions (23 ± 2°C and photoperiod of 12 h). Cluster analysis showed that isolates from peach and nectarine were very similar among themselves, differing, however, from the plum isolate. Peach and nectarine isolates caused reciprocal infections on peach and nectarine, but not on plum. Disease severity, however, was always higher in the host which provided the inoculum. The plum isolate was specific to its host. The results suggested the existence of physiological specialization of the pathogen at the species (level, formae speciales probably occurring). Reaction of peach cultivars to the pathogen was evaluated through the determination of infection frequency and latent period using the following cultivars: Regis, Aurora II and Ximarrita (1st trial) and Aurora II, Coral, Dourado, Flor da Prince and Rio Grande (2nd trial). Regis showed the smallest infection frequency. Fungicide efficiency for the rust control was evaluated in the field in Paranapanema, SP. Tebuconazole and mancozeb + captan applied alternately showed high control efficiency in peach, whereas difenoconazole and triadimenol did not. The best products for nectarine plants were tebuconazole and mancozeb. Difenoconazole alone or in combination with propiconazole did not promote a satisfactory control in nectarine plants. A forecast system of the disease based on weather variable was tested but it was not applicate for the pathosystem under study. The temperature and moisture ranges favorable for disease development is too wide and favorable conditions (medium temperatures higher than or equal to 13°C and maximum equal to or smaller than 30°C and a minimum wetness period of 4 h) were always satisfied.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPAmorim, LílianMartins, Marise Cagnin1999-03-26info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-20231122-093518/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2023-11-24T18:31:05Zoai:teses.usp.br:tde-20231122-093518Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-11-24T18:31:05Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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O efeito de diferentes períodos de molhamento foliar (no intervalo entre duas e 48 horas), após a inoculação, na freqüência de infecção (pústulas/cm2) e na latência (tempo para o aparecimento de 50% das pústulas esporulantes) de Tranzschelia discolor, agente causal da ferrugem do pessegueiro, foi avaliado em mudas de pessegueiro das cultivares Ximarrita (um ensaio) e Flor da Prince (dois ensaios), inoculadas sob condições controladas (23 ± 2°C e fotoperíodo de 12 horas). O período mínimo de molhamento foliar para a infecção foi de quatro horas. A freqüência de infecção aumentou com o aumento do período de molhamento. A caracterização morfológica de isolados de T. discolor foi realizada comparando-se as dimensões de urediniósporos e teliósporos do fungo, coletados de folhas de ameixeira, nectarina e pessegueiro, por meio de análises de variância uni e multivariada. A caracterização fisiológica foi investigada através de inoculações cruzadas em mudas de pessegueiro (Ximarrita e Flor da Prince), nectarina (Rubrosol) e ameixeira (Rubi I), sob condições controladas (23 ± 2°C e fotoperíodo de 12 horas). A análise de cluster mostrou que os isolados provenientes de pessegueiro e nectarina apresentaram grande similaridade entre si, distanciando-se do isolado de ameixeira. Os isolados coletados de pessegueiro e nectarina causaram infecções recíprocas, embora a severidade da doença tenha sido sempre maior no hospedeiro fornecedor do inóculo, e não infectaram a ameixeira. O isolado coletado de ameixeira só causou infecção na própria ameixeira. Os isolados mostraram especialização fisiológica, sugerindo a existência de formae speciales dentro dessa espécie. A reação das cultivares de pessegueiro Regis, Aurora II e Ximarrita (primeiro ensaio) e Aurora II, Coral, Dourado, Flor da Prince e Rio Grande (segundo ensaio) à ferrugem, avaliada através da freqüência de infecção e do período latente, mostrou que a cultivar Regis foi a que apresentou menor freqüência de infecção. A eficiência de fungicidas no controle da ferrugem de plantas de pessegueiro e nectarina foi avaliada em áreas experimentais localizadas em Paranapema - SP. Os fungicidas tebuconazole e mancozeb e captan, aplicados alternadamente, apresentaram elevada eficiência no controle da ferrugem do pessegueiro, já o difenoconazole e o triadimenol foram ineficientes. Os melhores produtos no controle da ferrugem de plantas de nectarina também foram o tebuconazole e o mancozeb. O difenoconazole sozinho ou em mistura com o propiconazole não promoveu um controle satisfatório da doença em plantas de nectarina. Um sistema de previsão da doença baseado em variáveis climáticas foi testado e não se aplicou para o patossistema em questão, uma vez que a faixa de temperatura e de umidade favoráveis para o desenvolvimento da doença é muito ampla e as condições favoráveis (temperaturas média maior ou igual a 13 °C e máxima igual ou inferior a 30°C e mínimo de 4 horas de molhamento) sempre foram satisfeitas. |
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