Utilização das horas de enfermagem em salas de operações, segundo a complexidade do paciente e do procedimento anestésico-cirúrgico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mattia, Ana Lucia De
Data de Publicação: 2002
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7136/tde-06052009-101000/
Resumo: Esta pesquisa é um estudo de caso, com natureza exploratória, descritiva e comparativa de campo, transversal e com abordagem quantitativa. Tem como objetivo classificar as cirurgias em categorias, segundo a necessidade de horas de enfermagem em salas de operações, subsidiando o dimensionamento de pessoal de enfermagem em centro cirúrgico. Foi realizada em um Hospital geral, de grande porte, da rede privada da cidade de São Paulo. A amostra foi constituída de 140 pacientes, divididos em 14 grupos, sendo 10 pacientes em cada grupo. Para a formação dos grupos foi considerado a condição física do paciente, segundo Americam Society of Anestesiologists (ASA), o porte anestésico segundo a Associação Médica Brasileira (AMB), o tipo de procedimento anestésico-cirúrgico, invasivo ou minimamente invasivo (MI) e cirurgias eletivas. Quanto à condição física do paciente, os grupos foram formados com ASA1, ASA2 e ASA3; a ASA4 foi excluída por não apresentar casos, ASA 5 e 6 foram excluídos por serem cirurgias de urgência ou emergência. Quanto ao porte anestésico, as cirurgias foram classificadas em pequeno porte, médio porte, grande porte e porte especial. Desta forma os grupos ficaram simbolizados como: 1P, 1M, 1G, 1E, 2P, 2M, 2G, 2E, 3M, 3G, 3E, 1PMI, 1MMI e 2MMI. A coleta de dados foi realizada dentro das salas de operações, por meio de observação estruturada, a qual foi utilizado um roteiro com itens referentes à caracterização da cirurgia, recursos humanos, condição física do paciente e procedimentos anestésicos-cirúrgicos. O tratamento dos dados foi feito segundo a caracterização do paciente cirúrgico, horas utilizadas pelos recursos humanos e pelo paciente, procedimentos realizados e recursos materiais utilizados. Na comparação entre os grupos, a caracterização do paciente cirúrgico permitiu os seguintes resultados: quanto ao sexo, 83 (59,29%) do sexo feminino e 57 (40,71%) masculino, a maior frequência de idade foi entre 30 e 40 anos, em 34 (24,29%) dos pacientes. As especialidades cirúrgicas de maior frequência foram otorrinolaringologia em 23 (16,43%), ginecologia e obstetrícia 21 (15%) e ortopedia e traumatologia 21 (15%). A anestesia geral prevaleceu com 75 (53,58%) dos pacientes. Quanto aos distúrbios sistêmicos que caracterizaram a ASA, as doenças cardiovasculares prevaleceram em 52 (65%) dos pacientes, sendo 40 (50%) com hipertensão arterial sistêmica e 16 (20%) com diabetes Mellitus. Quanto às horas utilizadas, as média das horas utilizadas por paciente foram: 3,40 horas de enfermagem (HE); 0,10 horas de enfermeira (HEn); 3,28 horas de técnico/auxiliar de enfermagem (HT/A); 6,14 horas da equipe médica (HEM); 1,12 horas de cirurgia (HC); 1,95 horas de salas de operações (HSO); 0,21 horas de preparo para anestesia (HPA) e 0,16 horas de preparo para cirurgia (HPC). Para uma hora de cirurgia (HC), as médias de horas utilizadas em cada paciente foram: 3,54 HE; 0,14 HEn; 3,40 HT/A; 5,77 HEM e 1,90 HSO. Para uma hora de sala de operações (HSO), as médias de horas utilizadas em cada paciente foram: 1,81 HE; 0,06 HEn; 1,75 HT/A; 3,08 HEM e 0,54 HC. Quanto aos procedimentos realizados, as médias dos invasivos foi de 2,04 procedimentos e não invasivos de 5,70 procedimentos; com total de 7,74 procedimentos. A média de recursos materiais utilizados para anestesia foi de 4,19 equipamentos e para a cirurgia de 2,76 equipamentos; com total de 6,95 equipamentos. Na análise estatística dos grupos, referentes às ASA, segundo os portes anestésicos; os resultados demonstraram que os portes anestésicos pequeno e médio não diferiram significativamente entre si, sendo inferiores aos portes grande e especial, nas variáveis HE, HT/A, HEM; quanto aos portes anestésicos, segundo às ASA; os resultados demonstraram que quase não houve diferenças entres as ASA. Os grupos de cirurgias minimamente invasivas, houve diferença apenas nos recursos materiais, sendo superiores conforme o porte anestésico e a análise entre os grupos de cirurgias invasivas e minimamente invasivas, com portes anestésicos e ASA semelhantes, os resultados demonstraram que os grupos de cirurgias invasivas apresentaram - se significativamente inferiores nas variáveis estudadas em relação aos grupos de cirurgias minimamente invasivas. Desta forma, conclui-se com este estudo, que as HE estão relacionadas aos portes anestésicos, onde quanto mais complexo o procedimento anestésico-cirúrgico, mais horas de enfermagem são utilizadas, não foi observado relação das HE utilizadas com a condição física do paciente. Assim, foi elaborado uma classificação das cirurgias em categorias, segundo a necessidade de horas de enfermagem, para uma hora de sala de operações, sendo: cuidados padrão de enfermagem, com 1,41 horas; cuidados complexos de enfermagem, com 1,99 horas e cuidados diferenciados de enfermagem, com 1,78 horas
id USP_989de1f57f9e433ba3215d1024d1d93a
oai_identifier_str oai:teses.usp.br:tde-06052009-101000
network_acronym_str USP
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository_id_str 2721
spelling Utilização das horas de enfermagem em salas de operações, segundo a complexidade do paciente e do procedimento anestésico-cirúrgicoThe utilization of nursing hours in operating rooms, according to the patient\'s complexity and the surgical anesthetic procedureComplexidade do paciente/procedimento anestésico-cirúrgicoHoras de enfermagemNursing hoursOperating roomPatient complexity/surgical anesthetic procedureSalas de operaçõesEsta pesquisa é um estudo de caso, com natureza exploratória, descritiva e comparativa de campo, transversal e com abordagem quantitativa. Tem como objetivo classificar as cirurgias em categorias, segundo a necessidade de horas de enfermagem em salas de operações, subsidiando o dimensionamento de pessoal de enfermagem em centro cirúrgico. Foi realizada em um Hospital geral, de grande porte, da rede privada da cidade de São Paulo. A amostra foi constituída de 140 pacientes, divididos em 14 grupos, sendo 10 pacientes em cada grupo. Para a formação dos grupos foi considerado a condição física do paciente, segundo Americam Society of Anestesiologists (ASA), o porte anestésico segundo a Associação Médica Brasileira (AMB), o tipo de procedimento anestésico-cirúrgico, invasivo ou minimamente invasivo (MI) e cirurgias eletivas. Quanto à condição física do paciente, os grupos foram formados com ASA1, ASA2 e ASA3; a ASA4 foi excluída por não apresentar casos, ASA 5 e 6 foram excluídos por serem cirurgias de urgência ou emergência. Quanto ao porte anestésico, as cirurgias foram classificadas em pequeno porte, médio porte, grande porte e porte especial. Desta forma os grupos ficaram simbolizados como: 1P, 1M, 1G, 1E, 2P, 2M, 2G, 2E, 3M, 3G, 3E, 1PMI, 1MMI e 2MMI. A coleta de dados foi realizada dentro das salas de operações, por meio de observação estruturada, a qual foi utilizado um roteiro com itens referentes à caracterização da cirurgia, recursos humanos, condição física do paciente e procedimentos anestésicos-cirúrgicos. O tratamento dos dados foi feito segundo a caracterização do paciente cirúrgico, horas utilizadas pelos recursos humanos e pelo paciente, procedimentos realizados e recursos materiais utilizados. Na comparação entre os grupos, a caracterização do paciente cirúrgico permitiu os seguintes resultados: quanto ao sexo, 83 (59,29%) do sexo feminino e 57 (40,71%) masculino, a maior frequência de idade foi entre 30 e 40 anos, em 34 (24,29%) dos pacientes. As especialidades cirúrgicas de maior frequência foram otorrinolaringologia em 23 (16,43%), ginecologia e obstetrícia 21 (15%) e ortopedia e traumatologia 21 (15%). A anestesia geral prevaleceu com 75 (53,58%) dos pacientes. Quanto aos distúrbios sistêmicos que caracterizaram a ASA, as doenças cardiovasculares prevaleceram em 52 (65%) dos pacientes, sendo 40 (50%) com hipertensão arterial sistêmica e 16 (20%) com diabetes Mellitus. Quanto às horas utilizadas, as média das horas utilizadas por paciente foram: 3,40 horas de enfermagem (HE); 0,10 horas de enfermeira (HEn); 3,28 horas de técnico/auxiliar de enfermagem (HT/A); 6,14 horas da equipe médica (HEM); 1,12 horas de cirurgia (HC); 1,95 horas de salas de operações (HSO); 0,21 horas de preparo para anestesia (HPA) e 0,16 horas de preparo para cirurgia (HPC). Para uma hora de cirurgia (HC), as médias de horas utilizadas em cada paciente foram: 3,54 HE; 0,14 HEn; 3,40 HT/A; 5,77 HEM e 1,90 HSO. Para uma hora de sala de operações (HSO), as médias de horas utilizadas em cada paciente foram: 1,81 HE; 0,06 HEn; 1,75 HT/A; 3,08 HEM e 0,54 HC. Quanto aos procedimentos realizados, as médias dos invasivos foi de 2,04 procedimentos e não invasivos de 5,70 procedimentos; com total de 7,74 procedimentos. A média de recursos materiais utilizados para anestesia foi de 4,19 equipamentos e para a cirurgia de 2,76 equipamentos; com total de 6,95 equipamentos. Na análise estatística dos grupos, referentes às ASA, segundo os portes anestésicos; os resultados demonstraram que os portes anestésicos pequeno e médio não diferiram significativamente entre si, sendo inferiores aos portes grande e especial, nas variáveis HE, HT/A, HEM; quanto aos portes anestésicos, segundo às ASA; os resultados demonstraram que quase não houve diferenças entres as ASA. Os grupos de cirurgias minimamente invasivas, houve diferença apenas nos recursos materiais, sendo superiores conforme o porte anestésico e a análise entre os grupos de cirurgias invasivas e minimamente invasivas, com portes anestésicos e ASA semelhantes, os resultados demonstraram que os grupos de cirurgias invasivas apresentaram - se significativamente inferiores nas variáveis estudadas em relação aos grupos de cirurgias minimamente invasivas. Desta forma, conclui-se com este estudo, que as HE estão relacionadas aos portes anestésicos, onde quanto mais complexo o procedimento anestésico-cirúrgico, mais horas de enfermagem são utilizadas, não foi observado relação das HE utilizadas com a condição física do paciente. Assim, foi elaborado uma classificação das cirurgias em categorias, segundo a necessidade de horas de enfermagem, para uma hora de sala de operações, sendo: cuidados padrão de enfermagem, com 1,41 horas; cuidados complexos de enfermagem, com 1,99 horas e cuidados diferenciados de enfermagem, com 1,78 horasThis is a case study with exploratory character, descriptive and comparative, and a fieldwork with a quantitative approach. It aims to classify the surgeries in categories according to the number of nursing hours in operating rooms, subsidizing the dimensioning of the nursing staff in operating rooms. It was performed in a large general private Hospital in São Paulo. The sample was constituted of 140 patients, divided into 14 groups, 10 patients on each group. To organize the groups it was taken on account the patient\'s physical condition, according to the American Society of Anesthesiologists (ASA), the anesthetic complexity, according to the Brazilian Medical Association (BMA), the sort of surgical anesthetic procedure: invasive, or minimally invasive (MI) and elective surgeries. According to the patient\'s physical condition, groups were constituted with ASA1, ASA2 and ASA3. ASA 4 was put away because there were no cases, and ASA 5 and ASA 6 were put away because they were urgency or emergency surgeries. As to the anesthetic complexity, surgeries were classified as presenting small complexity, mean complexity, large complexity and special complexity. Therefore groups were symbolized as: 1S, 1M, 1L, 1S, 2S, 2M, 2L, 2S, 3M, 3L, 3S, 1SMI, 1MMI AND 2AMI. Data were collect inside the operating rooms, by means of organized observation, according to a guide presenting items referring to the surgery characteristics, human resources, patient\'s physical condition and surgical anesthetic procedures. Data analysis was performed according to the surgical patient\'s characteristics, hours taken by human resources and by the patient, procedures and material resources employed. In the comparison among groups, the characterization of the surgical patient led to the following results: as to gender, 83 (59,29%) female and 57 (40,71%) male, the higher age frequency was between 30 and 40 years in 34 (24,29%) of the patients. The most frequent surgical specialties were otorhinolaryngology and traumatology in 23 (16,43%), gynecology and obstetrics in 21 (15%) and orthopedics and traumatology in 21 patients (15%). General anesthesia prevailed in 75 (53,58%) of the patients. Concerning the systemic disorders that characterize the ASA, cardiovascular disorders prevailed in 52 (65%) of the patients, 40 (50%) presenting systemic arterial hypertension and 16 (20%) presenting diabetes Mellitus. As to the hours taken, the average hours taken by patients was: 3,40 hours of nursing (NH); 0,10 hours of nurse (NeH); 3,28 hours of nursing assistant (NaH); 6,14 hours of medical staff (MSH); 1,12 hours of surgery (SH), 1,95 hours of operating room (ORH); 0,21 hours of anesthetic preparation (APH) and 0,16 hours of surgery preparation (SPH). For one SH, the average hours taken for each patient was: 3,54 NH; 0,14 NeH; 3,40 NaH; 3,08 MSH and 0,54 SH. Concerning to the procedures taken, the average of invasive procedures was 2,04 and non-invasive procedures 5,70; total procedures 7,74. The average material resources used for anesthesia was 4,19 equipment and for surgery 2,76 equipment; total 6,95 equipment. In the statistical analysis of groups referring to the ASA, according to the anesthetic complexity, results evidenced that small and mean anesthetic complexity presented no significant difference, and were inferior to large and special complexity in variables NH, NaH and MSH; as to the anesthetic complexity according to the ASA the results evidenced that there were almost none difference among the ASA. In the group of minimally invasive surgeries, there was difference only in the material resources, that were superior according to the anesthetic complexity and in the analysis comparing groups of invasive and minimally invasive surgeries with similar anesthetic complexity and ASA the results evidenced that groups of invasive surgeries were significantly inferior in the studied variables in relation to groups of minimally invasive surgeries. Therefore, this study concludes that the NH are related to the anesthetic complexity, and the more complex the anesthetic surgical procedure, the more nursing hours are taken. The relation of NH taken with the patient\'s physical condition was not observed. Thus a classification of surgeries in categories was done, according to the necessary nursing hours for one hour of operating room, that is: standard nursing cares, 1,41 hours; complex nursing cares, 1,99 hours and differentiate nursing cares, 1,78 hoursBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPGatto, Maria Alice FortesMattia, Ana Lucia De2002-12-04info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7136/tde-06052009-101000/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:09:59Zoai:teses.usp.br:tde-06052009-101000Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:09:59Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
dc.title.none.fl_str_mv Utilização das horas de enfermagem em salas de operações, segundo a complexidade do paciente e do procedimento anestésico-cirúrgico
The utilization of nursing hours in operating rooms, according to the patient\'s complexity and the surgical anesthetic procedure
title Utilização das horas de enfermagem em salas de operações, segundo a complexidade do paciente e do procedimento anestésico-cirúrgico
spellingShingle Utilização das horas de enfermagem em salas de operações, segundo a complexidade do paciente e do procedimento anestésico-cirúrgico
Mattia, Ana Lucia De
Complexidade do paciente/procedimento anestésico-cirúrgico
Horas de enfermagem
Nursing hours
Operating room
Patient complexity/surgical anesthetic procedure
Salas de operações
title_short Utilização das horas de enfermagem em salas de operações, segundo a complexidade do paciente e do procedimento anestésico-cirúrgico
title_full Utilização das horas de enfermagem em salas de operações, segundo a complexidade do paciente e do procedimento anestésico-cirúrgico
title_fullStr Utilização das horas de enfermagem em salas de operações, segundo a complexidade do paciente e do procedimento anestésico-cirúrgico
title_full_unstemmed Utilização das horas de enfermagem em salas de operações, segundo a complexidade do paciente e do procedimento anestésico-cirúrgico
title_sort Utilização das horas de enfermagem em salas de operações, segundo a complexidade do paciente e do procedimento anestésico-cirúrgico
author Mattia, Ana Lucia De
author_facet Mattia, Ana Lucia De
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Gatto, Maria Alice Fortes
dc.contributor.author.fl_str_mv Mattia, Ana Lucia De
dc.subject.por.fl_str_mv Complexidade do paciente/procedimento anestésico-cirúrgico
Horas de enfermagem
Nursing hours
Operating room
Patient complexity/surgical anesthetic procedure
Salas de operações
topic Complexidade do paciente/procedimento anestésico-cirúrgico
Horas de enfermagem
Nursing hours
Operating room
Patient complexity/surgical anesthetic procedure
Salas de operações
description Esta pesquisa é um estudo de caso, com natureza exploratória, descritiva e comparativa de campo, transversal e com abordagem quantitativa. Tem como objetivo classificar as cirurgias em categorias, segundo a necessidade de horas de enfermagem em salas de operações, subsidiando o dimensionamento de pessoal de enfermagem em centro cirúrgico. Foi realizada em um Hospital geral, de grande porte, da rede privada da cidade de São Paulo. A amostra foi constituída de 140 pacientes, divididos em 14 grupos, sendo 10 pacientes em cada grupo. Para a formação dos grupos foi considerado a condição física do paciente, segundo Americam Society of Anestesiologists (ASA), o porte anestésico segundo a Associação Médica Brasileira (AMB), o tipo de procedimento anestésico-cirúrgico, invasivo ou minimamente invasivo (MI) e cirurgias eletivas. Quanto à condição física do paciente, os grupos foram formados com ASA1, ASA2 e ASA3; a ASA4 foi excluída por não apresentar casos, ASA 5 e 6 foram excluídos por serem cirurgias de urgência ou emergência. Quanto ao porte anestésico, as cirurgias foram classificadas em pequeno porte, médio porte, grande porte e porte especial. Desta forma os grupos ficaram simbolizados como: 1P, 1M, 1G, 1E, 2P, 2M, 2G, 2E, 3M, 3G, 3E, 1PMI, 1MMI e 2MMI. A coleta de dados foi realizada dentro das salas de operações, por meio de observação estruturada, a qual foi utilizado um roteiro com itens referentes à caracterização da cirurgia, recursos humanos, condição física do paciente e procedimentos anestésicos-cirúrgicos. O tratamento dos dados foi feito segundo a caracterização do paciente cirúrgico, horas utilizadas pelos recursos humanos e pelo paciente, procedimentos realizados e recursos materiais utilizados. Na comparação entre os grupos, a caracterização do paciente cirúrgico permitiu os seguintes resultados: quanto ao sexo, 83 (59,29%) do sexo feminino e 57 (40,71%) masculino, a maior frequência de idade foi entre 30 e 40 anos, em 34 (24,29%) dos pacientes. As especialidades cirúrgicas de maior frequência foram otorrinolaringologia em 23 (16,43%), ginecologia e obstetrícia 21 (15%) e ortopedia e traumatologia 21 (15%). A anestesia geral prevaleceu com 75 (53,58%) dos pacientes. Quanto aos distúrbios sistêmicos que caracterizaram a ASA, as doenças cardiovasculares prevaleceram em 52 (65%) dos pacientes, sendo 40 (50%) com hipertensão arterial sistêmica e 16 (20%) com diabetes Mellitus. Quanto às horas utilizadas, as média das horas utilizadas por paciente foram: 3,40 horas de enfermagem (HE); 0,10 horas de enfermeira (HEn); 3,28 horas de técnico/auxiliar de enfermagem (HT/A); 6,14 horas da equipe médica (HEM); 1,12 horas de cirurgia (HC); 1,95 horas de salas de operações (HSO); 0,21 horas de preparo para anestesia (HPA) e 0,16 horas de preparo para cirurgia (HPC). Para uma hora de cirurgia (HC), as médias de horas utilizadas em cada paciente foram: 3,54 HE; 0,14 HEn; 3,40 HT/A; 5,77 HEM e 1,90 HSO. Para uma hora de sala de operações (HSO), as médias de horas utilizadas em cada paciente foram: 1,81 HE; 0,06 HEn; 1,75 HT/A; 3,08 HEM e 0,54 HC. Quanto aos procedimentos realizados, as médias dos invasivos foi de 2,04 procedimentos e não invasivos de 5,70 procedimentos; com total de 7,74 procedimentos. A média de recursos materiais utilizados para anestesia foi de 4,19 equipamentos e para a cirurgia de 2,76 equipamentos; com total de 6,95 equipamentos. Na análise estatística dos grupos, referentes às ASA, segundo os portes anestésicos; os resultados demonstraram que os portes anestésicos pequeno e médio não diferiram significativamente entre si, sendo inferiores aos portes grande e especial, nas variáveis HE, HT/A, HEM; quanto aos portes anestésicos, segundo às ASA; os resultados demonstraram que quase não houve diferenças entres as ASA. Os grupos de cirurgias minimamente invasivas, houve diferença apenas nos recursos materiais, sendo superiores conforme o porte anestésico e a análise entre os grupos de cirurgias invasivas e minimamente invasivas, com portes anestésicos e ASA semelhantes, os resultados demonstraram que os grupos de cirurgias invasivas apresentaram - se significativamente inferiores nas variáveis estudadas em relação aos grupos de cirurgias minimamente invasivas. Desta forma, conclui-se com este estudo, que as HE estão relacionadas aos portes anestésicos, onde quanto mais complexo o procedimento anestésico-cirúrgico, mais horas de enfermagem são utilizadas, não foi observado relação das HE utilizadas com a condição física do paciente. Assim, foi elaborado uma classificação das cirurgias em categorias, segundo a necessidade de horas de enfermagem, para uma hora de sala de operações, sendo: cuidados padrão de enfermagem, com 1,41 horas; cuidados complexos de enfermagem, com 1,99 horas e cuidados diferenciados de enfermagem, com 1,78 horas
publishDate 2002
dc.date.none.fl_str_mv 2002-12-04
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7136/tde-06052009-101000/
url http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7136/tde-06052009-101000/
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv
dc.rights.driver.fl_str_mv Liberar o conteúdo para acesso público.
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Liberar o conteúdo para acesso público.
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.coverage.none.fl_str_mv
dc.publisher.none.fl_str_mv Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
publisher.none.fl_str_mv Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
dc.source.none.fl_str_mv
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
instname:Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
instname_str Universidade de São Paulo (USP)
instacron_str USP
institution USP
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)
repository.mail.fl_str_mv virginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.br
_version_ 1815256712932753408