Exílios portugueses durante a União das Coroas Ibéricas (1604-1605)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-26052015-121749/ |
Resumo: | A presente pesquisa reflete sobre o exílio de letrados portugueses coetâneos durante o espaço temporal que a historiografia convencionou chamar de União das Coroas Ibéricas (1580-1640). Para isso, analisam-se as obras de D. João de Castro (Lisboa, Portugal 1550? - Paris, França 1628?), intitulada Aurora (1604-1605), e de Thomé Pinheiro da Veiga (Coimbra, Portugal 1571? - ?, 1656?), chamada Fastigimia (1604-1605), no intuito de apreender o impacto das experiências vividas por cada um deles nas cidades de Paris, na França, e Valadolide, na Espanha, respectivamente. O estudo se pauta no cotejamento das fontes com as tópicas criadas, na Antiguidade, pelo poeta Ovídio (Sulmo/Sulmona, na atual Itália 43 a.C. - Tomis/Constança, na atual Romênia, 17 ou 18 d.C.). Estabelecendo continuidade com a tradição humanista lusitana, mostra-se como D. João de Castro se valeu da funcionalização da memória por meio de figuras míticas ou históricas, da caracterização disfórica da vida no estrangeiro, e, por fim, da constante oscilação entre esperança e desalento. Thomé Pinheiro da Veiga, por sua vez, manejou, em termos literários, a consciência do tempo e do espaço. Diante deste quadro, conclui-se que o exílio de Castro constituiu uma penitência escatológica de caráter individual e coletivo, enquanto o experienciado por Veiga se pautou por sistemáticas comparações entre dois reinos da Península Ibérica. |
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Exílios portugueses durante a União das Coroas Ibéricas (1604-1605)Portugueses exiles during the Union of Iberian Crowns (1604-1605)D. João de CastroD. João de CastroExileExílioIberian unionSebastianismSebastianismoThomé Pinheiro da VeigaThomé Pinheiro da VeigaUnião das coroas ibéricasA presente pesquisa reflete sobre o exílio de letrados portugueses coetâneos durante o espaço temporal que a historiografia convencionou chamar de União das Coroas Ibéricas (1580-1640). Para isso, analisam-se as obras de D. João de Castro (Lisboa, Portugal 1550? - Paris, França 1628?), intitulada Aurora (1604-1605), e de Thomé Pinheiro da Veiga (Coimbra, Portugal 1571? - ?, 1656?), chamada Fastigimia (1604-1605), no intuito de apreender o impacto das experiências vividas por cada um deles nas cidades de Paris, na França, e Valadolide, na Espanha, respectivamente. O estudo se pauta no cotejamento das fontes com as tópicas criadas, na Antiguidade, pelo poeta Ovídio (Sulmo/Sulmona, na atual Itália 43 a.C. - Tomis/Constança, na atual Romênia, 17 ou 18 d.C.). Estabelecendo continuidade com a tradição humanista lusitana, mostra-se como D. João de Castro se valeu da funcionalização da memória por meio de figuras míticas ou históricas, da caracterização disfórica da vida no estrangeiro, e, por fim, da constante oscilação entre esperança e desalento. Thomé Pinheiro da Veiga, por sua vez, manejou, em termos literários, a consciência do tempo e do espaço. Diante deste quadro, conclui-se que o exílio de Castro constituiu uma penitência escatológica de caráter individual e coletivo, enquanto o experienciado por Veiga se pautou por sistemáticas comparações entre dois reinos da Península Ibérica.This current study thinks over the portuguese scholars exiled during the time period called by historiography as the Union of Iberian Crowns (1580-1640). For this purpose we will examine two literary works: D. João de Castro\'s (Lisbon, Portugal 1550? - Paris, France 1628?) Aurora (1604-1605), and Thomé Pinheiro da Veiga\'s (Coimbra, Portugal 1570 - ? 1656) Fastigimia (1608-1609?), to learn about their experiences, lived by each one, in Paris, France, and Valladolid, Spain, respectively. The study is ruled in contrasting this texts against the themes set up in Classical Antiquity, by roman poet Ovid (Sulmo/Sulmona, nowdays Italy 43 BC - Tomis/Constanta, nowdays Romania, 17/18 AD). Stating continuity with portuguese renaissance humanism tradition, D. João de Castro seems like to resort the Ovidian topics about implementing the memory through mithologycal or historical characters, through marking a twisted foreign life, and, a steady oscillation between hope and discincentive. Thomé Pinheiro da Veiga, by himself, handled, in litteraly terms, a strict awareness about time and space. Keeping this in mind, we can conclude that Castro\'s exile build an eschatological penance with individual and collective nature, while Veiga\'s stands by a methodical comparison amog the two kingdons of Iberian Peninsula.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPMegiani, Ana Paula TorresRodrigues, Bruno Romano2015-02-12info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-26052015-121749/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:11:57Zoai:teses.usp.br:tde-26052015-121749Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:11:57Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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