Associação entre pontos-gatilho miofasciais e pacientes com zumbido constante: capacidade de modulação, localização e correlação de lateralidade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rocha, Carina Andréa Costa Bezerra
Data de Publicação: 2005
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5160/tde-07052010-162501/
Resumo: Introdução: alguns pacientes com zumbido podem apresentar pontosgatilho miofasciais, principalmente na musculatura mastigatória e cervical. No entanto, este tema é pouco abordado na literatura. Os objetivos deste estudo foram investigar a associação entre (1) zumbido e pontos-gatilho, (2) a orelha com pior zumbido e o lado do corpo com maior número de pontosgatilho, além de (3) verificar a capacidade de o ponto-gatilho modular o zumbido. Métodos: neste estudo caso-controle foram avaliados 94 pacientes com zumbido e 94 assintomáticos, pareados por sexo e idade, sem queixa de dor generalizada ou mioclonia. Todos foram submetidos, pelo mesmo investigador, a um protocolo de avaliação e à pressão digital para pesquisa de pontos-gatilho em 9 músculos bilateralmente: infra-espinal, levantador da escápula, trapézio, esplênio da cabeça, escaleno, esternocleidomastóideo, digástrico, masseter e temporal. A intensidade do zumbido foi avaliada por uma escala numérica de 0 a 10, considerando-se como modulação o aumento ou diminuição imediata de pelo menos um ponto na escala e/ou mudança no tipo de som. Os exames foram executados em local silencioso para facilitar a percepção da modulação do zumbido. Resultados: os pontos-gatilho estavam presentes em 72,3% dos pacientes com zumbido (OR= 4,87; p< 0,001) e 55,9% deles relataram modulação do sintoma durante a pressão digital nos pontos-gatilho ativos e latentes, em pelo menos um músculo, principalmente no masseter, esplênio da cabeça, esternocleidomastóideo e temporal. A modulação do zumbido pelo ponto-gatilho examinado foi predominantemente ipsilateral em 6 dos 9 músculos avaliados. Houve correlação de lateralidade entre a orelha com pior zumbido e o lado do corpo com maior número de pontos-gatilho em 56,5% dos casos (Kappa= 0,29; p< 0,001). Houve diferença significante quanto à presença de queixa prévia de dor na comparação dos pacientes com zumbido que modularam com aqueles que não modularam (p< 0,008). Conclusões: a presença significante dos pontos-gatilho em pacientes com zumbido associada à freqüente modulação do sintoma durante sua palpação, além da sua presença em maior número no lado da orelha com pior zumbido, sugere que os pontos-gatilho sejam um fator etiológico ou coadjuvante do zumbido.
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spelling Associação entre pontos-gatilho miofasciais e pacientes com zumbido constante: capacidade de modulação, localização e correlação de lateralidadeAssociation between myofascial trigger points and subjects with constant tinnitus: capacity of modulation, localization and laterality associationcase - control studiesestudos de casos e controlesextremidade superiorlateralidadelateralitymúsculo esqueléticomyofascial pain syndromes / diagnosticsíndromes da dor miofascial / diagnósticoskeletal muscletinnitusupper extremityzumbidoIntrodução: alguns pacientes com zumbido podem apresentar pontosgatilho miofasciais, principalmente na musculatura mastigatória e cervical. No entanto, este tema é pouco abordado na literatura. Os objetivos deste estudo foram investigar a associação entre (1) zumbido e pontos-gatilho, (2) a orelha com pior zumbido e o lado do corpo com maior número de pontosgatilho, além de (3) verificar a capacidade de o ponto-gatilho modular o zumbido. Métodos: neste estudo caso-controle foram avaliados 94 pacientes com zumbido e 94 assintomáticos, pareados por sexo e idade, sem queixa de dor generalizada ou mioclonia. Todos foram submetidos, pelo mesmo investigador, a um protocolo de avaliação e à pressão digital para pesquisa de pontos-gatilho em 9 músculos bilateralmente: infra-espinal, levantador da escápula, trapézio, esplênio da cabeça, escaleno, esternocleidomastóideo, digástrico, masseter e temporal. A intensidade do zumbido foi avaliada por uma escala numérica de 0 a 10, considerando-se como modulação o aumento ou diminuição imediata de pelo menos um ponto na escala e/ou mudança no tipo de som. Os exames foram executados em local silencioso para facilitar a percepção da modulação do zumbido. Resultados: os pontos-gatilho estavam presentes em 72,3% dos pacientes com zumbido (OR= 4,87; p< 0,001) e 55,9% deles relataram modulação do sintoma durante a pressão digital nos pontos-gatilho ativos e latentes, em pelo menos um músculo, principalmente no masseter, esplênio da cabeça, esternocleidomastóideo e temporal. A modulação do zumbido pelo ponto-gatilho examinado foi predominantemente ipsilateral em 6 dos 9 músculos avaliados. Houve correlação de lateralidade entre a orelha com pior zumbido e o lado do corpo com maior número de pontos-gatilho em 56,5% dos casos (Kappa= 0,29; p< 0,001). Houve diferença significante quanto à presença de queixa prévia de dor na comparação dos pacientes com zumbido que modularam com aqueles que não modularam (p< 0,008). Conclusões: a presença significante dos pontos-gatilho em pacientes com zumbido associada à freqüente modulação do sintoma durante sua palpação, além da sua presença em maior número no lado da orelha com pior zumbido, sugere que os pontos-gatilho sejam um fator etiológico ou coadjuvante do zumbido.Introduction: some patients suffering from tinnitus may present myofascial trigger points, mainly in head and neck muscles. However, this issue is poorly explored in the literature. The objectives of this study were to investigate an association between (1) tinnitus and trigger points, (2) the ear with the worst tinnitus and the side of the body with more trigger points, (3) presence of trigger points and their capacity of modulating tinnitus. Methods: in this case control study 94 subjects with tinnitus, and 94 without such symptom were analyzed, matched by age and gender, excluding those with widespread musculoskeletal pain or myoclonus. All of them underwent an evaluation protocol and digital pressure in order to search for trigger points in 9 bilateral muscles: infraspinatus, levator scapulae, trapezius, splenius capitis, scalenus, sternocleidomastoid, digastric, masseter and temporalis. The intensity of tinnitus was evaluated with a scale ranging from 0 to 10, and modulation was considered present in cases of immediate increase or decrease of at least one point in the scale and/or changes in the type of sound. The exams took place in a silent environment, so as to make it easier for tinnitus\' modulation to be perceived. Results: the presence of trigger points was observed in 72.3% of tinnitus patients (OR= 4.87; p< 0,001). Among them, 55.9% reported tinnitus modulation during digital pressure in both active and latent trigger points, in at least one muscle, mainly in masseter, splenius capitis, sternocleidomastoid and temporalis muscles. The rate of tinnitus modulation was significantly higher at the same side of the trigger point subject to examination in 6 out of 9 muscles. There was an association of laterality between the ear with worst tinnitus and the side of the body with more trigger points in 56.5% of the cases (Kappa value = 0.29; p< 0.001). There was a significant difference related to the presence of previous pain complaint when patients with tinnitus that modulated were compared to patients with tinnitus that did not modulate (p< 0.008). Conclusions: significant presence of trigger points in tinnitus patients, associated to frequent modulation of this symptom during palpation, besides the presence of more trigger points in the side of the ear with the worst tinnitus, suggests that trigger points are an etiologic factor or adjuvant in tinnitus onset.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPSanchez, Tanit GanzRocha, Carina Andréa Costa Bezerra2005-08-24info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5160/tde-07052010-162501/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:05Zoai:teses.usp.br:tde-07052010-162501Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:05Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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