Hormônios estrogênicos em matrizes aquáticas: revisão sistemática de literatura

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Thaís Vilela Silva
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://doi.org/10.11606/T.22.2022.tde-08032023-170428
Resumo: Os disruptores endócrinos apresentam riscos à saúde humana e ambiental mesmo em concentrações a níveis de traços. Os hormônios femininos naturais, estradiol, estriol e estrona, e o sintético etinilestradiol, fazem parte desse grupo de agentes. Nesse contexto, o presente trabalho teve como objetivo realizar uma revisão sistemática da literatura sobre estudos produzidos com o intuito de detectar e quantificar a presença dessas substâncias em matrizes aquáticas. Para tanto, foi realizada uma busca sistemática de evidências científicas em três bases de dados: Scopus, Web of Science e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). A busca foi realizada no período de janeiro de 2015 a janeiro de 2021, utilizando a string \"(estrone OR estriol OR estradiol OR ethinylestradiol) AND (wastewater OR sewage OR river OR surface water OR drinking water OR potable water) AND (LC-MS/MS OR GC-MS/MS OR UPLC OR HPLC)\". A busca resultou em 380 estudos, sendo: 61 da Scopus, 124 da Web of Science e 195 da BVS. Após a aplicação dos testes de relevância, 91 estudos foram definitivamente selecionados para extração de dados. A maioria dos artigos se dedicou à busca de estrogênios em águas superficiais, provavelmente pela importância dessa matriz. Os países asiáticos, como China e Índia, foram os que apresentaram as maiores concentrações de estrogênios naturais (E1, E2 e E3), em água potável. Altas concentrações de E1, E2 e EE2 foram verificadas em águas residuais do Brasil, Espanha e Irã; além de E1, E2 e E3 em águas superficiais da China e da África do Sul, mais precisamente da Cidade do Cabo. Nos últimos anos, os países desenvolvidos e em desenvolvimento foram os que mais investiram em pesquisas voltadas ao monitoramento dos efeitos desses contaminantes, principalmente no corpo humano. Porém, apenas a União Europeia e os Estados Unidos possuem regulamentação e estudos aprofundados com o propósito de se determinar os limites máximos aceitáveis para esses contaminantes na água. Disso, nota-se a necessidade de adoção de tecnologias de tratamento de efluentes capazes de eliminar os disruptores endócrinos e que sejam economicamente acessíveis para países em desenvolvimento e subdesenvolvidos. O que se propõe é o aprimoramento de uma medida preventiva, cuja implementação, além de promover melhoria na qualidade de vida da população - que é o que mais importa - e do meio ambiente, permita a economia de recursos públicos por minimizar a incidência de diversas doenças como cânceres, obesidade, entre outras.
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spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis Hormônios estrogênicos em matrizes aquáticas: revisão sistemática de literatura Estrogen hormones in aquatic matrices: a systematic review of the literature 2022-12-07Susana Segura MuñozJonas Augusto Rizzato PaschoalCristina Filomêna Pereira Rosa PaschoalatoDanilo Vitorino dos SantosThaís Vilela SilvaUniversidade de São PauloEnfermagem em Saúde PúblicaUSPBR Contaminantes emergentes Disruptores endócrinos Emerging contaminants Endocrine disruptors Hormones Hormônios Qualidade da água Water quality Os disruptores endócrinos apresentam riscos à saúde humana e ambiental mesmo em concentrações a níveis de traços. Os hormônios femininos naturais, estradiol, estriol e estrona, e o sintético etinilestradiol, fazem parte desse grupo de agentes. Nesse contexto, o presente trabalho teve como objetivo realizar uma revisão sistemática da literatura sobre estudos produzidos com o intuito de detectar e quantificar a presença dessas substâncias em matrizes aquáticas. Para tanto, foi realizada uma busca sistemática de evidências científicas em três bases de dados: Scopus, Web of Science e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). A busca foi realizada no período de janeiro de 2015 a janeiro de 2021, utilizando a string \"(estrone OR estriol OR estradiol OR ethinylestradiol) AND (wastewater OR sewage OR river OR surface water OR drinking water OR potable water) AND (LC-MS/MS OR GC-MS/MS OR UPLC OR HPLC)\". A busca resultou em 380 estudos, sendo: 61 da Scopus, 124 da Web of Science e 195 da BVS. Após a aplicação dos testes de relevância, 91 estudos foram definitivamente selecionados para extração de dados. A maioria dos artigos se dedicou à busca de estrogênios em águas superficiais, provavelmente pela importância dessa matriz. Os países asiáticos, como China e Índia, foram os que apresentaram as maiores concentrações de estrogênios naturais (E1, E2 e E3), em água potável. Altas concentrações de E1, E2 e EE2 foram verificadas em águas residuais do Brasil, Espanha e Irã; além de E1, E2 e E3 em águas superficiais da China e da África do Sul, mais precisamente da Cidade do Cabo. Nos últimos anos, os países desenvolvidos e em desenvolvimento foram os que mais investiram em pesquisas voltadas ao monitoramento dos efeitos desses contaminantes, principalmente no corpo humano. Porém, apenas a União Europeia e os Estados Unidos possuem regulamentação e estudos aprofundados com o propósito de se determinar os limites máximos aceitáveis para esses contaminantes na água. Disso, nota-se a necessidade de adoção de tecnologias de tratamento de efluentes capazes de eliminar os disruptores endócrinos e que sejam economicamente acessíveis para países em desenvolvimento e subdesenvolvidos. O que se propõe é o aprimoramento de uma medida preventiva, cuja implementação, além de promover melhoria na qualidade de vida da população - que é o que mais importa - e do meio ambiente, permita a economia de recursos públicos por minimizar a incidência de diversas doenças como cânceres, obesidade, entre outras. Endocrine disruptors pose risks to human and environmental health even at low concentrations. The natural female hormones, estradiol, estriol and estrone, and the synthetic ethinylestradiol, are part of this group of agents. In this context, the present work aimed to carry out a systematic review of the literature on studies produced with the aim of detecting and quantifying the presence of these substances in aquatic matrices. Therefore, a systematic search for scientific evidence was carried out in three databases: Scopus, Web of Science and Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). The search was carried out from January 2015 to January 2021, using the string \"(estrone OR estriol OR estradiol OR ethinylestradiol) AND (wastewater OR sewage OR river OR surface water OR drinking water OR potable water) AND (LC-MS/MS OR GC-MS/MS OR UPLC OR HPLC)\". The search resulted in 380 studies, being: 61 from Scopus, 124 from Web of Science and 195 from BVS. After applying the relevance tests, 91 studies were definitively selected for data extraction. Most articles were dedicated to the search for estrogens in surface water, probably due to the importance of this matrix. Asian countries, such as China and India, were the ones with the highest concentrations of natural estrogens (E1, E2 and E3) in drinking water. High concentrations of E1, E2 and EE2 were found in wastewater from Brazil, Spain and Iran; in addition to E1, E2 and E3 in surface waters in China and South Africa, more precisely in Cape Town. In recent years, developed and developing countries have invested the most in research aimed at monitoring the effects of these contaminants, mainly on the human body. However, only the European Union and the United States have regulations and in-depth studies aimed at determining the maximum acceptable limits for these contaminants in water. From this, there is a need to adopt effluent treatment technologies capable of eliminating endocrine disruptors and that are affordable for developing and underdeveloped countries. What is proposed is the improvement of a preventive measure, whose implementation, in addition to promoting an improvement in the quality of life of the population - which is what matters most - and of the environment, allows the economy of public resources by minimizing the incidence of various diseases such as cancer, obesity, among others. https://doi.org/10.11606/T.22.2022.tde-08032023-170428info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USP2023-12-21T18:27:02Zoai:teses.usp.br:tde-08032023-170428Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-12-22T12:19:23.076605Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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