A presença do sufixo -ismo nas gramáticas da língua portuguesa e sua abrangência dos valores semânticos, a partir do Dicionário de Língua Portuguesa Antônio Houaiss

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gianastacio, Vanderlei
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8142/tde-30112009-151358/
Resumo: Esta pesquisa tem o objetivo de entender os valores semânticos do sufixo ismo, num estudo diacrônico, trabalhando com dados etimológicos encontrados no Dicionário Houaiss e avaliando a formação de vocábulos nas diversas categorias. Para uma melhor compreensão do sufixo ismo, observou-se sua origem, bem como sua produtividade, na língua grega. Atentou-se para a sua transição do grego para o latim e para o processo de formação de palavras nesse idioma. Considerou-se a presença de vocábulos de origem grega, no latim, ora transliterados, ora formados no latim, mesmo sem encontrar nas gramáticas desse idioma o ismo classificado como sufixo. A passagem desse sufixo para a língua portuguesa é um fato constatado, porém o estudo do ismo não aparece nas primeiras gramáticas de língua portuguesa. Para isso, analisaram-se as gramáticas portuguesas, iniciando por Fernão de Oliveira e, assim, percebeuse que o primeiro gramático de língua portuguesa a estudar o sufixo ismo foi Julio Ribeiro. Uma vez que esta obra é produzida antes da data que marca o início do estruturalismo, verificaram-se as afirmações de Humboldt percebendo que, mesmo antes da obra de Ferdinand de Saussure, Curso de linguística geral, já havia pensamentos voltados para o estruturalismo, algo que influenciou Julio Ribeiro. Com base em um corpus de duas mil, trezentas e quarenta e três palavras (2.343), analisou-se a etimologia desses vocábulos, recorrendo aos dicionários de grego, latim, espanhol, inglês, italiano e francês, confrontando com as informações encontradas em Houaiss. Além disso, contrastou-se a datação das palavras formadas com o sufixo ismo, apresentadas em Houaiss, com o sítio na internet denominado Corpus do Português. Dessa forma, concluiu-se que o sufixo ismo apresenta uma diversidade de valores semânticos adquiridos em sua trajetória diacrônica formando, assim, substantivo de substantivo, substantivo de adjetivo e substantivo de verbo.
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Considerou-se a presença de vocábulos de origem grega, no latim, ora transliterados, ora formados no latim, mesmo sem encontrar nas gramáticas desse idioma o ismo classificado como sufixo. A passagem desse sufixo para a língua portuguesa é um fato constatado, porém o estudo do ismo não aparece nas primeiras gramáticas de língua portuguesa. Para isso, analisaram-se as gramáticas portuguesas, iniciando por Fernão de Oliveira e, assim, percebeuse que o primeiro gramático de língua portuguesa a estudar o sufixo ismo foi Julio Ribeiro. Uma vez que esta obra é produzida antes da data que marca o início do estruturalismo, verificaram-se as afirmações de Humboldt percebendo que, mesmo antes da obra de Ferdinand de Saussure, Curso de linguística geral, já havia pensamentos voltados para o estruturalismo, algo que influenciou Julio Ribeiro. Com base em um corpus de duas mil, trezentas e quarenta e três palavras (2.343), analisou-se a etimologia desses vocábulos, recorrendo aos dicionários de grego, latim, espanhol, inglês, italiano e francês, confrontando com as informações encontradas em Houaiss. Além disso, contrastou-se a datação das palavras formadas com o sufixo ismo, apresentadas em Houaiss, com o sítio na internet denominado Corpus do Português. Dessa forma, concluiu-se que o sufixo ismo apresenta uma diversidade de valores semânticos adquiridos em sua trajetória diacrônica formando, assim, substantivo de substantivo, substantivo de adjetivo e substantivo de verbo.The objective of this research is to understand, by means of a diachronic study, the semantic diversity of the suffix ism and to evaluate the formation of various types of words, working with the etymological information found in the Houaiss dictionary. In order to understand better the suffix ism, its origin and uses in Greek were observed. Attention was given to the transition from Greek to Latin and the process by which words in these languages were formed. The presence of Latin words of Greek origin, either transliterated or of Latin formation, were considered, even if the ism suffix was not found in the grammars of these languages. The transfer of the ism suffix to the Portuguese language is an established fact. However, the study of the suffix ism does not appear in the first Portuguese language grammars. For this reason, Portuguese grammars, starting with Fernão de Oliveira, were analyzed. It was shown that the first Portuguese grammar to study the suffix ism was that of Julio Ribeiro. Noting that this grammar was produced before the beginning date of structuralism, the affirmations of Humboldt were verified, showing that even before Ferdinand de Saussures work, Curso de lingüística geral, there were already structuralist ideas which influenced Julio Ribeiro. Using a group of two thousand, three hundred and forty-three (2,343) words, the etymology of each was analyzed, consulting dictionaries in Greek, Latin, Spanish, English, Italian and French, and comparing them with the information found in Houaiss. In addition, the date of the words formed with the suffix ism, presented in Houaiss, was contrasted with words found on the site O Corpus do Português. It was concluded that the suffix ism presents a semantic diversity acquired in its diachronic trajectory, forming nouns from nouns, nouns from adjectives and nouns from verbs.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPCondé, Valéria GilGianastacio, Vanderlei2009-08-28info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8142/tde-30112009-151358/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:00Zoai:teses.usp.br:tde-30112009-151358Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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