Ansiedade, memória espacial e memória de reconhecimento após o consumo de etanol em ratos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Kelly da
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59134/tde-22062015-011925/
Resumo: Introdução: O etilismo é uma doença crônica e progressiva que tem um impacto significante nos valores sociais e econômicos da sociedade. A interrupção abrupta do consumo crônico de etanol pode levar à Síndrome de Abstinência alcoólica (SAA) com repercussões na saúde do indivíduo. Atualmente, muita atenção também tem sido dada ao consumo espaçado de etanol em doses elevadas, caracterizado como binge. Dentre as várias consequências do consumo agudo e/ou crônico do etanol, podem-se destacar os déficits em teste de aprendizagem e de memória. Objetivos: verificar se a abstinência ao etanol após o consumo involuntário ou semivoluntário de etanol (crônico ou agudo) é capaz de interferir na aprendizagem, na memória e na ansiedade de ratos adultos. Materiais e Métodos: Foram utilizados 196 ratos albinos, Wistar e machos, com 21 dias de vida. Inicialmente os animais foram divididos em dois grandes grupos para compor o Estudo 1 ou o estudo 2. No estudo 1 a via de administração foi semivoluntária (etanol a 6%) e no estudo 2 foi involuntária (por gavagem intragástrica- 1g etanol/kg). Em ambos os estudos os animais foram divididos novamente em relação ao tipo de bebida que receberiam (água ou etanol) e tempo de consumo (agudo- 2 horas ou crônico- 21 dias, sendo que no estudo 2 a ingestão etílica aconteceu a cada 3 dias). No 23º dia (após 48 horas da última ingestão etílica) os animais foram testados no Teste de Memória de Reconhecimento (TMR), no Labirinto em Cruz Elevado (LCE) e no Labirinto Aquático de Morris (LAM) por dois dias consecutivos e retestados após 28 dias. Resultados: No estudo 1 os resultados indicaram que a abstinência ao etanol após o consumo agudo ou crônico de etanol não foi capaz de alterar a aprendizagem e a memória espacial no LAM, porém prejuízos na memória espacial de longo prazo foram observados nos animais submetidos ao consumo agudo de etanol. Não foram observadas alterações na Memória de Reconhecimento na Sessão treino e na Memória de Reconhecimento de Curto Prazo, porém a exposição aguda ao etanol foi capaz de gerar prejuízos na memória de Reconhecimento de Longo Prazo. Não houve diferenças nos níveis de ansiedade dos animais do estudo. Em relação ao estudo 2, foi possível observar que a abstinência do etanol após o consumo agudo foi capaz de gerar um prejuízo na memória espacial de curto prazo e que o consumo crônico e agudo de etanol não foram capaz de prejudicar a Memória de Reconhecimento dos animais estudados. Ainda que, os animais expostos ao consumo agudo e crônico de etanol, em abstinência ao etanol de 48 horas apresentaram níveis de ansiedade elevados. Conclusão: O etanol influencia de forma diferente a memória espacial, a memória de reconhecimento e os níveis de ansiedade a depender da via de administração (e, portanto da quantidade de etanol ingerida) e do tempo de consumo.
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Objetivos: verificar se a abstinência ao etanol após o consumo involuntário ou semivoluntário de etanol (crônico ou agudo) é capaz de interferir na aprendizagem, na memória e na ansiedade de ratos adultos. Materiais e Métodos: Foram utilizados 196 ratos albinos, Wistar e machos, com 21 dias de vida. Inicialmente os animais foram divididos em dois grandes grupos para compor o Estudo 1 ou o estudo 2. No estudo 1 a via de administração foi semivoluntária (etanol a 6%) e no estudo 2 foi involuntária (por gavagem intragástrica- 1g etanol/kg). Em ambos os estudos os animais foram divididos novamente em relação ao tipo de bebida que receberiam (água ou etanol) e tempo de consumo (agudo- 2 horas ou crônico- 21 dias, sendo que no estudo 2 a ingestão etílica aconteceu a cada 3 dias). No 23º dia (após 48 horas da última ingestão etílica) os animais foram testados no Teste de Memória de Reconhecimento (TMR), no Labirinto em Cruz Elevado (LCE) e no Labirinto Aquático de Morris (LAM) por dois dias consecutivos e retestados após 28 dias. Resultados: No estudo 1 os resultados indicaram que a abstinência ao etanol após o consumo agudo ou crônico de etanol não foi capaz de alterar a aprendizagem e a memória espacial no LAM, porém prejuízos na memória espacial de longo prazo foram observados nos animais submetidos ao consumo agudo de etanol. Não foram observadas alterações na Memória de Reconhecimento na Sessão treino e na Memória de Reconhecimento de Curto Prazo, porém a exposição aguda ao etanol foi capaz de gerar prejuízos na memória de Reconhecimento de Longo Prazo. Não houve diferenças nos níveis de ansiedade dos animais do estudo. Em relação ao estudo 2, foi possível observar que a abstinência do etanol após o consumo agudo foi capaz de gerar um prejuízo na memória espacial de curto prazo e que o consumo crônico e agudo de etanol não foram capaz de prejudicar a Memória de Reconhecimento dos animais estudados. Ainda que, os animais expostos ao consumo agudo e crônico de etanol, em abstinência ao etanol de 48 horas apresentaram níveis de ansiedade elevados. Conclusão: O etanol influencia de forma diferente a memória espacial, a memória de reconhecimento e os níveis de ansiedade a depender da via de administração (e, portanto da quantidade de etanol ingerida) e do tempo de consumo.Introduction: Alcoholism is a chronic and progressive disease that has a significant impact on social and economic values of society. Abrupt withdrawal of chronic ethanol consumption can lead to alcohol withdrawal syndrome (AWS) which impacts on the health of the individual. Currently, much attention has also been attributed to the spaced ethanol consumption in high doses, characterized as \"binge\". Among the many consequences of acute and/or chronic consumption ethanol, can highlight the deficits in learning and memory test. Objectives: verify if abstinence to ethanol after the involuntary consumption of ethanol or semi-voluntary (chronic or acute) can interfere in the learning, memory and anxiety in adult rats Materials and Methods: were used 196 albino rats Wistar and males, with 21 days of life. Initially, the animals were divided into two groups to compose the study 1 or 2. In study 1 the administration route was semi voluntary (6% ethanol) and in Study 2 was involuntary (by gavage intragástrica- ethanol 1g / kg). In both studies, the animals were divided again in relation to the type of beverage that receive (water or ethanol) and time consumption (acute- 2 hours or chronic for 21 days, whereas in Study 2 the alcohol consumption occurred every 3 days). On the 23rd days (48 hours after the last alcohol consumption) the animals were tested in Recognition Memory Test (RMT), the Elevated Plus Maze (EPM) and Morris Water Maze (MAM) for two consecutive days (and retested after 28 days). Results: In study 1 the results indicated that abstinence to ethanol after acute or chronic ethanol consumption was not able to alter the learning and spatial memory in LAM, but damage on long-term spatial memory were observed in animals submitted to consumption acute ethanol. No changes were observed in recognition memory in Session training and Short-term recognition memory, but the acute ethanol exposure was able to generate damages on long-term recognition memory. There were no differences in anxiety levels of study animals. Regarding the study 2, we observed that abstinence after acute ethanol consumption was able to generate damage in spatial memory short term and that chronic and acute consumption of ethanol were not able to alter the Recognition Memory of animals studied. Although, animals exposed to acute and chronic ethanol consumption in abstinence to 48 hours ethanol showed elevated levels of anxiety. Conclusion: Ethanol affects differently the spatial memory, recognition memory and anxiety levels depending on the route of administration (and therefore the amount of intake of ethanol) and of the time consumption.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPPadovan, Claudia MariaSilva, Kelly da2015-04-24info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59134/tde-22062015-011925/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:11:57Zoai:teses.usp.br:tde-22062015-011925Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:11:57Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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