Expressão de ciclina D1 em adenocarcinoma de próstata utilizando a técnica de imunohistoquímica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17143/tde-11062013-075728/ |
Resumo: | O câncer de próstata é o tumor maligno mais freqüente nos homens com idade superior a 50 anos, excetuando-se os tumores cutâneos. No Brasil estima-se para o ano de 2012 cerca de 60.180 casos novos deste tipo de neoplasia. Os marcadores tumorais permitem fazer o rastreamento do câncer, o diagnóstico diferencial entre uma neoplasia benigna e maligna, a avaliação de prognóstico e o acompanhamento terapêutico, assim como a detecção da recidiva tumoral. Dentre estes marcadores tumorais, tem-se dado muito atenção para as proteínas que mediam e participam da progressão do ciclo celular. A ciclina D1 é uma proteína nuclear de vida curta que é destruída pela via da ubiquitina ATP dependente, e está envolvida na transição celular da fase do ciclo G1 (repouso) para a fase S (síntese) tanto em células normais como em células neoplásicas. A super expressão de ciclina D1 remove a regulação normal do ciclo celular causando proliferação celular descontrolada, um crescimento anormal dos tecidos e a transformação para um fenótipo neoplásico, atuando como oncogene. No presente trabalho foi estudado a expressão de ciclina D1 em adenocarcinomas de próstata, tendo como objetivo avaliar a relação desta proteína com parâmetros epidemiológicos, clínicos e histopatológicos. Adicionalmente também foi feita comparação de escore de Gleason e lateralidade tumoral entre biópsias prostáticas com agulha e de prostatectomias radicais. No ensaio para ciclina D1 foram analisados 85 casos através de imunoistoquímica (IHQ) de material proveniente de prostatectomias radicais diagnosticados com adenocarcinoma de próstata entre os anos de 2005 e 2010 em nosso serviço. O método de avaliação se utilizou de microscopia ótica comum e contagem semi-quantitativa, comparado-se a expressão com achados clínicos, epidemiológicos e histopatológicos utilizando-se Teste T de Fisher, Qui Quadrado, Mann-Whitney, Curva ROC e correlação de Spearman. Os resultados demonstraram correlação positiva de ciclina D1 com escore de Gleason (p<0,05), com volume prostático (p=0,01) e uma tendência a correlação positiva com invasão perineural (p=0,07). Não houve correlação estatística entre ciclina D1 e o aumento de PSA, assim como outros achados histopatológicos. As biópsias prostáticas com agulha apresentaram subestimação em 40% dos casos para escore de Gleason e de 62,3% dos casos para lateralidade tumoral quando comparadas a prostatectomia radical. Já que as taxas de subestimação de escore de Gleason e lateralidade tumoral são relativamente altas e visto a urgência em se padronizar novos biomarcadores para o câncer prostático, sugerimos que ciclina D1 pode ser utilizada como biomarcador em patologia cirúrgica da próstata auxiliando numa gradação histológica mais precisa em biópsias com agulha colaborando para melhor vigilância e escolha terapêutica. |
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Expressão de ciclina D1 em adenocarcinoma de próstata utilizando a técnica de imunohistoquímicaCyclin D1 expression in prostate adenocarcinoma using immunohistochemistryAdenocarcinomaAdenocarcinomaCiclina D1Cyclin D1PróstataProstateO câncer de próstata é o tumor maligno mais freqüente nos homens com idade superior a 50 anos, excetuando-se os tumores cutâneos. No Brasil estima-se para o ano de 2012 cerca de 60.180 casos novos deste tipo de neoplasia. Os marcadores tumorais permitem fazer o rastreamento do câncer, o diagnóstico diferencial entre uma neoplasia benigna e maligna, a avaliação de prognóstico e o acompanhamento terapêutico, assim como a detecção da recidiva tumoral. Dentre estes marcadores tumorais, tem-se dado muito atenção para as proteínas que mediam e participam da progressão do ciclo celular. A ciclina D1 é uma proteína nuclear de vida curta que é destruída pela via da ubiquitina ATP dependente, e está envolvida na transição celular da fase do ciclo G1 (repouso) para a fase S (síntese) tanto em células normais como em células neoplásicas. A super expressão de ciclina D1 remove a regulação normal do ciclo celular causando proliferação celular descontrolada, um crescimento anormal dos tecidos e a transformação para um fenótipo neoplásico, atuando como oncogene. No presente trabalho foi estudado a expressão de ciclina D1 em adenocarcinomas de próstata, tendo como objetivo avaliar a relação desta proteína com parâmetros epidemiológicos, clínicos e histopatológicos. Adicionalmente também foi feita comparação de escore de Gleason e lateralidade tumoral entre biópsias prostáticas com agulha e de prostatectomias radicais. No ensaio para ciclina D1 foram analisados 85 casos através de imunoistoquímica (IHQ) de material proveniente de prostatectomias radicais diagnosticados com adenocarcinoma de próstata entre os anos de 2005 e 2010 em nosso serviço. O método de avaliação se utilizou de microscopia ótica comum e contagem semi-quantitativa, comparado-se a expressão com achados clínicos, epidemiológicos e histopatológicos utilizando-se Teste T de Fisher, Qui Quadrado, Mann-Whitney, Curva ROC e correlação de Spearman. Os resultados demonstraram correlação positiva de ciclina D1 com escore de Gleason (p<0,05), com volume prostático (p=0,01) e uma tendência a correlação positiva com invasão perineural (p=0,07). Não houve correlação estatística entre ciclina D1 e o aumento de PSA, assim como outros achados histopatológicos. As biópsias prostáticas com agulha apresentaram subestimação em 40% dos casos para escore de Gleason e de 62,3% dos casos para lateralidade tumoral quando comparadas a prostatectomia radical. Já que as taxas de subestimação de escore de Gleason e lateralidade tumoral são relativamente altas e visto a urgência em se padronizar novos biomarcadores para o câncer prostático, sugerimos que ciclina D1 pode ser utilizada como biomarcador em patologia cirúrgica da próstata auxiliando numa gradação histológica mais precisa em biópsias com agulha colaborando para melhor vigilância e escolha terapêutica.Prostate cancer is the most common malignant tumor in men older than 50 years, except for skin tumors. In Brazil it is estimated for the year 2012 about 60,180 new cases of this type of neoplasm. Tumor markers allow to cancer screening, differential diagnosis between a benign and malignant, assessment of prognosis and therapeutic monitoring, and detection of tumor recurrence. Among these tumor markers, has been given much attention for proteins that mediate and participate in cell cycle progression. Cyclin D1 is a short-lived nuclear protein that is destroyed by the ATP ubiquitin dependent pathway, and is involved in the transition of cell cycle G1 phase (resting) to the S phase (synthesis) cells both in normal and neoplastic cells. The overexpression of cyclin D1 removes the normal regulation of cell cycle causing uncontrolled cell proliferation, abnormal growth of tissues and transformation to a neoplastic phenotype, acting as an oncogene. In the present work we studied the expression of cyclin D1 in prostate adenocarcinomas, and to evaluate the relationship of this protein with epidemiologic factors, clinical and histopathological features. Additionally comparison was also made of Gleason score and laterality between tumor biopsies and prostate needle radical prostatectomies. In the assay for cyclin D1 were 85 cases analyzed by immunohistochemistry (IHC) of material from radical prostatectomies diagnosed with prostate adenocarcinoma between the years 2005 and 2010 at our institution. The evaluation method utilized were light microscopy and semi-quantitative score, comparing the cyclin D1 expression with clinical, epidemiological and histopathological features using Fisher\'s exact test, chi square test, Mann-Whitney test, ROC curve and Spearman correlation. The results showed a positive correlation of cyclin D1 with Gleason score (p <0.05), prostate volume (p = 0.01) and a trend toward positive correlation with perineural invasion (p = 0.07). There was no statistical correlation between cyclin D1 and increased PSA, as well as other histopathologic features. Prostate needle biopsies showed underestimation in 40% of cases for Gleason score and 62.3% of cases for tumor laterality when compared to radical prostatectomy. Since the rates of underestimation of Gleason score and tumor laterality are relatively high and the urgency to standardize new biomarkers for prostate cancer, we suggest that cyclin D1 may be used as biomarkers in surgical pathology of the prostate assisting more accurate histological grading in needle biopsies and collaborating for better surveillance and therapeutic choice.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPCosta, Roberto SilvaPereira, Renan Augusto2013-04-02info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17143/tde-11062013-075728/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2018-10-03T01:45:28Zoai:teses.usp.br:tde-11062013-075728Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212018-10-03T01:45:28Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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O câncer de próstata é o tumor maligno mais freqüente nos homens com idade superior a 50 anos, excetuando-se os tumores cutâneos. No Brasil estima-se para o ano de 2012 cerca de 60.180 casos novos deste tipo de neoplasia. Os marcadores tumorais permitem fazer o rastreamento do câncer, o diagnóstico diferencial entre uma neoplasia benigna e maligna, a avaliação de prognóstico e o acompanhamento terapêutico, assim como a detecção da recidiva tumoral. Dentre estes marcadores tumorais, tem-se dado muito atenção para as proteínas que mediam e participam da progressão do ciclo celular. A ciclina D1 é uma proteína nuclear de vida curta que é destruída pela via da ubiquitina ATP dependente, e está envolvida na transição celular da fase do ciclo G1 (repouso) para a fase S (síntese) tanto em células normais como em células neoplásicas. A super expressão de ciclina D1 remove a regulação normal do ciclo celular causando proliferação celular descontrolada, um crescimento anormal dos tecidos e a transformação para um fenótipo neoplásico, atuando como oncogene. No presente trabalho foi estudado a expressão de ciclina D1 em adenocarcinomas de próstata, tendo como objetivo avaliar a relação desta proteína com parâmetros epidemiológicos, clínicos e histopatológicos. Adicionalmente também foi feita comparação de escore de Gleason e lateralidade tumoral entre biópsias prostáticas com agulha e de prostatectomias radicais. No ensaio para ciclina D1 foram analisados 85 casos através de imunoistoquímica (IHQ) de material proveniente de prostatectomias radicais diagnosticados com adenocarcinoma de próstata entre os anos de 2005 e 2010 em nosso serviço. O método de avaliação se utilizou de microscopia ótica comum e contagem semi-quantitativa, comparado-se a expressão com achados clínicos, epidemiológicos e histopatológicos utilizando-se Teste T de Fisher, Qui Quadrado, Mann-Whitney, Curva ROC e correlação de Spearman. Os resultados demonstraram correlação positiva de ciclina D1 com escore de Gleason (p<0,05), com volume prostático (p=0,01) e uma tendência a correlação positiva com invasão perineural (p=0,07). Não houve correlação estatística entre ciclina D1 e o aumento de PSA, assim como outros achados histopatológicos. As biópsias prostáticas com agulha apresentaram subestimação em 40% dos casos para escore de Gleason e de 62,3% dos casos para lateralidade tumoral quando comparadas a prostatectomia radical. Já que as taxas de subestimação de escore de Gleason e lateralidade tumoral são relativamente altas e visto a urgência em se padronizar novos biomarcadores para o câncer prostático, sugerimos que ciclina D1 pode ser utilizada como biomarcador em patologia cirúrgica da próstata auxiliando numa gradação histológica mais precisa em biópsias com agulha colaborando para melhor vigilância e escolha terapêutica. |
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