Estratégias educativas com jovens escolares em quarenta anos da epidemia de HIV/AIDS: uma revisão integrativa

• Autor(a) principal: Simão, Nathália Santana
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
• Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7143/tde-12012022-112543/
• topic: AIDS; Aids; Educação em Saúde; Enfermagem; Health Education; HIV; HIV; Jovens; Nursing; Young

Introdução: Desde os primeiros casos relatados, a infecção pelo HIV é crescente entre os jovens. Pensar sobre a saúde sexual dos jovens requer a compreensão de suas implicações na vida dos indivíduos, os impactos que têm no desenvolvimento social e econômico das comunidades e dos países. A educação em saúde sexual aparece como eixo fundamental para redução da vulnerabilidade dos jovens ao HIV/aids. Objetivo: Analisar abordagens, elementos e impactos das estratégias educativas utilizadas para trabalhar a temática HIV/aids, com jovens escolares, nos quarenta anos de epidemia. Método: Trata-se de um estudo de Revisão Integrativa da Literatura. O estudo não necessita da submissão para avaliação de um Comitê de Ética em Pesquisa. As bases de dados utilizadas foram: BDENF, CINAHL, CUIDEN, EMBASE, ERIC, LILACS, MEDLINE, PSYCINFO e SCOPUS. As estratégias de busca foram adaptadas a partir da estratégia-chave: Educação em Saúde AND Jovem AND AIDS AND HIV. Foram incluídos artigos de estudos primários sobre estratégias educativas com foco em HIV/aids, sem limitação de ano, desenvolvidos no espaço escolar, destinado a jovens estudantes que estavam cursando do sexto ano do ensino fundamental ao terceiro ano do ensino médio. Resultados: Ao realizar as etapas do processo de seleção dos estudos, obteve-se 42 artigos para análise, que compuseram a amostra final. Na avaliação do rigor metodológico, todos os estudos apresentaram boa qualidade. Houve predomínio de estratégias educativas direcionadas aos jovens cursando o ensino médio e a média de idade ficou em 16,4 anos. O uso de atividades inclusivas como dramatização, discussão, espaço para perguntas e esclarecimento de dúvidas, apresentações em grupo, dentre outros recursos que envolveram a participação dos alunos, esteve presente em todos os estudos. Os professores escolares foram os principais responsáveis pelas intervenções. Somente duas pesquisas foram conduzidas integralmente por profissionais da enfermagem. O conhecimento específico sobre HIV/aids foi avaliado em todos os estudos, apresentando aumento significativo após as intervenções. Conclusão: Os achados nesta pesquisa indicam que as metodologias ativas apresentam melhores resultados no processo de ensino e aprendizagem. Porém, para que os impactos das intervenções perdurem para além de um curto período, é preciso elaborar estratégias educativas que considerem as especificidades dos jovens, reconhecendo suas vulnerabilidades e necessidades em saúde. Destaca-se que apenas dois estudos foram produzidos no Brasil, indicando a necessidade de novas pesquisas direcionadas às estratégias educativas sobre HIV/aids. Também, evidencia-se a urgência em promover a articulação entre profissionais da saúde e educação no planejamento das atividades, ressaltando o papel de professores escolares e enfermeiros neste processo.