A arborização na qualificação do espaço da rua: uma proposta metodológica de inventário, manejo e planejamento de verde viário em dois bairros paulistanos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16135/tde-17052010-112611/ |
Resumo: | Foi realizado levantamento quanti-qualitativo de vegetais de porte arbóreo em dois bairros paulistanos, Vila Vera e Jardim da Saúde, situados na região sudeste de São Paulo, não distando muito entre si, porém com características de ocupação de uso de solo bastante distintas. No Jardim da Saúde foram encontrados 1033 exemplares de 72 espécies botânicas, a altura média de todas as árvores foi de 8,07 m e a altura da primeira bifurcação 1,97 m, a Caesalpinea peltophoroides Benth. foi a espécie mais freqüente com 20,68%, seguida da Lagestroemia indica L. com 7,48% e da Ligustrum lucidum W.T. Aiton em terceiro com 6,89%, essas três espécies somaram 35,05% dos indivíduos. Existiam 80,45% dos exemplares situados defronte a imóveis que possuíam recuo mínimo de 2,50 m de construções, 72,80% do total estavam em passeios que têm entre 1,00 m e 2,00 m, predominam árvores com mais de 8,50 m de altura, o pior indicador de sanidade vegetal seria a infestação de cupins com 8,33% do total infestado, 13,65% teve anotações de má qualidade de copa, 20,62% apresentou algum indicativo de má qualidade de tronco. Apenas 23,33% tinham situações de permeabilidade do passeio suficiente, encontravam-se 5,71% com condução de poda para desobstrução das redes aéreas, o rebaixamento das árvores acontecia em 7,74% dos exemplares. Na Vila Vera havia limitações de espaço físico não apenas das larguras dos passeios, mas principalmente do uso predominante dos lotes. As residências normalmente tomam todo o espaço da testada do imóvel com rebaixamento de guias para permitir a entrada veículos na garagem localizada defronte a construção. Encontraram-se 178 árvores pertencentes a 42 espécies botânicas, a média da altura total é de 6,31 m, e a média da primeira bifurcação 1,81 m. A espécie mais abundante foi a Caesalpinea peltophoroides Benth.com 24,71%, a segunda seria a Ligustrum lucidum W.T. Aiton com 17,24% do total, vindo em terceiro Lagerstroemia indica L. com 8,62%. Neste bairro existiam 71,35% das situações afastamento predial superior a 2,50 m, 42,70% com altura inferior a 4,50 m de altura, a sanidade vegetal estaria comprometida em 12,37% dos exemplares pela infestação de cupins, 55,62% estva localizada em passeios que variam sua largura entre 1,00 e 2,00 m, 50,00% apresentavam maus indicadores de qualidade de copa, 25,44% apresentou algum indicativo de má qualidade de tronco. Somente 7,87% do total de árvores estavam em situações de permeabilidade do passeio suficiente, os exemplares pavimentados até o tronco totalizavam 16,85%, as conduções de poda para desobstrução de redes eram 3,38% e as podas de rebaixamento 13,48%. Havia uma média de 16,85 m de afastamento entre árvores no Jardim da Saúde, sendo que na Vila Vera este indicativo era 38,68 m, portanto o afastamento médio da Vila Vera seria 2,29, na média do bairro, maior do que o existente no Jardim da Saúde. Em praticamente a totalidade dos indicativos qualitativos o Jardim da Saúde apresentava melhores avaliações das encontradas na Vila Vera, havendo neste segundo local, maiores impedimentos ao adensamento de plantios em função das características do espaço existente. |
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A arborização na qualificação do espaço da rua: uma proposta metodológica de inventário, manejo e planejamento de verde viário em dois bairros paulistanosUrban streets florestation: a methodological approach for assessment, planning and handling of streetside green areas applied to two neighborhoods in São PauloArborizaçãoEcologia da paisagemForest inventoryInventário florestalLandscape ecologyPaisagem urbanaPlanejamento territorial urbanoSidewalk treesUrban forestryUrban landscapeFoi realizado levantamento quanti-qualitativo de vegetais de porte arbóreo em dois bairros paulistanos, Vila Vera e Jardim da Saúde, situados na região sudeste de São Paulo, não distando muito entre si, porém com características de ocupação de uso de solo bastante distintas. No Jardim da Saúde foram encontrados 1033 exemplares de 72 espécies botânicas, a altura média de todas as árvores foi de 8,07 m e a altura da primeira bifurcação 1,97 m, a Caesalpinea peltophoroides Benth. foi a espécie mais freqüente com 20,68%, seguida da Lagestroemia indica L. com 7,48% e da Ligustrum lucidum W.T. Aiton em terceiro com 6,89%, essas três espécies somaram 35,05% dos indivíduos. Existiam 80,45% dos exemplares situados defronte a imóveis que possuíam recuo mínimo de 2,50 m de construções, 72,80% do total estavam em passeios que têm entre 1,00 m e 2,00 m, predominam árvores com mais de 8,50 m de altura, o pior indicador de sanidade vegetal seria a infestação de cupins com 8,33% do total infestado, 13,65% teve anotações de má qualidade de copa, 20,62% apresentou algum indicativo de má qualidade de tronco. 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Neste bairro existiam 71,35% das situações afastamento predial superior a 2,50 m, 42,70% com altura inferior a 4,50 m de altura, a sanidade vegetal estaria comprometida em 12,37% dos exemplares pela infestação de cupins, 55,62% estva localizada em passeios que variam sua largura entre 1,00 e 2,00 m, 50,00% apresentavam maus indicadores de qualidade de copa, 25,44% apresentou algum indicativo de má qualidade de tronco. Somente 7,87% do total de árvores estavam em situações de permeabilidade do passeio suficiente, os exemplares pavimentados até o tronco totalizavam 16,85%, as conduções de poda para desobstrução de redes eram 3,38% e as podas de rebaixamento 13,48%. Havia uma média de 16,85 m de afastamento entre árvores no Jardim da Saúde, sendo que na Vila Vera este indicativo era 38,68 m, portanto o afastamento médio da Vila Vera seria 2,29, na média do bairro, maior do que o existente no Jardim da Saúde. Em praticamente a totalidade dos indicativos qualitativos o Jardim da Saúde apresentava melhores avaliações das encontradas na Vila Vera, havendo neste segundo local, maiores impedimentos ao adensamento de plantios em função das características do espaço existente.An tree qualitative and quantitative study was conducted in two closely located neighborhoods (Vila Vera and Jardim da Saude) in the southeast region of São Paulo. In spite of geographical vicinity, both neighborhoods have very different land occupation characteristics. In Jardim da Saude we found 1033 tree specimens, belonging to 72 distinct botanic species, with an average height of 8,07m and average first bifurcation height of 1.97m. Caesalpinea peltophoroides Benth was the most frequent species found (20,68% of the trees), followed by Lagestroemia indica L. (with 7,48% of the trees), and Legustrum lucidum W.T. Aiton coming in third place (with 6,89% of the trees). Those three species together account for 35.05% of the specimens. 72.80% are located in sidewalks that are between 1.00m and 2.00 m wide. Most trees have a height of 8,50 m and above. The worst health threat was termite infestation which affected 8.33% of the specimens. 13.65% were noted to have poor crown quality, 20.62% presented some indication of poor trunk quality and only 23.33% of the trees where planted in an area which enough surface permeability. 5.71% of the specimens had been pruned to prevent interference with electrical lines and crown-reducing pruning had been done in 7.74% of the trees. In Vila Vera we found limited space conditions in regards to the width of the sidewalk and also in regards to the predominant type of site utilization. Residential buildings constructions usually advance far into the sidewalk, with a driveway for access to the garages which are usually located in the front side of the building. We counted 178 trees belonging to 42 distinct botanic species, with average height of 6.31m and first bifurcation average height of 1.81m. The most common species is Caesalpinea peltophoroides Benth. (Which accounted for 24.71% of the specimens), followed by a Legustrum lucidum W.T. Aiton (with 17.24%) and Lagerstroemia indica L. in third place (with 8.62%). In this neighborhood 42.70% of the trees had a height of less than 4.5m, 12.37% were in poor health due to termite infestation, 55.62% are located in sidewalks with widths varying between 1.00 and 2.00 m, 50.0% displayed poor crown quality and 25,44% presented some indication of poor trunk quality. Only 7.87% of the specimens where planted in an area which enough surface permeability, while 16.85% where located in totally paved areas. 3.38% had been pruned to avoid interference with electrical lines and 13.48% had been crown-reducing pruned. In Jardim da Saude the average distance between trees was 16.85m, while in Vila Vera it was 38.68m. In other words, the average distance between trees is about 2.29 greater in Vila Vera than in Jardim da Saude.. Practically all the qualitative domains were found to be superior for Jardim da Saude. Vila Vera also presents greater impediments for increasing planting density due to its current space availability issues.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPPellegrino, Paulo Renato MesquitaRossetti, Adriana Ines Napias2008-02-29info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16135/tde-17052010-112611/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:07Zoai:teses.usp.br:tde-17052010-112611Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:07Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Foi realizado levantamento quanti-qualitativo de vegetais de porte arbóreo em dois bairros paulistanos, Vila Vera e Jardim da Saúde, situados na região sudeste de São Paulo, não distando muito entre si, porém com características de ocupação de uso de solo bastante distintas. No Jardim da Saúde foram encontrados 1033 exemplares de 72 espécies botânicas, a altura média de todas as árvores foi de 8,07 m e a altura da primeira bifurcação 1,97 m, a Caesalpinea peltophoroides Benth. foi a espécie mais freqüente com 20,68%, seguida da Lagestroemia indica L. com 7,48% e da Ligustrum lucidum W.T. Aiton em terceiro com 6,89%, essas três espécies somaram 35,05% dos indivíduos. Existiam 80,45% dos exemplares situados defronte a imóveis que possuíam recuo mínimo de 2,50 m de construções, 72,80% do total estavam em passeios que têm entre 1,00 m e 2,00 m, predominam árvores com mais de 8,50 m de altura, o pior indicador de sanidade vegetal seria a infestação de cupins com 8,33% do total infestado, 13,65% teve anotações de má qualidade de copa, 20,62% apresentou algum indicativo de má qualidade de tronco. Apenas 23,33% tinham situações de permeabilidade do passeio suficiente, encontravam-se 5,71% com condução de poda para desobstrução das redes aéreas, o rebaixamento das árvores acontecia em 7,74% dos exemplares. Na Vila Vera havia limitações de espaço físico não apenas das larguras dos passeios, mas principalmente do uso predominante dos lotes. As residências normalmente tomam todo o espaço da testada do imóvel com rebaixamento de guias para permitir a entrada veículos na garagem localizada defronte a construção. Encontraram-se 178 árvores pertencentes a 42 espécies botânicas, a média da altura total é de 6,31 m, e a média da primeira bifurcação 1,81 m. A espécie mais abundante foi a Caesalpinea peltophoroides Benth.com 24,71%, a segunda seria a Ligustrum lucidum W.T. Aiton com 17,24% do total, vindo em terceiro Lagerstroemia indica L. com 8,62%. Neste bairro existiam 71,35% das situações afastamento predial superior a 2,50 m, 42,70% com altura inferior a 4,50 m de altura, a sanidade vegetal estaria comprometida em 12,37% dos exemplares pela infestação de cupins, 55,62% estva localizada em passeios que variam sua largura entre 1,00 e 2,00 m, 50,00% apresentavam maus indicadores de qualidade de copa, 25,44% apresentou algum indicativo de má qualidade de tronco. Somente 7,87% do total de árvores estavam em situações de permeabilidade do passeio suficiente, os exemplares pavimentados até o tronco totalizavam 16,85%, as conduções de poda para desobstrução de redes eram 3,38% e as podas de rebaixamento 13,48%. Havia uma média de 16,85 m de afastamento entre árvores no Jardim da Saúde, sendo que na Vila Vera este indicativo era 38,68 m, portanto o afastamento médio da Vila Vera seria 2,29, na média do bairro, maior do que o existente no Jardim da Saúde. Em praticamente a totalidade dos indicativos qualitativos o Jardim da Saúde apresentava melhores avaliações das encontradas na Vila Vera, havendo neste segundo local, maiores impedimentos ao adensamento de plantios em função das características do espaço existente. |
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