Independência funcional e capacidade para o autocuidado de pacientes em tratamento hemodialítico
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-05112012-185910/ |
Resumo: | Introdução: A Doença Renal Crônica (DRC) está associada à alta morbidade e mortalidade, com aumento progressivo nas populações mundiais. A DRC e o tratamento hemodialítico podem desencadear mudanças no estilo de vida dos pacientes como alterações em seu cotidiano, na capacidade para desempenhar atividades do seu dia a dia e no autocuidado. Objetivos: Caracterizar os pacientes atendidos nos serviços de hemodiálise de uma cidade do interior paulista quanto aos aspectos sociodemográficos, econômicos e clínicos; descrever a independência funcional utilizando o instrumento de Medida de Independência Funcional (MIF); descrever a capacidade de autocuidado utilizando a escala para avaliar as capacidades de autocuidado (ASA-A); verificar a associação da independência funcional e da capacidade do autocuidado com as variáveis sociodemográficas e clínicas e verificar correlação entre a independência funcional e a capacidade de autocuidado. Material e Método: Foi realizado um estudo transversal, populacional e descritivo com abordagem quantitativa nos três serviços de diálise do município de São José do Rio Preto-SP, nos quais foram entrevistados 214 pacientes com 18 anos ou mais de idade, residentes nesse município, em tratamento por hemodiálise e que aceitaram participar do estudo. Os instrumentos utilizados para a coleta de dados foram: Miniexame do Estado Mental (MEEM) para a avaliação do estado cognitivo; instrumento para caracterização dos dados sociodemográficos, econômicos e clínicos; a MIF e a ASA-A. Os dados foram analisados por meio do programa estatístico SAS®9.0, no qual foram gerados as análises descritivas, os testes de associação e a correlação entre as variáveis do estudo. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - FAMERP. Resultados: Dos 214 pacientes, 108 eram adultos e 106 idosos, dos quais 136 eram homens e 78 mulheres. O número médio de comorbidades para cada paciente foi de 2,3, e o número médio de complicações físicas foi de 4,7 por paciente. Foram evidenciados um nível de independência completa ou modificada nessa população (média MIF total 118,38; dp12,4) e um relativo conhecimento dos pacientes referente a sua capacidade de autocuidado (média 94,53; dp12,86). A MIF se correlacionou positivamente com a ASA-A e as duas negativamente com as variáveis idade, complicações relacionadas ao tratamento hemodialítico e comorbidades. Conclusão: Os pacientes em tratamento hemodialítico apresentaram resultados satisfatórios de independência funcional e a capacidade de autocuidado. À medida que aumentam os escores de independência funcional, aumentam também os de capacidade de autocuidado. As variáveis sexo, idade, comorbidades, complicações relacionadas ao tratamento hemodialítico constituíram fatores importantes que prejudicaram a independência funcional e a capacidade de autocuidado dessa população. Os resultados deste estudo permitiram compreender aspectos referentes a essas variáveis que poderão subsidiar intervenções para a melhoria da assistência de enfermagem prestada a essa população. |
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Independência funcional e capacidade para o autocuidado de pacientes em tratamento hemodialíticoFunctional independence and self-care ability of patients undergoing hemodialysis treatmentAutocuidado.Diálise renalFunctional IndependenceIndependência FuncionalRenal dialysisSelf-careIntrodução: A Doença Renal Crônica (DRC) está associada à alta morbidade e mortalidade, com aumento progressivo nas populações mundiais. A DRC e o tratamento hemodialítico podem desencadear mudanças no estilo de vida dos pacientes como alterações em seu cotidiano, na capacidade para desempenhar atividades do seu dia a dia e no autocuidado. Objetivos: Caracterizar os pacientes atendidos nos serviços de hemodiálise de uma cidade do interior paulista quanto aos aspectos sociodemográficos, econômicos e clínicos; descrever a independência funcional utilizando o instrumento de Medida de Independência Funcional (MIF); descrever a capacidade de autocuidado utilizando a escala para avaliar as capacidades de autocuidado (ASA-A); verificar a associação da independência funcional e da capacidade do autocuidado com as variáveis sociodemográficas e clínicas e verificar correlação entre a independência funcional e a capacidade de autocuidado. Material e Método: Foi realizado um estudo transversal, populacional e descritivo com abordagem quantitativa nos três serviços de diálise do município de São José do Rio Preto-SP, nos quais foram entrevistados 214 pacientes com 18 anos ou mais de idade, residentes nesse município, em tratamento por hemodiálise e que aceitaram participar do estudo. Os instrumentos utilizados para a coleta de dados foram: Miniexame do Estado Mental (MEEM) para a avaliação do estado cognitivo; instrumento para caracterização dos dados sociodemográficos, econômicos e clínicos; a MIF e a ASA-A. Os dados foram analisados por meio do programa estatístico SAS®9.0, no qual foram gerados as análises descritivas, os testes de associação e a correlação entre as variáveis do estudo. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - FAMERP. Resultados: Dos 214 pacientes, 108 eram adultos e 106 idosos, dos quais 136 eram homens e 78 mulheres. O número médio de comorbidades para cada paciente foi de 2,3, e o número médio de complicações físicas foi de 4,7 por paciente. Foram evidenciados um nível de independência completa ou modificada nessa população (média MIF total 118,38; dp12,4) e um relativo conhecimento dos pacientes referente a sua capacidade de autocuidado (média 94,53; dp12,86). A MIF se correlacionou positivamente com a ASA-A e as duas negativamente com as variáveis idade, complicações relacionadas ao tratamento hemodialítico e comorbidades. Conclusão: Os pacientes em tratamento hemodialítico apresentaram resultados satisfatórios de independência funcional e a capacidade de autocuidado. À medida que aumentam os escores de independência funcional, aumentam também os de capacidade de autocuidado. As variáveis sexo, idade, comorbidades, complicações relacionadas ao tratamento hemodialítico constituíram fatores importantes que prejudicaram a independência funcional e a capacidade de autocuidado dessa população. Os resultados deste estudo permitiram compreender aspectos referentes a essas variáveis que poderão subsidiar intervenções para a melhoria da assistência de enfermagem prestada a essa população.Introduction: Chronic Kidney Disease (CKD) is associated with high and progressively increasing morbidity and mortality levels around the world. CKD and hemodialysis treatment can trigger changes in patients\' lifestyles, such as changes in their daily lives, in their ability to perform daily activities and in self-care. Aims: To characterize the patients attended at hemodialysis services in an interior city in São Paulo State, Brazil regarding sociodemographic, economic and clinical aspects; to describe their functional independence using the Functional Independence Measure (FIM) scale; to describe their self-care ability using the Appraisal of Self-Care Agency Scale (ASA-A); to check the association between functional independence and self-care ability and sociodemographic and clinical variables and to check for the correlation between functional independence and self-care ability. Material and Method: A cross-sectional and descriptive population study with a quantitative approach was developed at the three dialysis services in the city of São José do Rio Preto- SP, where 214 patients were interviewed, aged 18 years or older, living in this city, under hemodialysis treatment and who accepted to participate in the study. The instruments used for data collection were: Mini-Mental State Examination (MMSE) for cognitive state assessment; instrument to characterize sociodemographic, economic and clinical data; FIM and ASA-A. Data were analyzed in SAS®9.0, used to generate descriptive analyses, association tests and correlations among the study variables. Approval for the project was obtained from the Research Ethics Committee at São José do Rio Preto Medical School - FAMERP. Results: Out of 214 patients, 108 were adults and 106 elderly, with 136 men and 78 women. The average number of comorbidities for each patient was 2.3, and the mean number of physical complications was 4.7 per patients. Complete or modified independence levels were evidenced in this population (mean total FIM 118.38; sd12.4) and patients\' relative knowledge about their self-care skills (mean 94.53; sd12.86). The FIM was positively correlated with the ASA-A and both instruments were negatively correlated with age, hemodialysis treatment-related complications and comorbidities. Conclusion: Patients under hemodialysis treatment presented satisfactory functional independence and self-care ability results. Gender, age, comorbidities, hemodialysis treatment-related complications represented important factors that impaired this population\'s functional independence and self-care ability. These study results permitted understanding aspects related to these variables that can support interventions to improve nursing care delivery to this population.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPKusumota, LucianaOller, Graziella Allana Serra Alves de Oliveira2012-07-26info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-05112012-185910/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:34Zoai:teses.usp.br:tde-05112012-185910Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:34Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Introdução: A Doença Renal Crônica (DRC) está associada à alta morbidade e mortalidade, com aumento progressivo nas populações mundiais. A DRC e o tratamento hemodialítico podem desencadear mudanças no estilo de vida dos pacientes como alterações em seu cotidiano, na capacidade para desempenhar atividades do seu dia a dia e no autocuidado. Objetivos: Caracterizar os pacientes atendidos nos serviços de hemodiálise de uma cidade do interior paulista quanto aos aspectos sociodemográficos, econômicos e clínicos; descrever a independência funcional utilizando o instrumento de Medida de Independência Funcional (MIF); descrever a capacidade de autocuidado utilizando a escala para avaliar as capacidades de autocuidado (ASA-A); verificar a associação da independência funcional e da capacidade do autocuidado com as variáveis sociodemográficas e clínicas e verificar correlação entre a independência funcional e a capacidade de autocuidado. Material e Método: Foi realizado um estudo transversal, populacional e descritivo com abordagem quantitativa nos três serviços de diálise do município de São José do Rio Preto-SP, nos quais foram entrevistados 214 pacientes com 18 anos ou mais de idade, residentes nesse município, em tratamento por hemodiálise e que aceitaram participar do estudo. Os instrumentos utilizados para a coleta de dados foram: Miniexame do Estado Mental (MEEM) para a avaliação do estado cognitivo; instrumento para caracterização dos dados sociodemográficos, econômicos e clínicos; a MIF e a ASA-A. Os dados foram analisados por meio do programa estatístico SAS®9.0, no qual foram gerados as análises descritivas, os testes de associação e a correlação entre as variáveis do estudo. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - FAMERP. Resultados: Dos 214 pacientes, 108 eram adultos e 106 idosos, dos quais 136 eram homens e 78 mulheres. O número médio de comorbidades para cada paciente foi de 2,3, e o número médio de complicações físicas foi de 4,7 por paciente. Foram evidenciados um nível de independência completa ou modificada nessa população (média MIF total 118,38; dp12,4) e um relativo conhecimento dos pacientes referente a sua capacidade de autocuidado (média 94,53; dp12,86). A MIF se correlacionou positivamente com a ASA-A e as duas negativamente com as variáveis idade, complicações relacionadas ao tratamento hemodialítico e comorbidades. Conclusão: Os pacientes em tratamento hemodialítico apresentaram resultados satisfatórios de independência funcional e a capacidade de autocuidado. À medida que aumentam os escores de independência funcional, aumentam também os de capacidade de autocuidado. As variáveis sexo, idade, comorbidades, complicações relacionadas ao tratamento hemodialítico constituíram fatores importantes que prejudicaram a independência funcional e a capacidade de autocuidado dessa população. Os resultados deste estudo permitiram compreender aspectos referentes a essas variáveis que poderão subsidiar intervenções para a melhoria da assistência de enfermagem prestada a essa população. |
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