Mudanças paleoceanográficas em larga escala na superfície do Atlântico Sul durante os Heinrich Stadials para os últimos 70 kyr
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44142/tde-18082021-100437/ |
Resumo: | Reconstruções paleoceanográficas em regiões-chave do Atlântico Sul são importantes para entender seu papel na variabilidade climática global. No entanto, os dados disponíveis carecem de registros contínuos que abrangem todos os eventos de mudanças climáticas abruptas em escala milenar do último período glacial. Apresentamos aqui um conjunto de registros composto por dados micropaleontológicos e isotópicos obtidos em foraminíferos planctônicos de um testemunho sedimentar marinho coletado na porção oeste do Atlântico Sul tropical no limite norte do Giro Subtropical do Atlântico Sul (GSAS) cobrindo os últimos 70 kyr. Nós comparamos a abundância de Globorotalia truncatulinodes do nosso testemunho sedimentar com um registro publicado anteriormente da mesma espécie oriundo do limite sul do GSAS para reconstituir as flutuações meridionais do GSAS. Nossos resultados indicam deslocamentos para o sul do GSAS durante os Heinrich Stadials (HS) 6-4 e HS1, e uma contração do GSAS durante os HS3 e HS2. Durante os HS6-4 e HS1, os deslocamentos do GSAS para o sul provavelmente aumentaram a transferência de calor para o Oceano Austral, fortalecendo a ressurgência de águas profundas e a liberação de CO2 para a atmosfera. Isso é de importância primordial, uma vez que o deslocamento em curso do GSAS em direção ao polo pode aumentar ainda mais a liberação de CO2 oceânico. Neste trabalho propomos um novo indicador para o deslocamento meridional do GSAS em escala milenar baseado na abundância relativa de G. truncatulinoides. Além da abundância de G. truncatulinoides, também analisamos a composição dos isótopos estáveis de carbono (?13C) dessa espécie. Nosso registro de ?13C da termoclina, juntamente com dados simlares do SE-Atlântico Sul, mostram excursões negativas durante a maioria dos HS. Além disso, nosso registro de ?13C da termoclina exibe maiores excursões negativas de ?13C em comparação com as excursões do registro do SE-Atlântico Sul. Nós sugerimos que as causas de tais excursões são o fortalecimento da ressurgência e ocorrência de uma bomba biológica ineficiente no Oceano Austral. Além disso, o sinal de ?13C que deixou o Oceano Austral ainda sofreu diminuição pelo efeito do envelhecimento da massa d\'água que aumentou o conteúdo de carbono respirado ao longo de seu transporte em direção às baixas latitudes do Atlântico Sul. Interessantemente, um registro de ?13C da termoclina no Sudoeste do Atlântico Sul não mostra grandes mudanças de ?13C durante os HS. Atribuímos essa diferença às distintas fontes de águas para a termoclina no Sudoeste Atlântico Sul, por um lado, e para a termoclina no Sudeste e Noroeste do Atlântico Sul, por outro. As águas da termoclina no Sudoeste do Atlântico Sul são provenientes daÁgua Modal Subtropical formada na Confluência Brasil-Malvinas, que sofre mistura com a Água Intermediária Antártica, diluindo o sinal de baixo ?13C do Oceano Austral que, de outra forma, é reconhecido no Sudeste e Noroeste do Atlântico Sul. |
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Mudanças paleoceanográficas em larga escala na superfície do Atlântico Sul durante os Heinrich Stadials para os últimos 70 kyrBasin-wide paleoceanographic changes in the upper South Atlantic during Heinrich Stadials over the last 70 kyrAtlântico SulForaminíferos planctônicos da termoclinaHeinrich StadialsIsótopos estáveis de carbononot availablePaleoceanografiaReconstruções paleoceanográficas em regiões-chave do Atlântico Sul são importantes para entender seu papel na variabilidade climática global. No entanto, os dados disponíveis carecem de registros contínuos que abrangem todos os eventos de mudanças climáticas abruptas em escala milenar do último período glacial. Apresentamos aqui um conjunto de registros composto por dados micropaleontológicos e isotópicos obtidos em foraminíferos planctônicos de um testemunho sedimentar marinho coletado na porção oeste do Atlântico Sul tropical no limite norte do Giro Subtropical do Atlântico Sul (GSAS) cobrindo os últimos 70 kyr. Nós comparamos a abundância de Globorotalia truncatulinodes do nosso testemunho sedimentar com um registro publicado anteriormente da mesma espécie oriundo do limite sul do GSAS para reconstituir as flutuações meridionais do GSAS. Nossos resultados indicam deslocamentos para o sul do GSAS durante os Heinrich Stadials (HS) 6-4 e HS1, e uma contração do GSAS durante os HS3 e HS2. Durante os HS6-4 e HS1, os deslocamentos do GSAS para o sul provavelmente aumentaram a transferência de calor para o Oceano Austral, fortalecendo a ressurgência de águas profundas e a liberação de CO2 para a atmosfera. Isso é de importância primordial, uma vez que o deslocamento em curso do GSAS em direção ao polo pode aumentar ainda mais a liberação de CO2 oceânico. Neste trabalho propomos um novo indicador para o deslocamento meridional do GSAS em escala milenar baseado na abundância relativa de G. truncatulinoides. Além da abundância de G. truncatulinoides, também analisamos a composição dos isótopos estáveis de carbono (?13C) dessa espécie. Nosso registro de ?13C da termoclina, juntamente com dados simlares do SE-Atlântico Sul, mostram excursões negativas durante a maioria dos HS. Além disso, nosso registro de ?13C da termoclina exibe maiores excursões negativas de ?13C em comparação com as excursões do registro do SE-Atlântico Sul. Nós sugerimos que as causas de tais excursões são o fortalecimento da ressurgência e ocorrência de uma bomba biológica ineficiente no Oceano Austral. Além disso, o sinal de ?13C que deixou o Oceano Austral ainda sofreu diminuição pelo efeito do envelhecimento da massa d\'água que aumentou o conteúdo de carbono respirado ao longo de seu transporte em direção às baixas latitudes do Atlântico Sul. Interessantemente, um registro de ?13C da termoclina no Sudoeste do Atlântico Sul não mostra grandes mudanças de ?13C durante os HS. Atribuímos essa diferença às distintas fontes de águas para a termoclina no Sudoeste Atlântico Sul, por um lado, e para a termoclina no Sudeste e Noroeste do Atlântico Sul, por outro. As águas da termoclina no Sudoeste do Atlântico Sul são provenientes daÁgua Modal Subtropical formada na Confluência Brasil-Malvinas, que sofre mistura com a Água Intermediária Antártica, diluindo o sinal de baixo ?13C do Oceano Austral que, de outra forma, é reconhecido no Sudeste e Noroeste do Atlântico Sul.not availableBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPChiessi, Cristiano MazurPinho, Tainã Marcos Lima2021-07-08info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44142/tde-18082021-100437/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-10-09T13:16:04Zoai:teses.usp.br:tde-18082021-100437Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-10-09T13:16:04Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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