Transmissão vertical em gestantes não vacinadas com COVID-19: coorte prospectiva

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Maeda, Mariane de Fátima Yukie
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5139/tde-13042023-131657/
Resumo: Introdução: A infecção pelo Coronavírus 2019 (COVID-19) possui apresentação diferenciada e de maior gravidade em gestantes. Estudos publicados previamente sugerem baixo risco de transmissão vertical, porém, a literatura ainda é escassa e heterogênea. Objetivo: Avaliar a possibilidade de transmissão vertical em gestantes com COVID-19, bem como elucidar os fatores de risco associados a este desfecho. Métodos: Trata-se de um estudo de coorte prospectivo com gestantes sintomáticas e diagnóstico confirmado de COVID-19 (swab e/ou sorologia). Para todas as pacientes, foi realizado o RT-PCR para SARS-CoV-2 no soro materno no momento do parto e em uma ou mais amostras biológicas: sangue do cordão umbilical, líquido amniótico, colostro e/ou swab da orofaringe dos recém-nascidos. A fim de determinar possíveis fatores de risco de transmissão vertical, foi investigada a associação entre os parâmetros clínicos e obstétricos, e a presença de SARS-CoV-2 no sangue materno e nos compartimentos fetais (líquido amniótico e/ou sangue de cordão), bem como, a influência da positividade nos compartimentos com os desfechos neonatais. Resultados: Foram incluídas 109 gestantes no presente estudo. Todos os compartimentos estudados apresentaram resultados positivos para SARS-CoV-2, sugerindo a possibilidade de transmissão vertical. Dentre as pacientes estudadas, 14,7% (16/109) apresentaram RT-PCR positivo no sangue materno, 13,9% (6/43) no líquido amniótico, 6,7% (7/105) no sangue de cordão, 2,1% (2/97) no colostro e 3,7% (2/54) dos recém-nascidos apresentaram RT-PCR positivo após o nascimento. O intervalo entre o início dos sintomas de COVID-19 e o parto foi inversamente associado com a positividade para SARS-Cov-2 no sangue materno (p = 0,002) e nos compartimentos (p = 0,049). Da mesma forma, a presença de SARS-CoV-2 no sangue materno apresentou associação positiva com os resultados do RT-PCR realizados no líquido amniótico e/ou sangue de cordão no momento do parto (p = 0,001). Conclusões: A transmissão vertical é possível em gestantes com COVID-19, e o intervalo entre o início de sintomas e o parto é um fator de risco para tal desfecho
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Para todas as pacientes, foi realizado o RT-PCR para SARS-CoV-2 no soro materno no momento do parto e em uma ou mais amostras biológicas: sangue do cordão umbilical, líquido amniótico, colostro e/ou swab da orofaringe dos recém-nascidos. A fim de determinar possíveis fatores de risco de transmissão vertical, foi investigada a associação entre os parâmetros clínicos e obstétricos, e a presença de SARS-CoV-2 no sangue materno e nos compartimentos fetais (líquido amniótico e/ou sangue de cordão), bem como, a influência da positividade nos compartimentos com os desfechos neonatais. Resultados: Foram incluídas 109 gestantes no presente estudo. Todos os compartimentos estudados apresentaram resultados positivos para SARS-CoV-2, sugerindo a possibilidade de transmissão vertical. Dentre as pacientes estudadas, 14,7% (16/109) apresentaram RT-PCR positivo no sangue materno, 13,9% (6/43) no líquido amniótico, 6,7% (7/105) no sangue de cordão, 2,1% (2/97) no colostro e 3,7% (2/54) dos recém-nascidos apresentaram RT-PCR positivo após o nascimento. O intervalo entre o início dos sintomas de COVID-19 e o parto foi inversamente associado com a positividade para SARS-Cov-2 no sangue materno (p = 0,002) e nos compartimentos (p = 0,049). Da mesma forma, a presença de SARS-CoV-2 no sangue materno apresentou associação positiva com os resultados do RT-PCR realizados no líquido amniótico e/ou sangue de cordão no momento do parto (p = 0,001). Conclusões: A transmissão vertical é possível em gestantes com COVID-19, e o intervalo entre o início de sintomas e o parto é um fator de risco para tal desfechoBackground: There is still little data on the effect of SARS-CoV-2 on the vertical transmission of the virus from the mother to her baby. Objective: The aim of this study is to identify the potential for and risk factors of SARS-CoV-2 vertical transmission. Methods: Cohort of pregnant women with confirmed COVID-19 diagnosis (positive swab and/or serology) and with reverse transcription-polymerase chain reaction (RT-PCR) for SARS-CoV-2 performed in biological samples at delivery or after 48 hours after birth to determine the possible route of transmission. In all cases, RT-PCR for SARS-CoV-2 was performed in maternal serum and in at least one of the following biological samples: cord blood, amniotic fluid or colostrum and/or the oropharyngeal swab of the neonates. The association of maternal and obstetrics parameters with positive maternal blood and amniotic fluid and/or cord blood at delivery and the influence of positive SARS-CoV-2 in these compartments on neonatal outcomes were investigated. Results: In total, 109 pregnant women were included. All compartments evaluated showed positive RT-PCR results for SARS-CoV-2, suggesting the possibility of vertical transmission. A positive RT-PCR for SARS-CoV-2 was observed in 14.7% (16/109) maternal blood, 13.9% (6/43) amniotic fluid, 6.7% (7/105) cord blood, 2.1% (2/97) colostrums and 3.7% (2/54) neonatal swab. Duration of interval between COVID-19 symptoms to delivery was inversely associated with positive SARS-Cov-2 in the maternal blood (p= 0.002) and in the amniotic fluid and/or cord blood (p= 0.049). There was association between positive SARS-CoV-2 in maternal blood with positive SARS-CoV-2 in amniotic fluid and/or cord blood (p= 0.001). Conclusions:The findings support that vertical transmission can occur in pregnant women with COVID-19, and that a shorter interval between maternal symptoms and delivery is an influential factorBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPFrancisco, Rossana Pulcineli VieiraMaeda, Mariane de Fátima Yukie2022-11-16info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5139/tde-13042023-131657/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2023-04-17T16:55:16Zoai:teses.usp.br:tde-13042023-131657Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-04-17T16:55:16Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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