Estudos bioetológicos de Trichogramma galloi Zucchi, 1988 (Hym., Trichogrammatidae) para o controle de Diatraea saccharalis (Fabr., 1794) (Lep., Pyralidae)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1988 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20191218-104515/ |
Resumo: | Foram realizados estudos bioetológicos com Trichogramma galloi Zucchi, 1988, visando-se ã obtenção de informações básicas para futuras liberações deste parasitóide no controle de Diatraea saccharalis (Fabr., 1794), em cana-de-açúcar. Os estudos foram realizados em laboratório e telados, no Departamento de Entomologia da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ), da Universidade de São Paulo (USP) (Piracicaba, SP), e em condições de campo, na Usina da Barra (Barra Bonita, SP) e no Centro de Tecnologia da COPERSUCAR (Piracicaba, SP), no período compreendido entre março de 1986 a agosto de 1988. Em laboratório, o parasitismo por T. galloi foi afetado pela densidade de ovos de D. saccharalis, sendo mais elevado no início da vida das fêmeas do parasitóide. Assim, para o controle de D. saccharalis as liberações devem ser realizadas com parasitóides recem-emergidos. Em telados, um máximo de parasitismo foi alcançado, liberando-se, em media, 1,6 indivíduos de T. galloi por ovo de broca-da-cana. A dinâmica populacional de ovos de D. saccharalis esteve mais correlacionada com a fenologia da cana-de-açúcar do que com parâmetros climáticos. Os primeiros ovos foram observados em torno de 40 a 50 dias apos o plantio da cana-de-açúcar, sendo que o pico de postura coincidiu com a 3ª geração da broca, correspondendo a idade de 9 a 10 meses do canavial. O parasitismo natural por T. galloi acompanhou o crescimento populacional da broca, atingindo o pico na 3ª e 4ª gerações da mesma. Este parasitismo foi variável em função da variedade estudada. As liberações de T. galloi devem ser realizadas quando se observarem os primeiros ovos de D. saccharalis na cultura. O raio de ação de T. galloi, 24 horas apos a sua liberação em cana-de-açúcar, foi de 10m. A linhagem nº 57 de T. galloi (do laboratório de Trichogramma - ESALQ/USP) foi a mais promissora em condições de campo, proporcionando um parasitismo de até 58%. Baseando-se nos testes de telados e de campo, conclui-se que ocorre um maior parasitismo por T. galloi a partir de 200.000 parasitóides por ha. Tendo em vista a alta predação existente em campo, a avaliação do parasitismo deve ser realizada 3 dias apos as liberações do parasitóide. |
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Estudos bioetológicos de Trichogramma galloi Zucchi, 1988 (Hym., Trichogrammatidae) para o controle de Diatraea saccharalis (Fabr., 1794) (Lep., Pyralidae)Bioethological studies on Trichogramma galloi Zucchi, 1988 (Hym., Trichogrammatidae) towards Diatraea saccharalis (Fabr., 1794) (Lep., Pyralidae) controlBIOLOGIABROCA-DA-CANA-DE-AÇÚCARCOMPORTAMENTOCONTROLE BIOLÓGICOINSETOS PARASITOIDESForam realizados estudos bioetológicos com Trichogramma galloi Zucchi, 1988, visando-se ã obtenção de informações básicas para futuras liberações deste parasitóide no controle de Diatraea saccharalis (Fabr., 1794), em cana-de-açúcar. Os estudos foram realizados em laboratório e telados, no Departamento de Entomologia da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ), da Universidade de São Paulo (USP) (Piracicaba, SP), e em condições de campo, na Usina da Barra (Barra Bonita, SP) e no Centro de Tecnologia da COPERSUCAR (Piracicaba, SP), no período compreendido entre março de 1986 a agosto de 1988. Em laboratório, o parasitismo por T. galloi foi afetado pela densidade de ovos de D. saccharalis, sendo mais elevado no início da vida das fêmeas do parasitóide. Assim, para o controle de D. saccharalis as liberações devem ser realizadas com parasitóides recem-emergidos. Em telados, um máximo de parasitismo foi alcançado, liberando-se, em media, 1,6 indivíduos de T. galloi por ovo de broca-da-cana. A dinâmica populacional de ovos de D. saccharalis esteve mais correlacionada com a fenologia da cana-de-açúcar do que com parâmetros climáticos. Os primeiros ovos foram observados em torno de 40 a 50 dias apos o plantio da cana-de-açúcar, sendo que o pico de postura coincidiu com a 3ª geração da broca, correspondendo a idade de 9 a 10 meses do canavial. O parasitismo natural por T. galloi acompanhou o crescimento populacional da broca, atingindo o pico na 3ª e 4ª gerações da mesma. Este parasitismo foi variável em função da variedade estudada. As liberações de T. galloi devem ser realizadas quando se observarem os primeiros ovos de D. saccharalis na cultura. O raio de ação de T. galloi, 24 horas apos a sua liberação em cana-de-açúcar, foi de 10m. A linhagem nº 57 de T. galloi (do laboratório de Trichogramma - ESALQ/USP) foi a mais promissora em condições de campo, proporcionando um parasitismo de até 58%. Baseando-se nos testes de telados e de campo, conclui-se que ocorre um maior parasitismo por T. galloi a partir de 200.000 parasitóides por ha. Tendo em vista a alta predação existente em campo, a avaliação do parasitismo deve ser realizada 3 dias apos as liberações do parasitóide.Bioethological studies on Trichogramma galloi Zucchi, 1988 were carried out in order to obtain basic information for future releases of this parasitoid for controlling Diatraea saccharalis (Fabr., 1794) in sugarcane crops. The studies were conducted in laboratory and cages, in the Department of Entomology, Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (ESALQ), Universidade de São Paulo (USP) (Piracicaba, SP), and, under field conditions, at Usina da Barra (Barra Bonita, SP) and COPERSUCAR's Technology Center (Piracicaba, SP), in the period between March 1986 and August 1988. In the laboratory, T. galloi parasitism was affected by D. saccharalis egg density, and was higher in the early life stage of the parasitoid females. Thus, for D. saccharalis control, releases should be effected with recently emerged parasitoids. In cages, peak parasitism was reached by releasing an average of 1.6 T. galloi individuals per sugarcane borer egg. The populational dynamics of D. saccharalis eggs was more correlated with the pheno1ogy of sugarcane than with climatic parameters. The first eggs were found around 40 to 50 days after sugarcane planting, and the egg-laying peak coincided with the 3rd generation of the borer, corresponding to 9 to 10 months of age of the cane field. The natural parasitism by T. galloi followed the borer populational growth, the peak was reached at the 3rd and 4th generations of the borer and was dependent on sugarcane variety. T. galloi releases should be effected when the first eggs of D. saccharalis are found in the field. The range of action of T. galloi, 24 hours after release in sugarcane crops, was 10m. Strain nº 57 of T. galloi (from ESALQ' s Trichogramma laboratory)was the most promising under field conditions, as it provides a parasitism of up to 58%. Based on cage and field tests, it was concluded that a satisfactory parasitism by T. galloi occurs starting from 200,000 parasitoids per ha. In view of the high predation existing in the field, parasitism evaluation should be conducted 3 days after parasitoid releases.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPParra, José Roberto PostaliLopes, João Roberto Spotti1988-12-22info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20191218-104515/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-12-19T17:16:02Zoai:teses.usp.br:tde-20191218-104515Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-12-19T17:16:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Foram realizados estudos bioetológicos com Trichogramma galloi Zucchi, 1988, visando-se ã obtenção de informações básicas para futuras liberações deste parasitóide no controle de Diatraea saccharalis (Fabr., 1794), em cana-de-açúcar. Os estudos foram realizados em laboratório e telados, no Departamento de Entomologia da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ), da Universidade de São Paulo (USP) (Piracicaba, SP), e em condições de campo, na Usina da Barra (Barra Bonita, SP) e no Centro de Tecnologia da COPERSUCAR (Piracicaba, SP), no período compreendido entre março de 1986 a agosto de 1988. Em laboratório, o parasitismo por T. galloi foi afetado pela densidade de ovos de D. saccharalis, sendo mais elevado no início da vida das fêmeas do parasitóide. Assim, para o controle de D. saccharalis as liberações devem ser realizadas com parasitóides recem-emergidos. Em telados, um máximo de parasitismo foi alcançado, liberando-se, em media, 1,6 indivíduos de T. galloi por ovo de broca-da-cana. A dinâmica populacional de ovos de D. saccharalis esteve mais correlacionada com a fenologia da cana-de-açúcar do que com parâmetros climáticos. Os primeiros ovos foram observados em torno de 40 a 50 dias apos o plantio da cana-de-açúcar, sendo que o pico de postura coincidiu com a 3ª geração da broca, correspondendo a idade de 9 a 10 meses do canavial. O parasitismo natural por T. galloi acompanhou o crescimento populacional da broca, atingindo o pico na 3ª e 4ª gerações da mesma. Este parasitismo foi variável em função da variedade estudada. As liberações de T. galloi devem ser realizadas quando se observarem os primeiros ovos de D. saccharalis na cultura. O raio de ação de T. galloi, 24 horas apos a sua liberação em cana-de-açúcar, foi de 10m. A linhagem nº 57 de T. galloi (do laboratório de Trichogramma - ESALQ/USP) foi a mais promissora em condições de campo, proporcionando um parasitismo de até 58%. Baseando-se nos testes de telados e de campo, conclui-se que ocorre um maior parasitismo por T. galloi a partir de 200.000 parasitóides por ha. Tendo em vista a alta predação existente em campo, a avaliação do parasitismo deve ser realizada 3 dias apos as liberações do parasitóide. |
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