Efeito da inoculação de fungos micorrízicos no aproveitamento de fosfatos naturais e na simbiose com Rhizobium, em soja e no feijoeiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Marcia Helena Alleoni de
Data de Publicação: 1987
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11138/tde-20191218-152227/
Resumo: Foram conduzidos dois experimentos em casa de vegetação, um com soja [Glycine max (L.)Merril] cv. Viçoja, e outro com feijão (Phaseolus vulgaris L.) cv. Carioca. Ambos os experimentos se constituíram de 28 tratamentos, com 4 blocos ao acaso: quatro tipos de fosfato de rocha (Patos de Minas, Araxá, Jacupiranga e Catalão), todos com três doses de fósforo (64,128 e 256 ppm de P), mais dois controles, um sem fósforo e outro com superfosfato triplo na dose de 18 ppm de P, testados na presença e na ausência de fungo micorrízico VA. Todos os tratamentos do experimento com soja foram inoculados com Bradyrhizobium japonicum e o fungo MVA utilizado foi Glomus macrocarpum. No experimento com feijão todos os tratamentos foram inoculados com Rhizobium phaseoli e o fungo MVA utilizado foi Glomus leptotichum. Em ambos os experimentos usou-se uma Areia Quartzosa previamente esterilizada através da tindalização com vapor fluente. A colheita do experimento com soja foi realizada aos 70 dias após a semeadura, e a do experimento com feijão aos 76 dias após a semeadura. No experimento com soja observou-se que em todos os tratamentos a presença do fungo MVA aumentou significativamente os pesos da matéria seca da parte aérea total e de nódulos, as quantidades totais acumuladas de nitrogênio e fósforo na parte aérea, e a atividade total da nitrogenase, não influindo porém, na atividade específica da nitrogenase. De maneira geral, os tratamentos com G. macrocarpum apresentaram tendência em possuir maior teor em fósforo do que aqueles sem este endófito, ocorrendo o contrário nos teores de nitrogênio e potássio, provavelmente devido ao efeito de diluição. Na ausência do fungo MVA, nenhum dos fosfatos de rocha, em qualquer dose, mostrou vantagem sobre o controle sem fósforo. Para a maioria das variáveis analisadas houve equivalência entre os tratamentos com superfosfato triplo e fungo MVA, e a maior dose de fosfato Catalão e Araxá na presença deste endófito. No experimento com feijão, os tratamentos com micorriza de maneira geral não apresentaram diferenças significativas em relação aos tratamentos sem micorriza, embora houvesse tendência das plantas micorrizadas apresentarem maiores valores para peso da matéria seca da parte aérea total, de nódulos, de vagens, para a relação entre os pesos da matéria seca da parte aérea e matéria fresca de raízes, e para as quantidades totais acumuladas de nitrogênio e potássio. A maioria dos tratamentos inoculados com o fungo G. leptotichum apresentou maior quantidade total acumulada e teor em fósforo, mas não influiu nos teores de nitrogênio e potássio, provavelmente devido ao efeito de diluição. Na presença ou ausência de fungo MVA os fosfatos de rocha não mostraram vantagem sobre o controle sem fósforo, sobressaindo-se apenas o superfosfato triplo, em alguns casos. Em ambos os experimentos, os tratamentos que receberam o fungo MVA não apresentaram diferenças entre si em relação à porcentagem de colonização das raízes e esporulação dos fungos.
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spelling Efeito da inoculação de fungos micorrízicos no aproveitamento de fosfatos naturais e na simbiose com Rhizobium, em soja e no feijoeiroEffect of VAM fungi and rock phosphates on the development of beans and soybeans and their symbioses with RhizobiumFEIJÃOFOSFATOSFUNGOS MICORRÍZICOSINOCULAÇÃOSIMBIOSESOJAForam conduzidos dois experimentos em casa de vegetação, um com soja [Glycine max (L.)Merril] cv. Viçoja, e outro com feijão (Phaseolus vulgaris L.) cv. Carioca. Ambos os experimentos se constituíram de 28 tratamentos, com 4 blocos ao acaso: quatro tipos de fosfato de rocha (Patos de Minas, Araxá, Jacupiranga e Catalão), todos com três doses de fósforo (64,128 e 256 ppm de P), mais dois controles, um sem fósforo e outro com superfosfato triplo na dose de 18 ppm de P, testados na presença e na ausência de fungo micorrízico VA. Todos os tratamentos do experimento com soja foram inoculados com Bradyrhizobium japonicum e o fungo MVA utilizado foi Glomus macrocarpum. No experimento com feijão todos os tratamentos foram inoculados com Rhizobium phaseoli e o fungo MVA utilizado foi Glomus leptotichum. Em ambos os experimentos usou-se uma Areia Quartzosa previamente esterilizada através da tindalização com vapor fluente. A colheita do experimento com soja foi realizada aos 70 dias após a semeadura, e a do experimento com feijão aos 76 dias após a semeadura. No experimento com soja observou-se que em todos os tratamentos a presença do fungo MVA aumentou significativamente os pesos da matéria seca da parte aérea total e de nódulos, as quantidades totais acumuladas de nitrogênio e fósforo na parte aérea, e a atividade total da nitrogenase, não influindo porém, na atividade específica da nitrogenase. De maneira geral, os tratamentos com G. macrocarpum apresentaram tendência em possuir maior teor em fósforo do que aqueles sem este endófito, ocorrendo o contrário nos teores de nitrogênio e potássio, provavelmente devido ao efeito de diluição. Na ausência do fungo MVA, nenhum dos fosfatos de rocha, em qualquer dose, mostrou vantagem sobre o controle sem fósforo. Para a maioria das variáveis analisadas houve equivalência entre os tratamentos com superfosfato triplo e fungo MVA, e a maior dose de fosfato Catalão e Araxá na presença deste endófito. No experimento com feijão, os tratamentos com micorriza de maneira geral não apresentaram diferenças significativas em relação aos tratamentos sem micorriza, embora houvesse tendência das plantas micorrizadas apresentarem maiores valores para peso da matéria seca da parte aérea total, de nódulos, de vagens, para a relação entre os pesos da matéria seca da parte aérea e matéria fresca de raízes, e para as quantidades totais acumuladas de nitrogênio e potássio. A maioria dos tratamentos inoculados com o fungo G. leptotichum apresentou maior quantidade total acumulada e teor em fósforo, mas não influiu nos teores de nitrogênio e potássio, provavelmente devido ao efeito de diluição. Na presença ou ausência de fungo MVA os fosfatos de rocha não mostraram vantagem sobre o controle sem fósforo, sobressaindo-se apenas o superfosfato triplo, em alguns casos. Em ambos os experimentos, os tratamentos que receberam o fungo MVA não apresentaram diferenças entre si em relação à porcentagem de colonização das raízes e esporulação dos fungos.Two experiments were conducted in a greenhouse, with soybeans [Glycine max (L.) Merril] cv. Viçoja, and with beans (Phaseolus vulgaris L.) cv. Carioca. Twenty-eight different treatments were used, in four random blocks: four types of rock phosphate (Patos de Minas, Araxá, Jacupiranga, and Catalão), all of them with three doses of phosphorus (64, 128 and 256 ppm P), plus two controls, one without phosphorus and the other with 18 ppm P from triple superphosphate, tested in the presence and in the absence of VAM fungus. All treatments of the experiment with soybeans were inoculated with Bradyrhizobium japonicum and the VAM fungus used was Glomus macrocarpum. In the experiment with beans all treatments were inoculated with Rhizobium phaseoli and the VAM fungus used was Glomus leptotichum. In both experiments were used a Quartz Sand previously sterilized by continuous steam. The soybean experiment was harvested 70 days after sowing, and the bean experiment after 76 days. In the soybean experiment was observed that in all treatments the presence of VAM fungus increased significantly the total shoot and nodules dry weights, the total accumulated amounts of shoot nitrogen and phosphorus, and the total nitrogenase activity, having no influence, however, over the specific nitrogenase activity. In general, the treatments with G. macrocarpum showed a tendency of having greater shoot phosphorus concentrations than the ones without this endophyte, the opposite occurring with the nitrogen and potash concentrations, probably due to dilution effect. In the absence of VAM fungus, none of the rock phosphates, in any dose, showed any advantage over the control without phosphorus. The treatments with triple superphosphate and VAM fungus were equivalent to the ones with the highest dose of Catalão and Araxá phosphates in the presence of this endophyte for the majority of the analyzed parameters. In the bean experiment the treatments with mycorrhiza didn´t show significant differences in relation to the treatments without mycorrhiza, although there had been a tendency of the mycorrhizal plants in showing greater values of shoot, nodules and pods dry weights, of the total shoot dry weight/root fresh weight ratio, and of the total accumulated amounts of shoot nitrogen and potash than non-mycorrhizal plants. The majority of the treatments inoculated with G. leptotichum showed greater total accumulated amount of shoot phosphorus and shoot phosphorus concentration, but it didn´t influence the nitrogen and potash concentrations probably due to dilution effect. In the presence or in the absence of VAM fungus the rock phosphates didn´t show any advantages over the control without phosphorus, only the triple superphosphate standing out in some cases. In both experiments the treatments that·received VAM fungus didn´t show differences among each other in relation to the root colonization percentage and fungi sporulation.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPCardoso, Elke Jurandy Bran NogueiraOliveira, Marcia Helena Alleoni de1987-06-10info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11138/tde-20191218-152227/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-12-19T23:23:02Zoai:teses.usp.br:tde-20191218-152227Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-12-19T23:23:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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