Características da deglutição em idosos submetidos a diferentes estratégias de reabilitação oral protética
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25143/tde-22042009-095806/ |
Resumo: | O objetivo deste estudo foi verificar se diferentes estratégias de reabilitação oral protética acarretam modificações nos achados clínicos e videoendoscópicos da deglutição em idosos. Métodos: participaram da pesquisa 42 idosos saudáveis com desempenho cognitivo adequado (26 mulheres e 16 homens, 60-82 anos), desdentados totais ou parciais, separados em três grupos segundo avaliação odontológica prévia: próteses parciais fixas ou removíveis (PP) (n = 15); próteses totais removíveis superior e inferior (PTR) (n = 15); e próteses totais removíveis superior e próteses totais fixas implanto-suportadas inferior (PTFIS) (n = 12). O grupo controle foi constituído de 15 idosos dentados totais (DT) (6 homens e 9 mulheres, 60-80 anos) que atenderam aos critérios de inclusão na amostra. Avaliaram-se as consistências sólida (pão), pastosa (10 ml) e líquida (10 ml). Para a avaliação clínica propôs-se uma classificação da gravidade da disfunção da deglutição orofaríngea, distribuída em cinco níveis. Na avaliação instrumental, da qual participaram 37 idosos, realizou-se teste de sensibilidade laringofaríngea, e classificou-se a gravidade do distúrbio de deglutição, de acordo com a escala de comprometimento funcional (gravidade) da deglutição após a VED, ordenada em graus de 0 à III. Para a análise comparativa entre os grupos em ambas as avaliações, e para comparação entre os níveis de comprometimento da deglutição, utilizou-se o Teste de Kruskal-Wallis, adotando-se o nível de significância inferior a 5%. Resultados: Os achados clínicos e videoendoscópicos da deglutição demonstraram não haver diferenças estatisticamente significantes (p>0,05) entre os grupos estudados, nas três consistências ofertadas. Especificamente na avaliação clínica, para a consistência pastosa o grupo DT apresentou maior prevalência de deglutição funcional, enquanto a disfagia orofaríngea moderada foi o padrão de maior ocorrência no grupo PTR (p<0,01). Para o sólido, os grupos de reabilitação oral demonstraram predomínio das disfagias (p<0,01) em relação à deglutição normal e funcional, sendo predominante a disfagia orofaríngea moderada para o grupo PTR (p<0,01). A VED demonstrou, para todos os grupos, que na deglutição de líquido houve distribuição semelhante entre os níveis, enquanto nas consistências sólida e pastosa encontrou-se predomínio de disfagia (p<0,01), havendo maior ocorrência da disfagia orofaríngea moderada (p<0,01) para o grupo PTR na consistência pastosa. O teste de sensibilidade laringofaríngea demonstrou que 19 (51,35%) indivíduos apresentaram alteração da sensibilidade, sendo 6 (40%) do grupo PP, 7 (63,63%) do grupo PTR e 6 (54,54%) do grupo PTFIS. Conclusão: Idosos saudáveis podem apresentar diferentes níveis de deglutição, havendo maior ocorrência de disfagia orofaríngea para as consistências pastosa e sólida, sendo que diferentes estratégias de reabilitação oral não resultam em modificações no padrão de deglutição desses sujeitos. |
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Características da deglutição em idosos submetidos a diferentes estratégias de reabilitação oral protéticaCharacteristics of swallowing in elderly individuals submitted to different strategies for prosthetic oral rehabilitationagingdeglutiçãodental implantsdenture-completedenture-partialenvelhecimentoimplante dentárioprótese parcialprótese totalswallowingO objetivo deste estudo foi verificar se diferentes estratégias de reabilitação oral protética acarretam modificações nos achados clínicos e videoendoscópicos da deglutição em idosos. Métodos: participaram da pesquisa 42 idosos saudáveis com desempenho cognitivo adequado (26 mulheres e 16 homens, 60-82 anos), desdentados totais ou parciais, separados em três grupos segundo avaliação odontológica prévia: próteses parciais fixas ou removíveis (PP) (n = 15); próteses totais removíveis superior e inferior (PTR) (n = 15); e próteses totais removíveis superior e próteses totais fixas implanto-suportadas inferior (PTFIS) (n = 12). O grupo controle foi constituído de 15 idosos dentados totais (DT) (6 homens e 9 mulheres, 60-80 anos) que atenderam aos critérios de inclusão na amostra. Avaliaram-se as consistências sólida (pão), pastosa (10 ml) e líquida (10 ml). Para a avaliação clínica propôs-se uma classificação da gravidade da disfunção da deglutição orofaríngea, distribuída em cinco níveis. Na avaliação instrumental, da qual participaram 37 idosos, realizou-se teste de sensibilidade laringofaríngea, e classificou-se a gravidade do distúrbio de deglutição, de acordo com a escala de comprometimento funcional (gravidade) da deglutição após a VED, ordenada em graus de 0 à III. Para a análise comparativa entre os grupos em ambas as avaliações, e para comparação entre os níveis de comprometimento da deglutição, utilizou-se o Teste de Kruskal-Wallis, adotando-se o nível de significância inferior a 5%. Resultados: Os achados clínicos e videoendoscópicos da deglutição demonstraram não haver diferenças estatisticamente significantes (p>0,05) entre os grupos estudados, nas três consistências ofertadas. Especificamente na avaliação clínica, para a consistência pastosa o grupo DT apresentou maior prevalência de deglutição funcional, enquanto a disfagia orofaríngea moderada foi o padrão de maior ocorrência no grupo PTR (p<0,01). Para o sólido, os grupos de reabilitação oral demonstraram predomínio das disfagias (p<0,01) em relação à deglutição normal e funcional, sendo predominante a disfagia orofaríngea moderada para o grupo PTR (p<0,01). A VED demonstrou, para todos os grupos, que na deglutição de líquido houve distribuição semelhante entre os níveis, enquanto nas consistências sólida e pastosa encontrou-se predomínio de disfagia (p<0,01), havendo maior ocorrência da disfagia orofaríngea moderada (p<0,01) para o grupo PTR na consistência pastosa. O teste de sensibilidade laringofaríngea demonstrou que 19 (51,35%) indivíduos apresentaram alteração da sensibilidade, sendo 6 (40%) do grupo PP, 7 (63,63%) do grupo PTR e 6 (54,54%) do grupo PTFIS. Conclusão: Idosos saudáveis podem apresentar diferentes níveis de deglutição, havendo maior ocorrência de disfagia orofaríngea para as consistências pastosa e sólida, sendo que diferentes estratégias de reabilitação oral não resultam em modificações no padrão de deglutição desses sujeitos.This study investigated if different strategies of prosthetic oral rehabilitation cause changes in the clinical and videoendoscopic findings of swallowing in elderly individuals. Methods: The study was conducted on 42 healthy elderly subjects with adequate cognitive performance (26 women and 16 men, 60-82 years), completely or partially edentulous, divided in three groups according to the previous dental evaluation: wearing fixed or removable partial dentures (RPD) (n = 15); wearing maxillary and mandibular removable complete dentures (RCD) (n =15); and wearing maxillary removable complete dentures and mandibular implant-supported fixed complete dentures (ISFCD) (n = 12). The control group was composed of 15 completely dentate elderly individuals (DT) (6 men and 9 women, 60-80 years) who met the inclusion criteria. Solid (bread), paste (10 ml) and liquid (10 ml) food textures were analyzed. Clinical evaluation was performed by classification of the severity of dysfunction of oropharyngeal swallowing, divided in five scores. The instrumental evaluation was applied to 37 elderly individuals, comprising the laryngopharyngeal sensitivity test for classification of the severity of the swallowing disorder according to the scale of functional impairment (severity) of swallowing after the VED, divided in scores 0 to III. Comparison between groups in both evaluations and between the scores of impairment of swallowing was performed using the Kruskal-Wallis test, at a significance level below 5%. Results: The clinical and videoendoscopic findings of swallowing revealed no statistically significant differences (p>0.05) between the study groups, for the three textures. Specifically with regard to the clinical evaluation for the paste texture, the DT group exhibited higher prevalence of functional swallowing, while the RCD group presented higher occurrence of moderate oropharyngeal dysphagia (p<0.01). With regard to the solid texture, the groups of oral rehabilitation presented predominance of dysphagia (p<0.01) in relation to normal and functional swallowing, with predominance of moderate oropharyngeal dysphagia for the RCD group (p<0.01). The VED demonstrated, for all groups, that the swallowing of liquid had a similar distribution between scores, while for the solid and paste textures there was predominance of dysphagia (p<0.01), with higher occurrence of moderate oropharyngeal dysphagia (p<0.01) for the RCD group for the paste texture. The laryngopharyngeal sensitivity test demonstrated that 19 (51.35%) individuals presented alterations in sensitivity, being 6 (40%) in the RPD group, 7 (63.63%) in the RCD group and 6 (54.54%) in the ISFCD group. Conclusion: Healthy elderly individuals may present different scores of swallowing, with higher occurrence of oropharyngeal dysphagia for the paste and solid textures; different strategies of oral rehabilitation did not cause changes in the pattern of swallowing of these individuals.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPFelix, Giedre BerretinTotta, Tatiane2008-08-29info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25143/tde-22042009-095806/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:09:59Zoai:teses.usp.br:tde-22042009-095806Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:09:59Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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