Avaliação da isquemia focal intermitente e da isquemia focal contínua em ratos, por estudos morfométrico (Tetrazólio) e da apoptose pela imunofluorescência (Tunel)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17137/tde-29062023-141743/ |
Resumo: | INTRODUÇÃO: A clipagem temporária ou definitiva de vasos cerebrais é uma das causas mais comuns de infarto cerebral que ocorre como complicações de cirurgias vasculares intracranianas. A clipagem temporária tem sido utilizada como adjuvante nestas cirurgias, com as vantagens de reduzir o risco intraoperatório de ruptura, de tornar a dissecção mais segura. Entretanto, a clipagem temporária pode ser causa de isquemia cerebral grave no território do vaso ocluído. Para reduzir este efeito adverso durante cirurgias para clipagem de aneurismas intracranianos, a clipagem temporária tem sido efetuada em múltiplos períodos curtos de oclusão intercalados com períodos de restauração do fluxo sanguíneo, e denominada clipagem temporária intermitente. Por outro lado, existem evidências que sugerem que a clipagem temporária intermitente pode não ser tão bem tolerada como um período único de isquemia contínua. OBJETIVO: O objetivo deste trabalho foi comparar os efeitos da isquemia focal intermitente e de um período similar de isquemia focal contínua em ratos, através de estudo morfométrico (tetrazólio) e de análise da apoptose nas áreas isquêmicas pela imunohistoquímica (TUNEL), em ratos Wistar Hannover, utilizando como modelo a oclusão da artéria cerebral média, pela introdução de um fio intraluminal. MATERIAL E MÉTODOS: Foram utilizados 93 ratos Wistar adultos, dos quais 61 foram subdivididos em 3 grupos experimentais: grupo sham: animais submetidos a simulação completa do procedimento cirúrgico, sem isquemia. Grupo Isquêmico Continuo: animais submetidos ao procedimento com isquemia induzida por fio intraluminal por 60 minutos contínuos e sacrifício após 72 horas. Grupo Isquêmico Intermitente: animais submetidos ao procedimento com isquemia por 6 períodos de 15 minutos, intercalados por 10 minutos de reperfusão e sacrifício após 72 horas. Parte dos encéfalos dos grupos experimentais foram avaliados pela coloração de tetrazólio e parte com a marcação por imunofluorescência TUNEL. RESULTADO: As médias e os volumes e porcentagem de células em apoptose nas áreas de isquemia nos animais submetidos à isquemia intermitente foram maiores que nos animais submetidos à isquemia cerebral contínua. CONCLUSÕES: A isquemia focal intermitente causou mais lesão cerebral quando comparada à isquemia focal contínua e em relação ao grupo controle, contrariando a crença comum de que a clipagem temporária de vasos em cirurgia de aneurismas é benéfica. Entretanto, devido às características do animal e a fatores técnicos do método utilizado, estes resultados devem ser interpretados com cautela ao se fazer a transposição destes resultados para a prática clínica. |
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Avaliação da isquemia focal intermitente e da isquemia focal contínua em ratos, por estudos morfométrico (Tetrazólio) e da apoptose pela imunofluorescência (Tunel)Evaluation of intermittent focal ischemia and continuous focal ischemia in rats, by morphometric studies (Tetrazolium) and of apoptosis by immunofluorescence (Tunel)Apoptose TUNELFocal cerebral ischemiaIsquemia cerebral focalMorfometriaMorphometryRatosRatsTUNEL apoptosisINTRODUÇÃO: A clipagem temporária ou definitiva de vasos cerebrais é uma das causas mais comuns de infarto cerebral que ocorre como complicações de cirurgias vasculares intracranianas. A clipagem temporária tem sido utilizada como adjuvante nestas cirurgias, com as vantagens de reduzir o risco intraoperatório de ruptura, de tornar a dissecção mais segura. Entretanto, a clipagem temporária pode ser causa de isquemia cerebral grave no território do vaso ocluído. Para reduzir este efeito adverso durante cirurgias para clipagem de aneurismas intracranianos, a clipagem temporária tem sido efetuada em múltiplos períodos curtos de oclusão intercalados com períodos de restauração do fluxo sanguíneo, e denominada clipagem temporária intermitente. Por outro lado, existem evidências que sugerem que a clipagem temporária intermitente pode não ser tão bem tolerada como um período único de isquemia contínua. OBJETIVO: O objetivo deste trabalho foi comparar os efeitos da isquemia focal intermitente e de um período similar de isquemia focal contínua em ratos, através de estudo morfométrico (tetrazólio) e de análise da apoptose nas áreas isquêmicas pela imunohistoquímica (TUNEL), em ratos Wistar Hannover, utilizando como modelo a oclusão da artéria cerebral média, pela introdução de um fio intraluminal. MATERIAL E MÉTODOS: Foram utilizados 93 ratos Wistar adultos, dos quais 61 foram subdivididos em 3 grupos experimentais: grupo sham: animais submetidos a simulação completa do procedimento cirúrgico, sem isquemia. Grupo Isquêmico Continuo: animais submetidos ao procedimento com isquemia induzida por fio intraluminal por 60 minutos contínuos e sacrifício após 72 horas. Grupo Isquêmico Intermitente: animais submetidos ao procedimento com isquemia por 6 períodos de 15 minutos, intercalados por 10 minutos de reperfusão e sacrifício após 72 horas. Parte dos encéfalos dos grupos experimentais foram avaliados pela coloração de tetrazólio e parte com a marcação por imunofluorescência TUNEL. RESULTADO: As médias e os volumes e porcentagem de células em apoptose nas áreas de isquemia nos animais submetidos à isquemia intermitente foram maiores que nos animais submetidos à isquemia cerebral contínua. CONCLUSÕES: A isquemia focal intermitente causou mais lesão cerebral quando comparada à isquemia focal contínua e em relação ao grupo controle, contrariando a crença comum de que a clipagem temporária de vasos em cirurgia de aneurismas é benéfica. Entretanto, devido às características do animal e a fatores técnicos do método utilizado, estes resultados devem ser interpretados com cautela ao se fazer a transposição destes resultados para a prática clínica.INTRODUCTION: In our study in rats, we observed that intermittent focal ischemia caused more ischemia when compared to continuous focal ischemia and compared to the control group, contrary to the common belief that temporary clipping of vessels in aneurysm surgery is temporary. However, due to the characteristics of the animal and the technical factors of the method used, the results must be interpreted with caution when translating these results into clinical practice. OBJECTIVE: The aim of this study was to compare the effects of intermittent focal ischemia and a similar period of continuous focal ischemia in rats, through a morphometric study (tetrazolium) and analysis of apoptosis in ischemic areas by immunohistochemistry (TUNEL), in Wistar rats Hannover, using as a model the occlusion of the middle cerebral artery by the introduction of an intraluminal wire. MATERIAL AND METHODS: 93 adult Wistar rats were used, of which 61 were subdivided into 3 experimental groups: sham group: animals submitted to complete simulation of the surgical procedure, without ischemia. Continuous Ischemic Group: animals submitted to the procedure with ischemia induced by intraluminal wire for 60 continuous minutes and sacrifice after 72 hours. Intermittent Ischemic Group: animals submitted to the procedure with ischemia for 6 periods of 15 minutes, interspersed by 10 minutes of reperfusion and sacrifice after 72 hours. Part of the brains of the experimental groups were evaluated using tetrazolium staining and part using TUNEL immunofluorescence staining. RESULTS: The means and volumes and percentage of cells undergoing apoptosis in the ischemic areas in animals submitted to intermittent ischemia were greater than in animals submitted to continuous cerebral ischemia. CONCLUSIONS: Intermittent focal ischemia caused more brain damage when compared to continuous focal ischemia and in relation to the control group, contrary to the common belief that temporary vessel clipping in aneurysm surgery is beneficial. However, due to the characteristics of the animal and technical factors of the method used, these results must be interpreted with caution when translating these results into clinical practice.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPColli, Benedicto OscarDias Júnior, Luiz Antônio Araújo2023-04-28info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17137/tde-29062023-141743/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2023-07-04T15:28:20Zoai:teses.usp.br:tde-29062023-141743Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-07-04T15:28:20Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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INTRODUÇÃO: A clipagem temporária ou definitiva de vasos cerebrais é uma das causas mais comuns de infarto cerebral que ocorre como complicações de cirurgias vasculares intracranianas. A clipagem temporária tem sido utilizada como adjuvante nestas cirurgias, com as vantagens de reduzir o risco intraoperatório de ruptura, de tornar a dissecção mais segura. Entretanto, a clipagem temporária pode ser causa de isquemia cerebral grave no território do vaso ocluído. Para reduzir este efeito adverso durante cirurgias para clipagem de aneurismas intracranianos, a clipagem temporária tem sido efetuada em múltiplos períodos curtos de oclusão intercalados com períodos de restauração do fluxo sanguíneo, e denominada clipagem temporária intermitente. Por outro lado, existem evidências que sugerem que a clipagem temporária intermitente pode não ser tão bem tolerada como um período único de isquemia contínua. OBJETIVO: O objetivo deste trabalho foi comparar os efeitos da isquemia focal intermitente e de um período similar de isquemia focal contínua em ratos, através de estudo morfométrico (tetrazólio) e de análise da apoptose nas áreas isquêmicas pela imunohistoquímica (TUNEL), em ratos Wistar Hannover, utilizando como modelo a oclusão da artéria cerebral média, pela introdução de um fio intraluminal. MATERIAL E MÉTODOS: Foram utilizados 93 ratos Wistar adultos, dos quais 61 foram subdivididos em 3 grupos experimentais: grupo sham: animais submetidos a simulação completa do procedimento cirúrgico, sem isquemia. Grupo Isquêmico Continuo: animais submetidos ao procedimento com isquemia induzida por fio intraluminal por 60 minutos contínuos e sacrifício após 72 horas. Grupo Isquêmico Intermitente: animais submetidos ao procedimento com isquemia por 6 períodos de 15 minutos, intercalados por 10 minutos de reperfusão e sacrifício após 72 horas. Parte dos encéfalos dos grupos experimentais foram avaliados pela coloração de tetrazólio e parte com a marcação por imunofluorescência TUNEL. RESULTADO: As médias e os volumes e porcentagem de células em apoptose nas áreas de isquemia nos animais submetidos à isquemia intermitente foram maiores que nos animais submetidos à isquemia cerebral contínua. CONCLUSÕES: A isquemia focal intermitente causou mais lesão cerebral quando comparada à isquemia focal contínua e em relação ao grupo controle, contrariando a crença comum de que a clipagem temporária de vasos em cirurgia de aneurismas é benéfica. Entretanto, devido às características do animal e a fatores técnicos do método utilizado, estes resultados devem ser interpretados com cautela ao se fazer a transposição destes resultados para a prática clínica. |
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