Smartphone no telediagnóstico de tumores palpebrais: estudo de acurácia
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5149/tde-22052019-150539/ |
Resumo: | O objetivo do presente estudo foi verificar a acurácia diagnóstica da imagem clínica obtida pela câmera acoplada ao telefone celular, comparada ao diagnóstico clínico presencial e ao diagnóstico histopatológico em tumores palpebrais. Métodos: Pacientes sob demanda espontânea, foram recrutados. Foram incluídos pacientes encaminhados para avaliação e exérese de tumor palpebral benigno ou maligno. Avaliação presencial foi realizada constando de anamnese, avaliação externa macroscópica e biomicroscópica com estabelecimento de diagnóstico clínico. Todos os pacientes tiveram as lesões palpebrais documentadas com um smartphone Samsung S4 (imagens de 4128x 3096 pixels), salvas em formato JPEG. Todas as lesões foram ressecadas e submetidas à exame histopatológico. Três especialistas em Plástica Ocular em outro país fizeram a teleavaliação das imagens na tela de um laptop (2366x768 pixels). Verificou-se a concordância entre o padrão-ouro (histologia) e os diagnósticos presencial e à distância. Resultados: Foram avaliados 75 casos por exame presencial e por imagem. A idade média dos pacientes foi de 66,6 anos com predominância do sexo feminino (44 mulheres). As lesões ocorreram com maior frequência nas pálpebras inferiores (57 casos - 76%). O tamanho médio das lesões foi de 9,36 mm (DP 7,37). Trinta e quatro (45,33%) eram benignas e 41 (54,67%) malignas. O diagnóstico anatomopatológico maligno mais comum foi o carcinoma basocelular com 27 casos (36%) e o benigno mais comum foi o nevus com 10 casos (13,33%). Os examinadores virtuais acertaram cerca de 50% do diagnóstico histológico enquanto o presencial foi de 76%. Quanto ao diagnóstico de malignidade, o estudo mostrou alta concordância da teleavaliação (sensibilidade de 85-90%) - praticamente igual ao exame presencial - 88%. Nas lesões benignas, por telemedicina houve 74-88% de acertos (alta concordância), contra 100% de acertos no exame presencial. A acurácia média via telemedicina do diagnóstico de malignidade de lesão foi de 83% contra 93% do exame presencial. O tamanho da lesão também se relacionou positivamente com diagnóstico de malignidade tanto no exame presencial quanto na teleavaliação. Conclusões: A avaliação de lesões palpebrais usando smartphone e Telemedicina nas condições deste estudo, é viável, sendo alta a concordância para o reconhecimento de tumores palpebrais malignos. Quanto ao diagnóstico histopatológico, o exame à distância foi menos acurado que o exame presencial. Os resultados deste estudo sugerem que a avaliação de tumores palpebrais através da Telemedicina é um bom método que pode ter aplicações práticas em populações com acesso restrito a médicos especialistas, com grandes vantagens para fins de saúde pública |
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Smartphone no telediagnóstico de tumores palpebrais: estudo de acuráciaAccuracy of eyelid tumors telediagnosis by smartphoneAccuracyAcuráciaCirurgia plásticaDiagnosisDiagnósticoEeyelid neoplasmsNeoplasias palpebraisSmartphoneSmartphoneSurgery plasticTelemedicinaTelemedicineO objetivo do presente estudo foi verificar a acurácia diagnóstica da imagem clínica obtida pela câmera acoplada ao telefone celular, comparada ao diagnóstico clínico presencial e ao diagnóstico histopatológico em tumores palpebrais. Métodos: Pacientes sob demanda espontânea, foram recrutados. Foram incluídos pacientes encaminhados para avaliação e exérese de tumor palpebral benigno ou maligno. Avaliação presencial foi realizada constando de anamnese, avaliação externa macroscópica e biomicroscópica com estabelecimento de diagnóstico clínico. Todos os pacientes tiveram as lesões palpebrais documentadas com um smartphone Samsung S4 (imagens de 4128x 3096 pixels), salvas em formato JPEG. Todas as lesões foram ressecadas e submetidas à exame histopatológico. Três especialistas em Plástica Ocular em outro país fizeram a teleavaliação das imagens na tela de um laptop (2366x768 pixels). Verificou-se a concordância entre o padrão-ouro (histologia) e os diagnósticos presencial e à distância. Resultados: Foram avaliados 75 casos por exame presencial e por imagem. A idade média dos pacientes foi de 66,6 anos com predominância do sexo feminino (44 mulheres). As lesões ocorreram com maior frequência nas pálpebras inferiores (57 casos - 76%). O tamanho médio das lesões foi de 9,36 mm (DP 7,37). Trinta e quatro (45,33%) eram benignas e 41 (54,67%) malignas. O diagnóstico anatomopatológico maligno mais comum foi o carcinoma basocelular com 27 casos (36%) e o benigno mais comum foi o nevus com 10 casos (13,33%). Os examinadores virtuais acertaram cerca de 50% do diagnóstico histológico enquanto o presencial foi de 76%. Quanto ao diagnóstico de malignidade, o estudo mostrou alta concordância da teleavaliação (sensibilidade de 85-90%) - praticamente igual ao exame presencial - 88%. Nas lesões benignas, por telemedicina houve 74-88% de acertos (alta concordância), contra 100% de acertos no exame presencial. A acurácia média via telemedicina do diagnóstico de malignidade de lesão foi de 83% contra 93% do exame presencial. O tamanho da lesão também se relacionou positivamente com diagnóstico de malignidade tanto no exame presencial quanto na teleavaliação. Conclusões: A avaliação de lesões palpebrais usando smartphone e Telemedicina nas condições deste estudo, é viável, sendo alta a concordância para o reconhecimento de tumores palpebrais malignos. Quanto ao diagnóstico histopatológico, o exame à distância foi menos acurado que o exame presencial. Os resultados deste estudo sugerem que a avaliação de tumores palpebrais através da Telemedicina é um bom método que pode ter aplicações práticas em populações com acesso restrito a médicos especialistas, com grandes vantagens para fins de saúde públicaThe objective of this study was to check the diagnostic precision of clinical image obtained by the phone camera of smartphones compared to face-toface clinical diagnosis and histopathological diagnosis of eyelid tumors. Methods Patients on spontaneous demand were recruited. We included patients referred to evaluation and resection of benign or malignant eyelid tumors. The face-to-face evaluation was done to establish the clinical diagnosis: anamnesis, external macroscopic evaluation and biomicroscopic exam. Every patient had pictures of eyelid lesions taken with a smartphone Samsung S4 (images of 4128x 3096 pixels) and saved in jpeg format. All lesions were resected and had the histologic evaluation. Three Oculoplastics experts in another city abroad performed images tele evaluation at the laptop screen with a resolution of 2366x768 pixels. We investigated concordance between the gold standard (histology) and the face-to-face and telemedicine diagnosis. Results Seventy-five lesions were evaluated face-to-face and by images. The mean age was 66.6 years, with the predominance of women (44). The lesions were more frequent at lower eyelid (57 cases- 76%). The mean size was 9.36 mm (DP 7.37). Thirty-four (45.33%) were benign and 41 (54.67) malignant. The most frequent malignant histopathological diagnosis was basal cell carcinoma with 27 cases (36%), and the benign was nevus with 10 cases (13.33%). Tele examiners answered correctly 50% of histological diagnosis, and face-to-face examiner matched 76%. The study showed a high correlation between tele evaluation and face- to- face exam at malignity diagnosis (sensibility= 85-90%, mean accuracy = 83.3% against 88% and 93%). At benign lesions, with Telemedicine, there are 74-88% of correct answers against face- to - face 100% hits. Lesion size correlated positively with malignity diagnosis at face - to- face and by telemedicine exam. Conclusions Eyelid lesion evaluation by telemedicine in this study conditions was viable. It showed high concordance to recognize malignant eyelid tumors. However, histological diagnosis was less accurate at telemedicine when compared to face - to- face exam. These results indicate that eyelid tumors evaluation by telemedicine is a suitable method. It can have practical applications in communities where experts are few, so providing advantages at public healthBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPMatayoshi, SuzanaAoki, Lísia2019-03-15info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5149/tde-22052019-150539/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-06-07T17:55:24Zoai:teses.usp.br:tde-22052019-150539Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-06-07T17:55:24Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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O objetivo do presente estudo foi verificar a acurácia diagnóstica da imagem clínica obtida pela câmera acoplada ao telefone celular, comparada ao diagnóstico clínico presencial e ao diagnóstico histopatológico em tumores palpebrais. Métodos: Pacientes sob demanda espontânea, foram recrutados. Foram incluídos pacientes encaminhados para avaliação e exérese de tumor palpebral benigno ou maligno. Avaliação presencial foi realizada constando de anamnese, avaliação externa macroscópica e biomicroscópica com estabelecimento de diagnóstico clínico. Todos os pacientes tiveram as lesões palpebrais documentadas com um smartphone Samsung S4 (imagens de 4128x 3096 pixels), salvas em formato JPEG. Todas as lesões foram ressecadas e submetidas à exame histopatológico. Três especialistas em Plástica Ocular em outro país fizeram a teleavaliação das imagens na tela de um laptop (2366x768 pixels). Verificou-se a concordância entre o padrão-ouro (histologia) e os diagnósticos presencial e à distância. Resultados: Foram avaliados 75 casos por exame presencial e por imagem. A idade média dos pacientes foi de 66,6 anos com predominância do sexo feminino (44 mulheres). As lesões ocorreram com maior frequência nas pálpebras inferiores (57 casos - 76%). O tamanho médio das lesões foi de 9,36 mm (DP 7,37). Trinta e quatro (45,33%) eram benignas e 41 (54,67%) malignas. O diagnóstico anatomopatológico maligno mais comum foi o carcinoma basocelular com 27 casos (36%) e o benigno mais comum foi o nevus com 10 casos (13,33%). Os examinadores virtuais acertaram cerca de 50% do diagnóstico histológico enquanto o presencial foi de 76%. Quanto ao diagnóstico de malignidade, o estudo mostrou alta concordância da teleavaliação (sensibilidade de 85-90%) - praticamente igual ao exame presencial - 88%. Nas lesões benignas, por telemedicina houve 74-88% de acertos (alta concordância), contra 100% de acertos no exame presencial. A acurácia média via telemedicina do diagnóstico de malignidade de lesão foi de 83% contra 93% do exame presencial. O tamanho da lesão também se relacionou positivamente com diagnóstico de malignidade tanto no exame presencial quanto na teleavaliação. Conclusões: A avaliação de lesões palpebrais usando smartphone e Telemedicina nas condições deste estudo, é viável, sendo alta a concordância para o reconhecimento de tumores palpebrais malignos. Quanto ao diagnóstico histopatológico, o exame à distância foi menos acurado que o exame presencial. Os resultados deste estudo sugerem que a avaliação de tumores palpebrais através da Telemedicina é um bom método que pode ter aplicações práticas em populações com acesso restrito a médicos especialistas, com grandes vantagens para fins de saúde pública |
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