Estudo dos fatores de crescimento semelhante à insulina e sua associação com características clínico-patológicas e sobrevida no câncer de cólon

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Martinez, Carolina Estevam
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17154/tde-13042020-152858/
Resumo: O adenocarcinoma de cólon está entre os tumores mundialmente mais incidentes. Dentre as vias relacionadas com a carcinogênese, alterações na via do fator de crescimento semelhante a insulina já foram detalhadas nos tumores de mama, hepático, pulmão e próstata. Alguns estudos também relacionam essa via, em especifico a proteína IGF1, sua proteína de ligação IGFBP3 e o substrato do receptor de insulina IRS1, com proliferação, sobrevivência, crescimento e apoptose celular. Considerando que o diabetes mellitus é um fator de risco associado ao adenocarcinoma de cólon, consideramos a possibilidade da ativação desta via estar desregulada no adenocarcinoma de cólon, podendo apresentar associação com o prognostico dos pacientes. Objetivo: Estudar a relação da expressão proteica de IGF1, IGFBP3 e IRS1 e a suas associações com características clínico-patológicas e de sobrevida no adenocarcinoma de cólon. Pacientes e Métodos: Estudo analítico transversal envolvendo uma amostra de conveniência de 91 pacientes com adenocarcinoma de cólon estádios IIb, III e IV. As metodologias utilizadas foram revisão de prontuário médico do paciente quanto aos dados clínicos, sociodemográficos, resultado anatomopatológico e a realização e análise de reações imuno-histoquímicas através do \"tissue micro-array\" (TMA). Resultados: Dentre os 91 pacientes estudados, a idade média foi de 61,6 anos (intervalo 28-88); sendo a maioria do sexo feminino (54,5%); pré-diabéticos (57,1%); predominando aqueles com adenocarcinoma localizado no cólon descendente e sigmoide (53,3%) e com estádio clinico-patológico inicial II e III (53,9 %; pT3 em 69,2% e pN1 em 45,1%). No anátomo patológico em 53,9% dos pacientes foi identificada invasão angio-linfatica e, em 63,7% não houve presença de invasão perineural. Dos 91 pacientes, 32 pacientes evoluíram para óbito em um intervalo mínimo de seguimento de 24 meses. Entre os pacientes com diagnóstico de DM2, a maioria não fazia uso de metformina (73,2%). A expressão de IGFBP 3 teve associação significativa com o estadiamento (p=0,01), presença de metástase (p=0,02) e óbito (p=0,01). Ao analisar a sobrevida livre de progressão (SLP) e sobrevida global (SG) os pacientes com estádio IV apresentavam pior desfecho comparado aos estádios iniciais, conforme previsto pela literatura (p<0,01). A7 superexpressão de IGF1 foi associada a uma menor sobrevida livre de progressão nos pacientes estudados (p<0.01.) Em análise de sobrevida global, pacientes com expressão negativa de IGFBP-3 apresentaram uma menor sobrevida global (p<0.01). Pacientes com tumores pouco diferenciados e indiferenciados tiveram pior prognostico que aqueles com tumores bem diferenciado. A proteína IRS1 não apresentou associações com os critérios clínico-patológicos e de desfecho. Conclusão: A expressão positiva do IGF1 foi associada a uma menor sobrevida livre de progressão e a expressão negativa do IGFBP3 esteve associada a uma menor sobrevida global em pacientes com adenocarcinoma.
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Considerando que o diabetes mellitus é um fator de risco associado ao adenocarcinoma de cólon, consideramos a possibilidade da ativação desta via estar desregulada no adenocarcinoma de cólon, podendo apresentar associação com o prognostico dos pacientes. Objetivo: Estudar a relação da expressão proteica de IGF1, IGFBP3 e IRS1 e a suas associações com características clínico-patológicas e de sobrevida no adenocarcinoma de cólon. Pacientes e Métodos: Estudo analítico transversal envolvendo uma amostra de conveniência de 91 pacientes com adenocarcinoma de cólon estádios IIb, III e IV. As metodologias utilizadas foram revisão de prontuário médico do paciente quanto aos dados clínicos, sociodemográficos, resultado anatomopatológico e a realização e análise de reações imuno-histoquímicas através do \"tissue micro-array\" (TMA). Resultados: Dentre os 91 pacientes estudados, a idade média foi de 61,6 anos (intervalo 28-88); sendo a maioria do sexo feminino (54,5%); pré-diabéticos (57,1%); predominando aqueles com adenocarcinoma localizado no cólon descendente e sigmoide (53,3%) e com estádio clinico-patológico inicial II e III (53,9 %; pT3 em 69,2% e pN1 em 45,1%). No anátomo patológico em 53,9% dos pacientes foi identificada invasão angio-linfatica e, em 63,7% não houve presença de invasão perineural. Dos 91 pacientes, 32 pacientes evoluíram para óbito em um intervalo mínimo de seguimento de 24 meses. Entre os pacientes com diagnóstico de DM2, a maioria não fazia uso de metformina (73,2%). A expressão de IGFBP 3 teve associação significativa com o estadiamento (p=0,01), presença de metástase (p=0,02) e óbito (p=0,01). Ao analisar a sobrevida livre de progressão (SLP) e sobrevida global (SG) os pacientes com estádio IV apresentavam pior desfecho comparado aos estádios iniciais, conforme previsto pela literatura (p<0,01). A7 superexpressão de IGF1 foi associada a uma menor sobrevida livre de progressão nos pacientes estudados (p<0.01.) Em análise de sobrevida global, pacientes com expressão negativa de IGFBP-3 apresentaram uma menor sobrevida global (p<0.01). Pacientes com tumores pouco diferenciados e indiferenciados tiveram pior prognostico que aqueles com tumores bem diferenciado. A proteína IRS1 não apresentou associações com os critérios clínico-patológicos e de desfecho. Conclusão: A expressão positiva do IGF1 foi associada a uma menor sobrevida livre de progressão e a expressão negativa do IGFBP3 esteve associada a uma menor sobrevida global em pacientes com adenocarcinoma.Colon adenocarcinoma is among the most common tumors worldwide. Among the carcinogenesis-related pathways, changes in the insulin- like growth factor pathway have already been detailed in breast, liver, lung and prostate tumors. Some studies also relate this pathway, specifically IGF1 protein, its IGFBP3 binding protein and insulin receptor substrate IRS1, to cell proliferation, survival, growth and apoptosis. Considering that diabetes mellitus is a risk factor associated with colon adenocarcinoma, we consider that the activation of this pathway may be unregulated in colon adenocarcinoma and may be associated with the prognosis of patients. Objective: To study the relationship of protein expression of IGF1, IGFBP3 and IRS1 and their association with clinical and pathological features and survival in colon adenocarcinoma. Patients and Methods: Cross-sectional analytical study involving a convenience sample of 91 patients with stage IIb, III and IV colon adenocarcinomas. The methodologies used were the review of the patient\'s medical records regarding clinical, sociodemographic, anatomopathological findings and the performance and analysis of immunohistochemical reactions using the tissue microarray (TMA). Results: Among the 91 patients studied, the mean age was 61.6 years (range 28-88); the majority being female (54.5%); pre-diabetics (57.1%); predominantly those with descending and sigmoid colon adenocarcinoma (53.3%) and with initial clinical and pathological stage II and III (53.9%; pT3 in 69.2% and pN1 in 45.1%). In the pathological anatomy in 53.9% of the patients angio-lymphatic invasion was identified and in 63.7% there was no presence of perineural invasion. Of the 91 patients, 32 patients died within a minimum follow-up of 24 months. Among patients diagnosed with T2DM, most did not use metformin (73.2%). IGFBP 3 expression was significantly associated with staging (p = 0.01), presence of metastasis (p = 0.02) and death (p = 0.01). When analyzing progression free survival (SLP) and overall survival (SG), stage IV patients had worse outcome compared to the initial stages, as predicted by the literature (p <0.01). IGF1 overexpression was associated with poor progression-free survival in the studied patients (p <0.01.) In overall survival analysis, patients with negative IGFBP-3 expression had a lower overall survival (p <0.01). Patients with poorly differentiated and undifferentiated tumors had a worse prognosis than those with well9 differentiated tumors. IRS1 protein was not associated with clinical-pathological and outcome criteria. Conclusion: Positive IGF1 expression was associated with shorter progression-free survival and negative IGFBP3 expression was associated with lower overall survival in patients with adenocarcinoma.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPPeria, Fernanda MarisMartinez, Carolina Estevam2019-12-10info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17154/tde-13042020-152858/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2020-04-29T22:02:02Zoai:teses.usp.br:tde-13042020-152858Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212020-04-29T22:02:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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