As línguas dificultosas e as línguas peritos: artes de gramática jesuíticas no Brasil colonial dos séculos XVI e XVII
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2002 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-12052023-115016/ |
Resumo: | Nos séculos XVI e XVII, jesuítas em território brasileiro produziram artes de gramática de três línguas faladas no Brasil colonial: José de Anchieta (1534-1597) e Luís Figueira (1573-1643) escreveram gramáticas do tupi antigo, publicadas em 1595 e 1621 (data presumida), respectivamente; Luís Vincencio Mamiani (1652-1730) escreveu uma gramática da língua indígena kiriri, publicada em 1699; Pedro Dias (1621-1700), em 1697, via publicada sua gramática da língua africana kimbundu, falada pelos escravos vindos da África. Essas artes foram escritas para facilitar, por meio da aprendizagem das línguas então chamadas de exóticas, o contato entre jesuítas e nativos e escravos, tendo em vista a catequização e a efetivação do processo de colonização. Eram obras escritas por missionários não falantes nativos das línguas e dedicadas a outros missionários. A estrutura das gramáticas seguia o modelo da tradição greco-latina, com a adoção de metalinguagem semelhante, da ordenação da gramática, dos conceitos como o de \'palavra\' (unidade fundamental), da divisão tradicional das partes do discurso, do tratamento reduzido tanto da descrição das unidades sonoras como da sintaxe. Neste trabalho, analisaremos alguns dos métodos e práticas de descrição das línguas pelos gramáticos-jesuítas, procurando caracterizar o que chamamos de tradição brasileira da lingüística missionária |
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As línguas dificultosas e as línguas peritos: artes de gramática jesuíticas no Brasil colonial dos séculos XVI e XVIINot availableBrasil ColóniaBrazilColonizationGramáticasGrammarsHistoriografia linguísticaHistoriographyJesuítasJesuitsLinguística missionáriaMissionary LinguisticsNos séculos XVI e XVII, jesuítas em território brasileiro produziram artes de gramática de três línguas faladas no Brasil colonial: José de Anchieta (1534-1597) e Luís Figueira (1573-1643) escreveram gramáticas do tupi antigo, publicadas em 1595 e 1621 (data presumida), respectivamente; Luís Vincencio Mamiani (1652-1730) escreveu uma gramática da língua indígena kiriri, publicada em 1699; Pedro Dias (1621-1700), em 1697, via publicada sua gramática da língua africana kimbundu, falada pelos escravos vindos da África. Essas artes foram escritas para facilitar, por meio da aprendizagem das línguas então chamadas de exóticas, o contato entre jesuítas e nativos e escravos, tendo em vista a catequização e a efetivação do processo de colonização. Eram obras escritas por missionários não falantes nativos das línguas e dedicadas a outros missionários. A estrutura das gramáticas seguia o modelo da tradição greco-latina, com a adoção de metalinguagem semelhante, da ordenação da gramática, dos conceitos como o de \'palavra\' (unidade fundamental), da divisão tradicional das partes do discurso, do tratamento reduzido tanto da descrição das unidades sonoras como da sintaxe. Neste trabalho, analisaremos alguns dos métodos e práticas de descrição das línguas pelos gramáticos-jesuítas, procurando caracterizar o que chamamos de tradição brasileira da lingüística missionáriaIn the 16th and 17th Centuries, Jesuits wrote \'artes de gramáticas\' [grammars] about three languages spoken in colonial Brazil: José de Anchieta (1534-1597) and Luís Figueira (1573-1643) wrote grammars of the Ancient tupi, published in 1595 and 1621; Luís Vincencio Mamiani (1652-1730) wrote a grammar about the kiriri, Indigenous language, published in 1699; in 1697, a grammar of kimbundu, African language spoken by the slaves in Brazil, has written by Pedro Dias (1621-1700). These grammars were written in order to improve, by the learning of languages called of \'exóticas\' [exotics], the contact among Jesuits and indigenous and slaves in order to promote the evangelization according to the Catholic Church. In this work, we intend to analyze part of the methods and practices of the description of those languages used by the Jesuits, in order to characterize a Brazilian tradition in the Missionary LinguisticsBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPAltman, Maria Cristina Fernandes SallesBatista, Ronaldo de Oliveira2002-04-18info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-12052023-115016/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2023-05-12T14:57:03Zoai:teses.usp.br:tde-12052023-115016Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-05-12T14:57:03Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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