Vírus da influenza aviária: monitoramento em aves de subsistência criadas no entorno de sítios de aves migratórias no Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10134/tde-12012017-084736/ |
Resumo: | A influenza aviária é uma enfermidade viral causada por vírus influenza A que acomete várias espécies de aves. No Brasil, a influenza aviária é considerada uma doença exótica, uma vez que os subtipos H5 e H7 nunca foram detectados. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento realiza vigilância permanente para esta enfermidade nos plantéis comerciais de produção avícola e também em aves de subsistência criadas no entorno de sítios de aves migratórias com o intuito de detectar precocemente a introdução dos subtipos H5 e H7 no país. No entanto, se desconhece a situação sanitária das aves de subsistência no que se refere à infecção por outros subtipos do vírus da influenza aviária. Considerando a importância deste tipo de criação como fonte de alimentos e de rendimentos em comunidades de baixa renda e o risco que provavelmente representa para a introdução da influenza aviária no Brasil, o objetivo deste trabalho foi monitorar as criações de aves de subsistência criadas no entorno de sítios de aves migratórias no período de 2011 a 2015, a fim de verificar a circulação de todos os subtipos do vírus da influenza aviária (AIV). Foram colhidas amostras de soro e suabes de traqueia e cloaca de 2816 aves criadas em onze diferentes sítios de aves migratórias localizados em sete estados brasileiros, totalizando 391 explorações de fundo de quintal amostradas. As amostras de soro (n = 2716) foram submetidas a triagem para pesquisa de anticorpos para a proteína NP do influenza A utilizando-se um kit comercial de ELISA competitivo, com posterior subtipificação das amostras positivas pela técnica de inibição da hemaglutinação para os dezesseis subtipos do vírus influenza A. Os suabes de cloaca e traqueia foram submetidos à prova de PCR em tempo real para detecção do RNA do vírus influenza A. Não foram detectados anticorpos para os subtipos H5 e H7 do AIV, mas anticorpos para os subtipos H1, H3, H4, H6, H8, H9, H10, H12, H13 e H16 foram identificados em aves oriundas de nove dos onze sítios. O RNA do AIV foi detectado em apenas três amostras pertencentes a uma mesma propriedade e nenhum vírus hemaglutinante foi isolado a partir deste material. Os resultados obtidos permitem concluir que os vírus de influenza aviária de baixa patogenicidade circulam em aves de subsistência criadas no entorno de sítios de aves migratórias no Brasil e alertam para a importância da ampliação da vigilância ativa nesta população |
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Vírus da influenza aviária: monitoramento em aves de subsistência criadas no entorno de sítios de aves migratórias no BrasilAvian influenza virus: monitoring in backyard poultry raised in the vicinity of concentration areas of migratory birds in BrazilAves de subsistênciaAvian influenzaBackyard poultryBrasilBrazilInfluenza aviáriaMigratory birds areasMonitoramentoMonitoringSítios de aves migratóriasA influenza aviária é uma enfermidade viral causada por vírus influenza A que acomete várias espécies de aves. No Brasil, a influenza aviária é considerada uma doença exótica, uma vez que os subtipos H5 e H7 nunca foram detectados. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento realiza vigilância permanente para esta enfermidade nos plantéis comerciais de produção avícola e também em aves de subsistência criadas no entorno de sítios de aves migratórias com o intuito de detectar precocemente a introdução dos subtipos H5 e H7 no país. No entanto, se desconhece a situação sanitária das aves de subsistência no que se refere à infecção por outros subtipos do vírus da influenza aviária. Considerando a importância deste tipo de criação como fonte de alimentos e de rendimentos em comunidades de baixa renda e o risco que provavelmente representa para a introdução da influenza aviária no Brasil, o objetivo deste trabalho foi monitorar as criações de aves de subsistência criadas no entorno de sítios de aves migratórias no período de 2011 a 2015, a fim de verificar a circulação de todos os subtipos do vírus da influenza aviária (AIV). Foram colhidas amostras de soro e suabes de traqueia e cloaca de 2816 aves criadas em onze diferentes sítios de aves migratórias localizados em sete estados brasileiros, totalizando 391 explorações de fundo de quintal amostradas. As amostras de soro (n = 2716) foram submetidas a triagem para pesquisa de anticorpos para a proteína NP do influenza A utilizando-se um kit comercial de ELISA competitivo, com posterior subtipificação das amostras positivas pela técnica de inibição da hemaglutinação para os dezesseis subtipos do vírus influenza A. Os suabes de cloaca e traqueia foram submetidos à prova de PCR em tempo real para detecção do RNA do vírus influenza A. Não foram detectados anticorpos para os subtipos H5 e H7 do AIV, mas anticorpos para os subtipos H1, H3, H4, H6, H8, H9, H10, H12, H13 e H16 foram identificados em aves oriundas de nove dos onze sítios. O RNA do AIV foi detectado em apenas três amostras pertencentes a uma mesma propriedade e nenhum vírus hemaglutinante foi isolado a partir deste material. Os resultados obtidos permitem concluir que os vírus de influenza aviária de baixa patogenicidade circulam em aves de subsistência criadas no entorno de sítios de aves migratórias no Brasil e alertam para a importância da ampliação da vigilância ativa nesta populaçãoAvian influenza is a viral disease caused by an influenza A virus and affects various avian species. Avian influenza is considered an exotic disease in Brazil, since H5 and H7 notifiable subtypes have never been detected. The Ministry of Agriculture, Livestock and Food Supply carries out permanent surveillance for avian influenza in commercial poultry production flocks and also in backyard poultry raised in the vicinity of concentration areas of migratory birds with the purpose of detecting the early introduction of H5 and H7 subtypes in the country. However, the health status of backyard poultry in relation to infection by other avian influenza subtypes is unknown. Considering the importance of this kind of family production system as a source of food and revenue for low-income communities and the risk it probably represents for the introduction of avian influenza in Brazil, the aim of this work was monitoring backyard poultry raised in the vicinity of concentration areas of migratory birds from 2011 to 2015 to verify the circulation of all avian influenza virus (AIV) subtypes. Serum samples and cloacal and tracheal swabs were sampled from 2816 birds raised in eleven migratory birds concentration areas located in seven Brazilian states, totaling 391 backyard poultry flocks harvested. Serum samples (n = 2716) were screened using a commercial competitive ELISA kit to detect specific antibodies for the NP protein of the influenza A virus and afterwards the positive samples were subtyped through inhibition hemagglutination assay for the sixteen subtypes of influenza A viruses. Cloacal and tracheal swabs were tested by real-time PCR for detection of the influenza A virus RNA. No antibodies for H5 and H7 subtypes were detected, but antibodies for subtypes H1, H3, H4, H6, H8, H9, H10, H12, H13 e H16 have been identified in birds from nine out of eleven areas. The influenza A virus RNA was detected only in three samples from one flock and no hemagglutinating viruses were isolated from these specimens. Results obtained in this work suggest that low pathogenic avian influenza viruses are circulating in backyard poultry flocks raised in concentration areas of migratory birds in Brazil and alert to the importance of the expansion of active surveillance in this populationBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPRichtzenhain, Leonardo JoséReischak, Dilmara2016-08-16info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10134/tde-12012017-084736/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-10-09T13:16:04Zoai:teses.usp.br:tde-12012017-084736Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-10-09T13:16:04Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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A influenza aviária é uma enfermidade viral causada por vírus influenza A que acomete várias espécies de aves. No Brasil, a influenza aviária é considerada uma doença exótica, uma vez que os subtipos H5 e H7 nunca foram detectados. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento realiza vigilância permanente para esta enfermidade nos plantéis comerciais de produção avícola e também em aves de subsistência criadas no entorno de sítios de aves migratórias com o intuito de detectar precocemente a introdução dos subtipos H5 e H7 no país. No entanto, se desconhece a situação sanitária das aves de subsistência no que se refere à infecção por outros subtipos do vírus da influenza aviária. Considerando a importância deste tipo de criação como fonte de alimentos e de rendimentos em comunidades de baixa renda e o risco que provavelmente representa para a introdução da influenza aviária no Brasil, o objetivo deste trabalho foi monitorar as criações de aves de subsistência criadas no entorno de sítios de aves migratórias no período de 2011 a 2015, a fim de verificar a circulação de todos os subtipos do vírus da influenza aviária (AIV). Foram colhidas amostras de soro e suabes de traqueia e cloaca de 2816 aves criadas em onze diferentes sítios de aves migratórias localizados em sete estados brasileiros, totalizando 391 explorações de fundo de quintal amostradas. As amostras de soro (n = 2716) foram submetidas a triagem para pesquisa de anticorpos para a proteína NP do influenza A utilizando-se um kit comercial de ELISA competitivo, com posterior subtipificação das amostras positivas pela técnica de inibição da hemaglutinação para os dezesseis subtipos do vírus influenza A. Os suabes de cloaca e traqueia foram submetidos à prova de PCR em tempo real para detecção do RNA do vírus influenza A. Não foram detectados anticorpos para os subtipos H5 e H7 do AIV, mas anticorpos para os subtipos H1, H3, H4, H6, H8, H9, H10, H12, H13 e H16 foram identificados em aves oriundas de nove dos onze sítios. O RNA do AIV foi detectado em apenas três amostras pertencentes a uma mesma propriedade e nenhum vírus hemaglutinante foi isolado a partir deste material. Os resultados obtidos permitem concluir que os vírus de influenza aviária de baixa patogenicidade circulam em aves de subsistência criadas no entorno de sítios de aves migratórias no Brasil e alertam para a importância da ampliação da vigilância ativa nesta população |
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