Viabilidade técnica do reaproveitamento da maravalha de forma integral na produção de painéis de partículas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Vitor Uemura da
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18158/tde-08082019-125915/
Resumo: A cadeia produtiva da madeira gera uma grande quantidade de resíduos sólidos em todos os seus níveis, desde o plantio até as subsequentes etapas de produção. Esses resíduos recebem destinos diferentes de acordo com fatores ligados à regionalidades, existência de mercado para absorvê-los, quantidade gerada, porte da empresa ou estabelecimento que os gera, e outras variáveis; existem no cenário nacional, duas tendências observadas na pesquisa para lidar com os resíduos de madeira: uma delas é o descarte ao ar livre ou a queima sem fins energéticos; e outra tendência é a queima para produção de energia. Apesar de se tratar de uma alternativa bastante usual, a queima desse material libera o carbono de volta para a atmosfera e não se adequa a ordem de prioridade de gestão de resíduos sólidos estabelecida por lei (12.305/2010), além de encerrar o ciclo econômico da madeira, que poderia ainda ser reciclada e comercializada sob a forma de novos produtos. Com isso, decidiu-se utilizar a maravalha, que é um dos resíduos mais comuns do processamento da madeira, como base para a produção de painéis de partículas. Além disso, suprimiu-se a etapa de homogeneização das mesmas, ou seja, elas foram utilizadas de forma integral, conforme recolhidas do chão da serraria, sem passar por um moinho e peneira. Foram utilizadas duas resinas poliuretanas de baixo impacto ambiental, e uma resina de ureia-formaladeído, e os painéis foram produzidos em alta e média densidade, com maravalhas provenientes da madeira de Pinus Elliottii, Pinus Taeda, e também de Eucalyptus urograndis. Além dos ensaios exigidos por norma, foram realizados ensaios de colorimetria, rugosidade, condutividade térmica, porosimetria por intrusão de mercúrio e microscopia eletrônica de varredura. Os resultados comprovaram a viabilidade técnica dos painéis, e mostraram que com alguns ajustes é possível melhorar as propriedades dos mesmos para que eles fiquem de acordo com as exigências de sua aplicação final.
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