Metodologias para a obtenção de parâmetros utilizados em modelos de infiltração da água no solo

• Autor(a) principal: Ghiberto, Pablo Javier
• Data de Publicação: 1999
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
• Texto Completo: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20220208-112303/
• topic: ÁGUA DO SOLO; INFILTRAÇÃO; MODELOS

Os modelos de infiltração precisam de parâmetros que podem ser obtidos a partir de diferentes métodos experimentais ou analíticos utilizando distintas formas de cálculo. O objetivo do presente trabalho é apresentar os modelos de infiltração levando em consideração a problemática do fornecimento dos parâmetros por eles requeridos. O experimento consistiu na aplicação dos métodos do permeâmetro de carga constante (Youngs, 1991 ), da condutividade hidráulica a partir da curva de retenção de água no solo (van Genuchten, 1980); perfil instantâneo (Hillel et al., 1972), métodos da umidade e do fluxo (Ubardi et al., 1980) e infiltrômetro de tensão (Scotter et al., 1982; Ankeny et al., 1991), para obtenção da condutividade hidráulica em função do conteúdo hídrico (K( θ)), a sortividade (S), infiltração acumulada (I) e conteúdo hídrico de saturação. O experimento foi conduzido em Piracicaba (SP), Brasil, 22°41 de latitude sul e 47°39 de longitude oeste sob solo Latossolo Vermelho Amarelo de textura argilo arenosa densidade média 1556 kg m-3 nos primeiros 0,2 m e 1276 kg m-3 até um metro de profundidade. Os maiores valores de condutividade hidráulica saturada foram obtidos com o permeâmetro de carga constante possivelmente pelas amostras terem, atingido condições mais próximas à saturação. A faixa mais ampla de valores de K(θ) foi obtida pelo método de van Genuchten (1980). Pelo método da drenagem interna ajustou-se a equação K=Koexpy(θ-θ) que descreve a relação K(θ) apresentando dificuldades na estimativa da condutividade hidráulica próximo a saturação. O gradiente hidráulico foi crescente com o transcurso do tempo de redistribuição e em algumas profundidades se apresentou perto da unidade até aproximadamente 10 dias após iniciada a redistribuição. O infiltrômetro de tensão mostrou-se útil em baixas tensões onde as outras metodologias foram mais problemáticas, mas necessita-se de mais pesquisas visando a padronização da metodologia de utilização e cálculo. Conclui-se que devido à simplicidade do instrumental e da infra-estrutura necessárias e à possibilidade de ampliação do número de repetições e assim contemplar-se a variabilidade espacial e temporal das propriedades hídricas do solo, o infiltrômetro de tensão mostrou-se uma ferramenta satisfatória para o levantamento dos parâmetros dos modelos de infiltração analisados.