Efeito do pH e força iônica na atividade antimicrobiana de ramnolipídeos frente à Staphylococcus aureus

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gouveia, Amanda Mezete
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/82/82131/tde-05102023-153925/
Resumo: As doenças transmitidas por alimentos (DTA) causam significativa mortalidade nos países em desenvolvimento, sendo as bactérias os principais agentes responsáveis por estas patologias. As doenças envolvendo Staphylococcus aureus podem ser causadas tanto pela infecção quanto pela intoxicação do organismo hospedeiro, devido a ingestão de alimentos contaminados. A resistência bacteriana aos antibióticos convencionais, junto ao interesse por antimicrobianos mais sustentáveis, demanda a busca por métodos alternativos de controle. Neste contexto, a utilização de biossurfatantes (BS), como os ramnolipídeos (RL), se mostra promissora uma vez que apresentam baixa toxicidade, são biodegradáveis e sintetizados a partir de fontes renováveis. O principal objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do pH e da força iônica na atividade antimicrobiana dos RL frente a formas planctônicas e sésseis de S. aureus. Os resultados revelaram que o aumento do pH de 5 para 8 resultou no aumento da concentração inibitória mínima (CIM) de 78,12 mg/L para >2500 mg/L. Da mesma forma, a presença de NaCl favoreceu a atividade antimicrobiana dos RL em todos os pH testados, reduzindo os valores de CIM. As células livres de S. aureus se mostraram mais sensíveis ao tratamento com RL comparativamente aos biofilmes. Apesar da maior resistência dos biofilmes, a presença de RL foi capaz de reduzir a quantidade de células viáveis em até 3,8 unidades logarítmicas. A força iônica e o pH influenciam de forma significativa a atividade antimicrobiana do RL frente a Staphylococcus aureus, sugerindo potencial para aplicação em alimentos ácidos e salgados.
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