Sistema de alarmes pessoais para idosos que residem sozinhos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/82/82131/tde-03102017-091156/ |
Resumo: | Introdução: O processo de envelhecimento mundial traz consigo mudanças no perfil epidemiológico e no aumento da demanda por cuidado e autocuidado. A teleassistência como proposta tecnológica de monitoramento à distância pode contribuir com o envelhecimento no lugar e qualidade de vida de idosos que residem sozinhos. Objetivos: Identificar se há sensação de segurança por parte dos idosos que residem sozinhos e de sua rede de suporte com o uso dos alarmes pessoais; identificar as causas e frequências do acionamento do alarme; identificar junto ao idoso e sua rede de suporte a percepção de utilidade e facilidade dos alarmes; identificar junto aos idosos se houve dificuldades no manuseio do equipamento; identificar junto a rede de suporte pessoal se houve mudanças a partir da implantação do sistema de teleassistência. Materiais e Métodos: Pesquisa longitudinal, exploratória, do tipo intervenção, de caráter quantitativo e qualitativo. Casuística: 20 participantes, sendo 10 idosos acima de 70 anos, que residem sozinhos e 10 pessoas da rede de suporte pessoal indicadas pelo idoso participante. Instrumentos de coleta utilizados: (1) Questionário de Aceitação de Tecnologias; (2) Questionário de Aceitação de Teleassistência; (3) Questionário socioeconômico; (4) Ecomapa; (5) Entrevista com questões abertas e múltipla escolha no início e término da pesquisa. Os dados coletados foram analisados pelo método de Análise de conteúdo de acordo com Bardin (2011), a partir das seguintes categorias de análise pré-estabelecidas: percepção de segurança, uso do equipamento e motivos do acionamento. Resultados: Participaram 10 idosos (8 mulheres e 2 homens), com média de idade de 79 anos, 8 anos de estudo, a maioria aposentada, viúvos e que residem sozinhos. A rede de suporte pessoal dos participantes é composta em sua maioria (n=9) por cuidadores informais, do sexo feminino e com nível superior completo. No que se refere à percepção de segurança, os idosos destacam a segurança, a proteção, a tranquilidade, o acompanhamento e a certeza de ajuda se necessário. Após seis meses de uso do sistema de monitoramento de teleassistência, alguns idosos (n=4) alteraram sua percepção de segurança quando notaram que o equipamento não estava adequado às suas necessidades sensoriais e a falta de informações sobre o uso do equipamento. A rede de suporte pessoal refere sentimento de segurança em face à assistência rápida e desoneração temporária da tarefa. Após o período de uso do equipamento, a rede de suporte pessoal dos idosos acima de 75 anos relatou sentir mais tranquilidade e segurança se comparadas à rede de suporte pessoal dos idosos abaixo desta faixa etária e com menor perda de capacidade funcional. Quanto ao uso do equipamento, o alarme pessoal foi considerado como de fácil entendimento e manuseio, porém houve variação no seu uso durante as AVDs e dificuldades de adaptação ao modelo e design do acionador portátil. No âmbito dos motivos de acionamento do dispositivo móvel, este fora principalmente usado como busca de apoio emocional dos idosos para com as atendentes do serviço, ao invés de solicitação por urgências médicas. Conclusão: O alarme pessoal traz segurança e tranquilidade para os idosos usuários e também sua rede de suporte. A percepção de utilidade pode ser alterada em face a não adequação do equipamento em relação às alterações sensoriais do idoso e falta de alcance em diferentes ambientes da residência, assim como o não reconhecimento de necessidade pelos idosos mais funcionais. O sistema de monitoramento teve impacto positivo para os idosos que os acionavam não intencionalmente por motivo de sentirem-se sozinhos. Considera-se que a teleassistência pode ser um importante aliado ao processo de \"envelhecimento no lugar\" e contribuir para a segurança e qualidade de vida dos idosos que residem sozinhos. |
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Sistema de alarmes pessoais para idosos que residem sozinhosSystem of personal alarms for the elderly living aloneAlarmes pessoaisElderlyIdosoPersonal alarmsTeleassistênciaTelecareIntrodução: O processo de envelhecimento mundial traz consigo mudanças no perfil epidemiológico e no aumento da demanda por cuidado e autocuidado. A teleassistência como proposta tecnológica de monitoramento à distância pode contribuir com o envelhecimento no lugar e qualidade de vida de idosos que residem sozinhos. Objetivos: Identificar se há sensação de segurança por parte dos idosos que residem sozinhos e de sua rede de suporte com o uso dos alarmes pessoais; identificar as causas e frequências do acionamento do alarme; identificar junto ao idoso e sua rede de suporte a percepção de utilidade e facilidade dos alarmes; identificar junto aos idosos se houve dificuldades no manuseio do equipamento; identificar junto a rede de suporte pessoal se houve mudanças a partir da implantação do sistema de teleassistência. Materiais e Métodos: Pesquisa longitudinal, exploratória, do tipo intervenção, de caráter quantitativo e qualitativo. Casuística: 20 participantes, sendo 10 idosos acima de 70 anos, que residem sozinhos e 10 pessoas da rede de suporte pessoal indicadas pelo idoso participante. Instrumentos de coleta utilizados: (1) Questionário de Aceitação de Tecnologias; (2) Questionário de Aceitação de Teleassistência; (3) Questionário socioeconômico; (4) Ecomapa; (5) Entrevista com questões abertas e múltipla escolha no início e término da pesquisa. Os dados coletados foram analisados pelo método de Análise de conteúdo de acordo com Bardin (2011), a partir das seguintes categorias de análise pré-estabelecidas: percepção de segurança, uso do equipamento e motivos do acionamento. Resultados: Participaram 10 idosos (8 mulheres e 2 homens), com média de idade de 79 anos, 8 anos de estudo, a maioria aposentada, viúvos e que residem sozinhos. A rede de suporte pessoal dos participantes é composta em sua maioria (n=9) por cuidadores informais, do sexo feminino e com nível superior completo. No que se refere à percepção de segurança, os idosos destacam a segurança, a proteção, a tranquilidade, o acompanhamento e a certeza de ajuda se necessário. Após seis meses de uso do sistema de monitoramento de teleassistência, alguns idosos (n=4) alteraram sua percepção de segurança quando notaram que o equipamento não estava adequado às suas necessidades sensoriais e a falta de informações sobre o uso do equipamento. A rede de suporte pessoal refere sentimento de segurança em face à assistência rápida e desoneração temporária da tarefa. Após o período de uso do equipamento, a rede de suporte pessoal dos idosos acima de 75 anos relatou sentir mais tranquilidade e segurança se comparadas à rede de suporte pessoal dos idosos abaixo desta faixa etária e com menor perda de capacidade funcional. Quanto ao uso do equipamento, o alarme pessoal foi considerado como de fácil entendimento e manuseio, porém houve variação no seu uso durante as AVDs e dificuldades de adaptação ao modelo e design do acionador portátil. No âmbito dos motivos de acionamento do dispositivo móvel, este fora principalmente usado como busca de apoio emocional dos idosos para com as atendentes do serviço, ao invés de solicitação por urgências médicas. Conclusão: O alarme pessoal traz segurança e tranquilidade para os idosos usuários e também sua rede de suporte. A percepção de utilidade pode ser alterada em face a não adequação do equipamento em relação às alterações sensoriais do idoso e falta de alcance em diferentes ambientes da residência, assim como o não reconhecimento de necessidade pelos idosos mais funcionais. O sistema de monitoramento teve impacto positivo para os idosos que os acionavam não intencionalmente por motivo de sentirem-se sozinhos. Considera-se que a teleassistência pode ser um importante aliado ao processo de \"envelhecimento no lugar\" e contribuir para a segurança e qualidade de vida dos idosos que residem sozinhos.Introduction: The global aging process brings with it changes in the epidemiological profile and the increased demand for care and self-care. The telecare technology as proposed monitoring distance can contribute to aging in place and quality of life of elderly people living alone. Objectives: To identify whether the use of personal alarms provide sense of security to the elderly who live alone and his support network; identify aspects of the causes and frequency of alarm activation; identify with the elderly and their network support the perception of usefulness and ease of alarms; identify with the elderly if there were difficulties in handling the equipment; identify with the support network possible changes from the implementation of telecare system. Materials and Methods: Longitudinal research, exploratory type intervention, qualitative. Casuistry: 20 participants, 10 seniors over 70 who live alone and 10 people support network indicated by the participating elderly. Instruments used: (1) Mini-Mental State Examination; (2) Geriatric Depression Scale; (3) Functional Activities Questionnaire Pfeffer. (4) Technology Acceptance Questionnaire; (5) Telecare Acceptance Questionnaire; (6) Socioeconomic Questionnaire; (7) Ecomap; (8) Interview with open questions and multiple-choice at the beginning and end of the research. The collected data were analyzed by the method of content according to Bardin Analysis (2011), from the following pre-established categories of analysis: perception of safety, use of equipment and reasons activation. Results: A total of 10 elderly patients (8 women and 2 men) with a mean age of 79 years, 8 years of study, the most retired, widowed and living alone. The RS of participants is composed mostly (n = 9) by informal caregivers, female and college degrees. With regard to the perception of security, the elderly emphasize security, protection, tranquility, monitoring and help sure if necessary. After six months of use of telecare monitoring system, some elderly (n = 4) changed their perception of safety when they noticed that the equipment was not suited to their sensory needs and the lack of information on the use of the equipment. The RS refers sense of security in the face of rapid assistance and temporary relief of the task. After the period of use of the equipment, the elderly of the RS over 75 reported feeling more relaxed and safe compared to RS elderly below this age and with less loss of functional capacity. Regarding the use of the equipment, personal alarm was considered easy to understand and handling, but there was variation in its use during daily life activities and difficulties in adapting to the portable drive model and design. In the context of the driving reasons mobile device, this was mostly used as search elderly emotional support for attendants to the service, rather than request for medical emergencies. Conclusion: The personal alarm brings security and peace of mind to elderly users, and support network. The perception of usefulness can be changed in the face of unsuitability of equipment in relation to the elderly sensory changes and lack of scope in different environments of the residence, as well as nonrecognition of the need for more functional elderly. The monitoring system had a positive impact for the elderly that They used unintentionally by reason of feeling alone. It is considered that telecare can be an important ally in the process of \"aging in place\" and contribute to the safety and quality of life of the elderly living alone.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPSantana, Carla da SilvaBianchi, Marcela Maria de Castro2016-10-06info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/82/82131/tde-03102017-091156/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2018-07-17T16:38:18Zoai:teses.usp.br:tde-03102017-091156Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212018-07-17T16:38:18Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Introdução: O processo de envelhecimento mundial traz consigo mudanças no perfil epidemiológico e no aumento da demanda por cuidado e autocuidado. A teleassistência como proposta tecnológica de monitoramento à distância pode contribuir com o envelhecimento no lugar e qualidade de vida de idosos que residem sozinhos. Objetivos: Identificar se há sensação de segurança por parte dos idosos que residem sozinhos e de sua rede de suporte com o uso dos alarmes pessoais; identificar as causas e frequências do acionamento do alarme; identificar junto ao idoso e sua rede de suporte a percepção de utilidade e facilidade dos alarmes; identificar junto aos idosos se houve dificuldades no manuseio do equipamento; identificar junto a rede de suporte pessoal se houve mudanças a partir da implantação do sistema de teleassistência. Materiais e Métodos: Pesquisa longitudinal, exploratória, do tipo intervenção, de caráter quantitativo e qualitativo. Casuística: 20 participantes, sendo 10 idosos acima de 70 anos, que residem sozinhos e 10 pessoas da rede de suporte pessoal indicadas pelo idoso participante. Instrumentos de coleta utilizados: (1) Questionário de Aceitação de Tecnologias; (2) Questionário de Aceitação de Teleassistência; (3) Questionário socioeconômico; (4) Ecomapa; (5) Entrevista com questões abertas e múltipla escolha no início e término da pesquisa. Os dados coletados foram analisados pelo método de Análise de conteúdo de acordo com Bardin (2011), a partir das seguintes categorias de análise pré-estabelecidas: percepção de segurança, uso do equipamento e motivos do acionamento. Resultados: Participaram 10 idosos (8 mulheres e 2 homens), com média de idade de 79 anos, 8 anos de estudo, a maioria aposentada, viúvos e que residem sozinhos. A rede de suporte pessoal dos participantes é composta em sua maioria (n=9) por cuidadores informais, do sexo feminino e com nível superior completo. No que se refere à percepção de segurança, os idosos destacam a segurança, a proteção, a tranquilidade, o acompanhamento e a certeza de ajuda se necessário. Após seis meses de uso do sistema de monitoramento de teleassistência, alguns idosos (n=4) alteraram sua percepção de segurança quando notaram que o equipamento não estava adequado às suas necessidades sensoriais e a falta de informações sobre o uso do equipamento. A rede de suporte pessoal refere sentimento de segurança em face à assistência rápida e desoneração temporária da tarefa. Após o período de uso do equipamento, a rede de suporte pessoal dos idosos acima de 75 anos relatou sentir mais tranquilidade e segurança se comparadas à rede de suporte pessoal dos idosos abaixo desta faixa etária e com menor perda de capacidade funcional. Quanto ao uso do equipamento, o alarme pessoal foi considerado como de fácil entendimento e manuseio, porém houve variação no seu uso durante as AVDs e dificuldades de adaptação ao modelo e design do acionador portátil. No âmbito dos motivos de acionamento do dispositivo móvel, este fora principalmente usado como busca de apoio emocional dos idosos para com as atendentes do serviço, ao invés de solicitação por urgências médicas. Conclusão: O alarme pessoal traz segurança e tranquilidade para os idosos usuários e também sua rede de suporte. A percepção de utilidade pode ser alterada em face a não adequação do equipamento em relação às alterações sensoriais do idoso e falta de alcance em diferentes ambientes da residência, assim como o não reconhecimento de necessidade pelos idosos mais funcionais. O sistema de monitoramento teve impacto positivo para os idosos que os acionavam não intencionalmente por motivo de sentirem-se sozinhos. Considera-se que a teleassistência pode ser um importante aliado ao processo de \"envelhecimento no lugar\" e contribuir para a segurança e qualidade de vida dos idosos que residem sozinhos. |
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