Diversidade e efeitos da estrutura da vegetação sobre répteis Squamata em uma área de cerrado do Sudeste do Brasil: subsídios para o manejo de unidades de conservação

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fiorillo, Bruno Ferreto
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/91/91131/tde-12082020-162303/
Resumo: Diversos estudos têm sugerido que áreas abertas nativas do Cerrado apresentam maior diversidade de répteis Squamata do que suas áreas não florestais. Este padrão provavelmente é resultante da interação entre processos ecológicos, históricos e biogeográficos. Esta tendência já foi relatada para a herpetofauna da Estação Ecológica de Santa Bárbara (EEcSB) e em outras localidades ao longo de todo o Cerrado. Neste contexto, o presente estudo teve como objetivo avaliar, em uma escala local, as variações da comunidade de Squamata em diferentes eixos de sua diversidade (taxonômica, funcional e filogenética), ao longo do gradiente de complexidade vegetal da área de estudo. As amostragens foram realizadas por meio de armadilhas de interceptação e queda, procura visual limitada por tempo, capturas ocasionais e observações por terceiros, em quatro fisionomias típicas do Cerrado: campo sujo, campo cerrado, cerrado sensu stricto e cerradão. Entre agosto de 2016 e julho de 2018, o que correspondeu a 240 dias de amostragem de campo, registramos 32 espécies de serpentes e 13 espécies de lagartos em campo. As formas de diversidade de serpentes e lagartos variaram diferentemente ao longo do gradiente vegetal, no entanto, ambos os grupos parecem ser afetados negativamente pelo aumento da complexidade na estrutura da vegetação. Os resultados obtidos aqui reforçam a importância das fisionomias não florestais típicas do Cerrado para manutenção da diversidade de Squamata e da necessidade de intervenção na forma de manejo do fogo para o controle do adensamento da vegetação.
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