Inovação e território: análise dos fatores locacionais que afetam a inovação no Brasil.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3136/tde-23022017-101927/ |
Resumo: | O objetivo deste trabalho é avaliar como fatores territoriais influenciam a capacidade de inovação das empresas brasileiras. Em especial, analisa-se como os transbordamentos de conhecimentos, a aglomeração urbana e econômica, o capital humano e a estrutura produtiva local afetam o grau de novidade da inovação que é introduzida pelas empresas no Brasil. Diferencia-se o grau de novidade da inovação por empresas que não geraram inovações, empresas que introduziram inovações para a firma, para o mercado nacional e para o mundo. A discussão sobre o território e a inovação até a década de 90 esteve bastante concentrada nos países desenvolvidos. Entretanto, nas últimas décadas atenção também tem sido dada a países em desenvolvimento. No Brasil, os estudos sobre o tema têm sido direcionados a compreender como as atividades inovativas estão distribuídas nas regiões, sua heterogeneidade e quais fatores podem influenciar essa distribuição. No entanto, estudos que relacionem diretamente a inovação no nível da firma e a geografia ainda são escassos. É essa lacuna que o presente trabalho procura preencher, ao observar diretamente o efeito dos fatores sobre o grau de novidade da inovação que as empresas brasileiras introduzem, utilizando os microdados da PINTEC. Para isso, foi realizada a estimação de um modelo econométrico, baseado na Função de Produção do Conhecimento que permitiu avaliar a relação entre o grau de novidade da inovação e fatores selecionados em dois níveis, o da firma e o do território. Os resultados mostram que os fatores territoriais geram diferenciais inovativos as empresas, mesmo em países em desenvolvimento, como o Brasil, em que a maior parte da inovação gerada é nova para a firma. Em particular, a aglomeração econômica e o capital humano local apresentam um papel importante para se chegar à inovação de mais alto grau de novidade, como para o mundo. Ou seja, empresas localizadas em regiões mais aglomeradas economicamente e com maior participação da mão de obra empregada qualificada tendem a introduzir inovações com mais alto grau de novidade, especialmente inovações para o mercado nacional. Ao mesmo tempo, variáveis no nível da firma, como os gastos em atividades de inovação, o tamanho da firma e a sua produtividade, impactam positivamente a capacidade de inovação das empresas. Além disso, firmas que colaboram com outros agentes ou possuem capital estrangeiro tendem a introduzir inovações com mais ato grau de novidade. Por fim, o grau de novidade da inovação das empresas que recebem financiamento público como fonte de dispêndios inovativos tende a ser mais alto do que de empresas que não recebem financiamento público. |
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Inovação e território: análise dos fatores locacionais que afetam a inovação no Brasil.Innovation and territory: analysis of the local factors affecting innovation in Brazil.AgglomerationsAglomerações urbanasCapital humanoDegree of novelty of innovationEstrutura produtiva localGeografia da inovaçãoGeography of innovationGrau de novidade da InovaçãoHuman capitalKnowledge spilloversStructure of productive resourcesTerritórioTransbordamentos de conhecimentosO objetivo deste trabalho é avaliar como fatores territoriais influenciam a capacidade de inovação das empresas brasileiras. Em especial, analisa-se como os transbordamentos de conhecimentos, a aglomeração urbana e econômica, o capital humano e a estrutura produtiva local afetam o grau de novidade da inovação que é introduzida pelas empresas no Brasil. Diferencia-se o grau de novidade da inovação por empresas que não geraram inovações, empresas que introduziram inovações para a firma, para o mercado nacional e para o mundo. A discussão sobre o território e a inovação até a década de 90 esteve bastante concentrada nos países desenvolvidos. Entretanto, nas últimas décadas atenção também tem sido dada a países em desenvolvimento. No Brasil, os estudos sobre o tema têm sido direcionados a compreender como as atividades inovativas estão distribuídas nas regiões, sua heterogeneidade e quais fatores podem influenciar essa distribuição. No entanto, estudos que relacionem diretamente a inovação no nível da firma e a geografia ainda são escassos. É essa lacuna que o presente trabalho procura preencher, ao observar diretamente o efeito dos fatores sobre o grau de novidade da inovação que as empresas brasileiras introduzem, utilizando os microdados da PINTEC. Para isso, foi realizada a estimação de um modelo econométrico, baseado na Função de Produção do Conhecimento que permitiu avaliar a relação entre o grau de novidade da inovação e fatores selecionados em dois níveis, o da firma e o do território. Os resultados mostram que os fatores territoriais geram diferenciais inovativos as empresas, mesmo em países em desenvolvimento, como o Brasil, em que a maior parte da inovação gerada é nova para a firma. Em particular, a aglomeração econômica e o capital humano local apresentam um papel importante para se chegar à inovação de mais alto grau de novidade, como para o mundo. Ou seja, empresas localizadas em regiões mais aglomeradas economicamente e com maior participação da mão de obra empregada qualificada tendem a introduzir inovações com mais alto grau de novidade, especialmente inovações para o mercado nacional. Ao mesmo tempo, variáveis no nível da firma, como os gastos em atividades de inovação, o tamanho da firma e a sua produtividade, impactam positivamente a capacidade de inovação das empresas. Além disso, firmas que colaboram com outros agentes ou possuem capital estrangeiro tendem a introduzir inovações com mais ato grau de novidade. Por fim, o grau de novidade da inovação das empresas que recebem financiamento público como fonte de dispêndios inovativos tende a ser mais alto do que de empresas que não recebem financiamento público.The aim of this study is to assess how territorial factors affect innovation of Brazilian firms. In particular, it analyses how knowledge spillovers, agglomeration, human capital, and the local productive structure affect the degree of novelty of innovation. The degree of novelty of innovation is distinguished by whether firms did not innovate and whether firms had been able to introduce innovations that were new for the firm, new for the domestic market and new to the world. Until the 1990s, debate on territory and innovation has been focused on developed countries. However, recently increasing attention has been given to developing countries. In Brazil, previous studies have been directed to understand how innovation is distributes among regions, their heterogeneity and which factors can affect their distribution. However, studies that directly relate firm-level innovations and geography are still scant. This work addresses this gap by applying a Knowledge Production Function (KPF) to examine how firm-level and regional-level factors affect the degree of novelty of innovation in Brazil, using PINTEC microdata. Results show that territorial factors play an important role on innovation, even in developing countries as Brazil, which innovations tend to be mostly new for the firm. This indicates that firms located in places with higher agglomeration of economic activities and higher concentration of human capital tend to introduce higher degree of novelty innovations, especially innovations as to the domestic market. That means that firms in economic clustered regions, and with higher share of qualified labor force are able to generate innovation with higher degree of novelty, as to the world. At the firm-level, R&D efforts, firms\' size and firms\' productivity are positively associated with the degree of novelty of innovations. In addition, firms that collaborate with partners or with foreign ownership tend to introduce innovation with higher degree of novelty. Finally, public finance for innovation is also a factor that stimulates firms to introduce innovations with higher degree of novelty, in comparison with no public finance.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPGarcia, Renato de CastroRomero, Suelene Mascarini de Souza2016-11-25info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3136/tde-23022017-101927/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2018-07-17T16:34:08Zoai:teses.usp.br:tde-23022017-101927Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212018-07-17T16:34:08Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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O objetivo deste trabalho é avaliar como fatores territoriais influenciam a capacidade de inovação das empresas brasileiras. Em especial, analisa-se como os transbordamentos de conhecimentos, a aglomeração urbana e econômica, o capital humano e a estrutura produtiva local afetam o grau de novidade da inovação que é introduzida pelas empresas no Brasil. Diferencia-se o grau de novidade da inovação por empresas que não geraram inovações, empresas que introduziram inovações para a firma, para o mercado nacional e para o mundo. A discussão sobre o território e a inovação até a década de 90 esteve bastante concentrada nos países desenvolvidos. Entretanto, nas últimas décadas atenção também tem sido dada a países em desenvolvimento. No Brasil, os estudos sobre o tema têm sido direcionados a compreender como as atividades inovativas estão distribuídas nas regiões, sua heterogeneidade e quais fatores podem influenciar essa distribuição. No entanto, estudos que relacionem diretamente a inovação no nível da firma e a geografia ainda são escassos. É essa lacuna que o presente trabalho procura preencher, ao observar diretamente o efeito dos fatores sobre o grau de novidade da inovação que as empresas brasileiras introduzem, utilizando os microdados da PINTEC. Para isso, foi realizada a estimação de um modelo econométrico, baseado na Função de Produção do Conhecimento que permitiu avaliar a relação entre o grau de novidade da inovação e fatores selecionados em dois níveis, o da firma e o do território. Os resultados mostram que os fatores territoriais geram diferenciais inovativos as empresas, mesmo em países em desenvolvimento, como o Brasil, em que a maior parte da inovação gerada é nova para a firma. Em particular, a aglomeração econômica e o capital humano local apresentam um papel importante para se chegar à inovação de mais alto grau de novidade, como para o mundo. Ou seja, empresas localizadas em regiões mais aglomeradas economicamente e com maior participação da mão de obra empregada qualificada tendem a introduzir inovações com mais alto grau de novidade, especialmente inovações para o mercado nacional. Ao mesmo tempo, variáveis no nível da firma, como os gastos em atividades de inovação, o tamanho da firma e a sua produtividade, impactam positivamente a capacidade de inovação das empresas. Além disso, firmas que colaboram com outros agentes ou possuem capital estrangeiro tendem a introduzir inovações com mais ato grau de novidade. Por fim, o grau de novidade da inovação das empresas que recebem financiamento público como fonte de dispêndios inovativos tende a ser mais alto do que de empresas que não recebem financiamento público. |
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