Placentação e descrição morfológica do sistema reprodutor feminino em Coendou prehensilis (Porco-espinho Caixeiro)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10132/tde-21032017-173349/ |
Resumo: | A preservação de espécies silvestres brasileiras é baseada no conhecimento, distribuição e comportamento tanto no meio ambiente natural, quanto em cativeiro, sendo assim, existe uma grande importância tratando-se da descrição reprodutiva das espécies estudadas visando sempre à perpetuação. Este estudo possui foco no sistema reprodutivo feminino, relacionando ao processo de placentação, além da evolução quanto à posição filogenética dos mamíferos, descrevendo a morfologia da placenta, barreira placentária em delimitação da evolução filogenética desse órgão em animais da espécie Coendou prehensilis. O Coendou prehensilis, chamado popularmente de porco-espinho caixeiro ou ouriço-caixeiro, é um roedor herbívoro que vive geralmente em árvores de florestas tropicais desde o México até a América do sul, é um mamífero que pode pesar de 2 a 5 kg e medir de 30 a 60 cm de comprimento. Para o estudo foram utilizados 07 animais (2 gestantes e 5 não gestantes) que vieram a óbito por ataques de cães e atropelamentos em estradas, animais estes, devidamente regularizados pelo ICMBio. Foram realizadas as técnicas macroscópicas, descrevendo o formato, vascularização e biometria dos órgãos reprodutores e placenta da espécie em questão, além de microscopia de luz, imunohistoquimica (vimentina 1:200, PCNA 1:700 e citoqueratina 1:400), microscopia eletrônica de varredura e microscopia eletrônica de transmissão, a fim de caracterizar o tipo e a barreira placentária e descrever relações materno-fetais na placenta. Os ovários possuem formato elipsóide, cor amarelada, mostrando-se achatados dorso-ventralmente e são relativamente grandes, com variações de parede lisa a mais áspera, apresentando diferentes fases foliculares. As tubas uterinas são tubulares, cilíndricas e tortuosas. Estendem-se lateralmente, curvando-se craniocaudalmente sobre os ovários. Não são contínuas em espessura e forma, sendo possível distinguir infundíbulo, ampola e istmo. O útero é do tipo bicórneo em forma de Y possuindo dois longos cornos cilíndricos, ao longo de seu lúmen não apresenta um septo mediano. A vagina possui epitélio estratificado escamoso não queratinizado, com pregas longitudinais, sendo o número de pregas variável assim como sua espessura. A vulva possui diferença de cor tegumentar dos grandes lábios em relação à rima, sendo o pequeno espaço entre a vulva e o ânus o indicativo para o dimorfismo sexual do animal. O clitóris está situado na porção ventral da rima, atrás da comissura labial superior, sendo não visível. A placenta é do tipo corioalantóica, discoidal, labiríntica de padrão lobular, correspondendo a principal região para trocas materno-fetal sendo identificados vasos fetais por endotélio vimentina - positivo, em contraste com os espaços de sangue materno. Células gigantes sinusoidais foram identificadas no labirinto e próximo a decídua. O saco vitelino visceral é composto por células cúbicas da endoderme, uma camada de mesênquima rica em vasos e mesotélio. Possui uma subplacenta e apresenta relação materno-fetal do subtipo hemomonocorial, além de um saco vitelino presente até o final da gestação. Com os resultados da análise estrutural do material esperamos poder contribuir melhorando assim os dados sobre os aspectos reprodutivos da espécie, colaborando em outras futuras pesquisas, e gerando uma base comparativa para mamíferos sul-americanos semelhantes e pouco estudados em nosso território. |
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Placentação e descrição morfológica do sistema reprodutor feminino em Coendou prehensilis (Porco-espinho Caixeiro)Placentation and morphological description of female reproductive system in Coendou prehensilis (Prehensile-tailed porcupine)ErethizontidaeErethizontidaeHistricomorfoHistrycomorphaPlacentaPlacentaRodentRoedorA preservação de espécies silvestres brasileiras é baseada no conhecimento, distribuição e comportamento tanto no meio ambiente natural, quanto em cativeiro, sendo assim, existe uma grande importância tratando-se da descrição reprodutiva das espécies estudadas visando sempre à perpetuação. Este estudo possui foco no sistema reprodutivo feminino, relacionando ao processo de placentação, além da evolução quanto à posição filogenética dos mamíferos, descrevendo a morfologia da placenta, barreira placentária em delimitação da evolução filogenética desse órgão em animais da espécie Coendou prehensilis. O Coendou prehensilis, chamado popularmente de porco-espinho caixeiro ou ouriço-caixeiro, é um roedor herbívoro que vive geralmente em árvores de florestas tropicais desde o México até a América do sul, é um mamífero que pode pesar de 2 a 5 kg e medir de 30 a 60 cm de comprimento. Para o estudo foram utilizados 07 animais (2 gestantes e 5 não gestantes) que vieram a óbito por ataques de cães e atropelamentos em estradas, animais estes, devidamente regularizados pelo ICMBio. Foram realizadas as técnicas macroscópicas, descrevendo o formato, vascularização e biometria dos órgãos reprodutores e placenta da espécie em questão, além de microscopia de luz, imunohistoquimica (vimentina 1:200, PCNA 1:700 e citoqueratina 1:400), microscopia eletrônica de varredura e microscopia eletrônica de transmissão, a fim de caracterizar o tipo e a barreira placentária e descrever relações materno-fetais na placenta. Os ovários possuem formato elipsóide, cor amarelada, mostrando-se achatados dorso-ventralmente e são relativamente grandes, com variações de parede lisa a mais áspera, apresentando diferentes fases foliculares. As tubas uterinas são tubulares, cilíndricas e tortuosas. Estendem-se lateralmente, curvando-se craniocaudalmente sobre os ovários. Não são contínuas em espessura e forma, sendo possível distinguir infundíbulo, ampola e istmo. O útero é do tipo bicórneo em forma de Y possuindo dois longos cornos cilíndricos, ao longo de seu lúmen não apresenta um septo mediano. A vagina possui epitélio estratificado escamoso não queratinizado, com pregas longitudinais, sendo o número de pregas variável assim como sua espessura. A vulva possui diferença de cor tegumentar dos grandes lábios em relação à rima, sendo o pequeno espaço entre a vulva e o ânus o indicativo para o dimorfismo sexual do animal. O clitóris está situado na porção ventral da rima, atrás da comissura labial superior, sendo não visível. A placenta é do tipo corioalantóica, discoidal, labiríntica de padrão lobular, correspondendo a principal região para trocas materno-fetal sendo identificados vasos fetais por endotélio vimentina - positivo, em contraste com os espaços de sangue materno. Células gigantes sinusoidais foram identificadas no labirinto e próximo a decídua. O saco vitelino visceral é composto por células cúbicas da endoderme, uma camada de mesênquima rica em vasos e mesotélio. Possui uma subplacenta e apresenta relação materno-fetal do subtipo hemomonocorial, além de um saco vitelino presente até o final da gestação. Com os resultados da análise estrutural do material esperamos poder contribuir melhorando assim os dados sobre os aspectos reprodutivos da espécie, colaborando em outras futuras pesquisas, e gerando uma base comparativa para mamíferos sul-americanos semelhantes e pouco estudados em nosso território.The preservation of wild Brazilian species is based on knowledge, distribution, behavior both in the natural environment and in captivity, therefore, there is a great importance in the case of reproductive description of the species studied always aiming the perpetuation. This study has focused on the uterine detailing and their reproductive whole, related to placentation process, in addition to evolution as the phylogenetic position of mammals, describing the morphology of the placenta, placental barrier in delimitation of phylogenetic evolution of this organ in animals of the species Coendou prehensilis. The C. prehensilis, popularly called porcupine clerk or porcupine, is an herbivorous rodent that usually lives in tropical forest trees from Mexico to South America, is a mammal that can weigh 2-5 pounds and measure 30 to 60 centímeters. For the study, 07 animals (2 pregnant and 5 non-pregnant) were used, all animals died by dog attacks and trampling on roads, the research was regularized by IBAMA. Macroscopic techniques were used describing the format, vascularization and biometry of the reproductive organs and placenta of the species in question, besides light microscopy, immunohistochemistry (vimentin 1: 200, PCNA 1: 700 and cytokeratin 1: 400), electron microscopy scanning and transmission electron microscopy to characterize the placental barrier and to describe maternal-fetal relations in the placenta. The ovaries are ellipsoid in shape, yellow in color and are flattened dorsi-ventrally and are relatively large, with smooth wall variations presenting different follicular phases. The uterine tubes are tubular, cylindrical and tortuous. They extend laterally, curving craniocaudally on the ovaries. They are not continuous in thickness and shape, being possible to distinguish infundibulum, ampule and isthmus. The uterus is bicornuous in a \"Y\" format with two long cylindrical horns, along its lumen does not present a median septum. The vagina has non-keratinized squamous stratified epithelium, with longitudinal folds, the number of folds is variable as well as its thickness. The vulva has a difference in tegumentary color of the big lips in relation to the rhyme. The clitoris is located in the ventral portion of the rhyme behind the upper labial commissure and is not visible. The placenta is chorioallantoic, zoonary, discoid, labyrinthine type of lobular pattern, corresponding to the main region for maternal-fetal exchanges. And fetal vessels were identified by vimentin - positive endothelium, in contrast to the maternal blood spaces. Giant sinusoidal cells were identified in the labyrinth and close to decidua. The visceral yolk sac is composed of cubic cells of the endoderm, a layer of mesenchyme rich in pots and mesothelium. It has a subplacenta and presents a maternal-fetal relationship of the hemomonochorial subtype, besides a yolk sac present until the end of gestation. With the results of the structural analysis of the material, we hope to contribute to improve the data on the reproductive aspects of the species, collaborating in other future research, and generating a comparative base for similar South American mammals in our territory.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPAmbrosio, Carlos EduardoCury, Fabio Sergio2016-12-19info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10132/tde-21032017-173349/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2018-07-19T15:44:41Zoai:teses.usp.br:tde-21032017-173349Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212018-07-19T15:44:41Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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A preservação de espécies silvestres brasileiras é baseada no conhecimento, distribuição e comportamento tanto no meio ambiente natural, quanto em cativeiro, sendo assim, existe uma grande importância tratando-se da descrição reprodutiva das espécies estudadas visando sempre à perpetuação. Este estudo possui foco no sistema reprodutivo feminino, relacionando ao processo de placentação, além da evolução quanto à posição filogenética dos mamíferos, descrevendo a morfologia da placenta, barreira placentária em delimitação da evolução filogenética desse órgão em animais da espécie Coendou prehensilis. O Coendou prehensilis, chamado popularmente de porco-espinho caixeiro ou ouriço-caixeiro, é um roedor herbívoro que vive geralmente em árvores de florestas tropicais desde o México até a América do sul, é um mamífero que pode pesar de 2 a 5 kg e medir de 30 a 60 cm de comprimento. Para o estudo foram utilizados 07 animais (2 gestantes e 5 não gestantes) que vieram a óbito por ataques de cães e atropelamentos em estradas, animais estes, devidamente regularizados pelo ICMBio. Foram realizadas as técnicas macroscópicas, descrevendo o formato, vascularização e biometria dos órgãos reprodutores e placenta da espécie em questão, além de microscopia de luz, imunohistoquimica (vimentina 1:200, PCNA 1:700 e citoqueratina 1:400), microscopia eletrônica de varredura e microscopia eletrônica de transmissão, a fim de caracterizar o tipo e a barreira placentária e descrever relações materno-fetais na placenta. Os ovários possuem formato elipsóide, cor amarelada, mostrando-se achatados dorso-ventralmente e são relativamente grandes, com variações de parede lisa a mais áspera, apresentando diferentes fases foliculares. As tubas uterinas são tubulares, cilíndricas e tortuosas. Estendem-se lateralmente, curvando-se craniocaudalmente sobre os ovários. Não são contínuas em espessura e forma, sendo possível distinguir infundíbulo, ampola e istmo. O útero é do tipo bicórneo em forma de Y possuindo dois longos cornos cilíndricos, ao longo de seu lúmen não apresenta um septo mediano. A vagina possui epitélio estratificado escamoso não queratinizado, com pregas longitudinais, sendo o número de pregas variável assim como sua espessura. A vulva possui diferença de cor tegumentar dos grandes lábios em relação à rima, sendo o pequeno espaço entre a vulva e o ânus o indicativo para o dimorfismo sexual do animal. O clitóris está situado na porção ventral da rima, atrás da comissura labial superior, sendo não visível. A placenta é do tipo corioalantóica, discoidal, labiríntica de padrão lobular, correspondendo a principal região para trocas materno-fetal sendo identificados vasos fetais por endotélio vimentina - positivo, em contraste com os espaços de sangue materno. Células gigantes sinusoidais foram identificadas no labirinto e próximo a decídua. O saco vitelino visceral é composto por células cúbicas da endoderme, uma camada de mesênquima rica em vasos e mesotélio. Possui uma subplacenta e apresenta relação materno-fetal do subtipo hemomonocorial, além de um saco vitelino presente até o final da gestação. Com os resultados da análise estrutural do material esperamos poder contribuir melhorando assim os dados sobre os aspectos reprodutivos da espécie, colaborando em outras futuras pesquisas, e gerando uma base comparativa para mamíferos sul-americanos semelhantes e pouco estudados em nosso território. |
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