Reavaliação da flora carbonífera da Formação Poti, Bacia do Parnaiba
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1994 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44136/tde-11062015-104743/ |
Resumo: | A flora da Formação Poti foi estudada preliminarmente por Oliveira (1934, 1935) na década de 30. A partir dos anos 50, Dolianiti (1954) descreveu e classificou a maior parte das formas até hoje conhecidas. Oliveira (1934, 1935) e Dolianiti (1954) ressaltaram a afinidade euro-americana desta flora. Em 1962 e 1980, Dolianiti descreve as últimas formas assinaladas para essa flora. Rigby (1969) é o primeiro a sugerir recombinações taxonômicas de algumas das formas descritas por Dolianiti. Durante os anos 80, alguns outros pesquisadores (Rocha-Campos e Archangelsky, 1985; Césari, 1986 e 1987; Sessarego e Césari, 1989) colocam vários táxons desta flora em sinonímia com formas encontradas em estratos do Neocarbonífero da Argentina. Isto passou a sugerir uma maior afinidade da flora com as floras gondvânicas. No entanto, estas últimas sinonímias foram todas realizadas sem o exame dos espécimes. Quanto à idade da flora da Formação Poti existe controvérsia: alguns pesquisadores indicaram uma idade eocarbonífera (Dolianiti, 1954; Rigby, 1969), outros uma idade neocarbonífera (Oliveira, 1934 e 1935; Archangelsky, 1984 e 1986; Sessarego e Césari, 1989). Rösler e Ciguel (1985) salientaram as afinidades devonianas de algumas das formas da flora, sugerindo assim uma idade um pouco mais antiga. Os estudos palinológicos (Daemon, 1974; Sundaram et al., 1981 ) têm sempre indicado uma idade eocarbonífera para os estratos da Formação Poti. Tendo em mente o exposto, a presente dissertação objetivou o reestudo, em nível sistemático, de todo o material paleobotânico proveniente da Formação Poti e a determinação de sua provável idade. Para tanto, reanalisaram-se o material descrito por Dolianiti (1954, 1962 e 1980) e aquele coletado, e ainda inédito, de Rösler e Ciguel (1985). Analisou-se também novo material paleobotânico coletado durante trabalho de campo nos estados do Piauí e Maranhão. Ainda, coletaram-se e analisaram-se palinologicamente os estratos contendo os fitofósseis, e descreveram-se os afloramentos visitados. O reestudo conclui que a paleoflora da Formação Poti seria composta de pequenas esfenófitas (calamitaceas) e licófitas, pteridospermas do grupo Calamopityales e/ou Lyginopteridales e prováveis progymnospermas. Algumas novas combinações taxonômicas são também sugeridas e a composição taxonômica passa a ser a seguinte: Diplothmema gothanica (Dolianiti) n. comb., Adiantites sp., Kegilidium lamegoi Dolianiti (1954), Paulophyton sommeri Dolianiti (1954), Paulophyton sp.1 (n. esp. ), Nothorhacopteris sp.1, Nothorhacopteris sp.2, Triphyllopteris adiantoides n. esp., ?Stamnostoma sp., e uma licófita morfograficamente similar às formas angáricas do gênero Ursodendron (?U. brasiliensis (Dolianiti) n. comb. O reestudo taxonômico resultou: a) na redução do número de táxons e espécies previamente descritos; b) na autenticação de várias das diagnoses, revelando a existência de um endemismo ao nível específico; c) na constatação de uma mistura de gêneros gondvânicos com outros cosmopolitas e de uma tendência e endemismo em nível genérico; d) no estabelecimento de afinidades morfológicas com formas do Neocarbonífero da Argentina e, principalmente, com aquelas do eocarbonífero do Peru e Bolívia. Os estudos paleobotânicos e palinológicos revelaram-se mais compatíveis com uma idade eocarbonífera (Viseano?). O sistema deposicional, inferido a partir do estudo das fácies observadas nos afloramentos donde provieram o novo material paleobotânico, é transicional do tipo planície deltaica. A composição tafoflorística, o porte dos vegetais e as características morfológicas das formas sugerem que a flora teria vivido sob condições de um clima temperado. As afinidades florísticas com a Flora Paracas, no Peru, e os dados paleoclimáticos, além do posicionamento paleogeográfico, sugerem que a flora da Formação Poti representaria uma extensão a leste do Reino Paraca. A integração dos dados paleobotânicos, palinológicos, paleomagnéticos, paleogeográficos e paleoclimáticos indica uma possível migração florística intra-gondvânica durante o Carbonífero. Dentro deste contexto, floras do Neocarbonífero da Argentina e Brasil meridional representariam o registro sulino de floras adaptadas a um clima temperado frio, que já existiam, no final do Eocarbonífero, ao norte do continente, como a da Formação Poti. Estas floras teriam migrado em direção ao sul, em resposta a um controle climático, resultando em considerável diacronismo entre os seus registros. |
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Reavaliação da flora carbonífera da Formação Poti, Bacia do ParnaibaNot available.GeologiaNot available.A flora da Formação Poti foi estudada preliminarmente por Oliveira (1934, 1935) na década de 30. A partir dos anos 50, Dolianiti (1954) descreveu e classificou a maior parte das formas até hoje conhecidas. Oliveira (1934, 1935) e Dolianiti (1954) ressaltaram a afinidade euro-americana desta flora. Em 1962 e 1980, Dolianiti descreve as últimas formas assinaladas para essa flora. Rigby (1969) é o primeiro a sugerir recombinações taxonômicas de algumas das formas descritas por Dolianiti. Durante os anos 80, alguns outros pesquisadores (Rocha-Campos e Archangelsky, 1985; Césari, 1986 e 1987; Sessarego e Césari, 1989) colocam vários táxons desta flora em sinonímia com formas encontradas em estratos do Neocarbonífero da Argentina. Isto passou a sugerir uma maior afinidade da flora com as floras gondvânicas. No entanto, estas últimas sinonímias foram todas realizadas sem o exame dos espécimes. Quanto à idade da flora da Formação Poti existe controvérsia: alguns pesquisadores indicaram uma idade eocarbonífera (Dolianiti, 1954; Rigby, 1969), outros uma idade neocarbonífera (Oliveira, 1934 e 1935; Archangelsky, 1984 e 1986; Sessarego e Césari, 1989). Rösler e Ciguel (1985) salientaram as afinidades devonianas de algumas das formas da flora, sugerindo assim uma idade um pouco mais antiga. Os estudos palinológicos (Daemon, 1974; Sundaram et al., 1981 ) têm sempre indicado uma idade eocarbonífera para os estratos da Formação Poti. Tendo em mente o exposto, a presente dissertação objetivou o reestudo, em nível sistemático, de todo o material paleobotânico proveniente da Formação Poti e a determinação de sua provável idade. Para tanto, reanalisaram-se o material descrito por Dolianiti (1954, 1962 e 1980) e aquele coletado, e ainda inédito, de Rösler e Ciguel (1985). Analisou-se também novo material paleobotânico coletado durante trabalho de campo nos estados do Piauí e Maranhão. Ainda, coletaram-se e analisaram-se palinologicamente os estratos contendo os fitofósseis, e descreveram-se os afloramentos visitados. O reestudo conclui que a paleoflora da Formação Poti seria composta de pequenas esfenófitas (calamitaceas) e licófitas, pteridospermas do grupo Calamopityales e/ou Lyginopteridales e prováveis progymnospermas. Algumas novas combinações taxonômicas são também sugeridas e a composição taxonômica passa a ser a seguinte: Diplothmema gothanica (Dolianiti) n. comb., Adiantites sp., Kegilidium lamegoi Dolianiti (1954), Paulophyton sommeri Dolianiti (1954), Paulophyton sp.1 (n. esp. ), Nothorhacopteris sp.1, Nothorhacopteris sp.2, Triphyllopteris adiantoides n. esp., ?Stamnostoma sp., e uma licófita morfograficamente similar às formas angáricas do gênero Ursodendron (?U. brasiliensis (Dolianiti) n. comb. O reestudo taxonômico resultou: a) na redução do número de táxons e espécies previamente descritos; b) na autenticação de várias das diagnoses, revelando a existência de um endemismo ao nível específico; c) na constatação de uma mistura de gêneros gondvânicos com outros cosmopolitas e de uma tendência e endemismo em nível genérico; d) no estabelecimento de afinidades morfológicas com formas do Neocarbonífero da Argentina e, principalmente, com aquelas do eocarbonífero do Peru e Bolívia. Os estudos paleobotânicos e palinológicos revelaram-se mais compatíveis com uma idade eocarbonífera (Viseano?). O sistema deposicional, inferido a partir do estudo das fácies observadas nos afloramentos donde provieram o novo material paleobotânico, é transicional do tipo planície deltaica. A composição tafoflorística, o porte dos vegetais e as características morfológicas das formas sugerem que a flora teria vivido sob condições de um clima temperado. As afinidades florísticas com a Flora Paracas, no Peru, e os dados paleoclimáticos, além do posicionamento paleogeográfico, sugerem que a flora da Formação Poti representaria uma extensão a leste do Reino Paraca. A integração dos dados paleobotânicos, palinológicos, paleomagnéticos, paleogeográficos e paleoclimáticos indica uma possível migração florística intra-gondvânica durante o Carbonífero. Dentro deste contexto, floras do Neocarbonífero da Argentina e Brasil meridional representariam o registro sulino de floras adaptadas a um clima temperado frio, que já existiam, no final do Eocarbonífero, ao norte do continente, como a da Formação Poti. Estas floras teriam migrado em direção ao sul, em resposta a um controle climático, resultando em considerável diacronismo entre os seus registros.The Poti Formation Flora was studied preliminary by Oliveira (1934, 1935) at the thirties. At the fifties, Dolianiti (1954) described and classified most of forms known up to now. Oliveira (1934, 1935) and Dolianiti emphasized the euro-american affinity of this flora. In 1980 Dolianiti described its last two forms. Rigby (1969) is the first author to suggest taxonomic recombinations to some forms described by Dolianiti. During the eighties, some authors (Rocha-Campos and Archangelsky, 1985; Césari, 1986 and 1987; Sessarego and Césari, 1989) synonymized several taxa of this flora in synonimity with forms found out on the Late Carboniferous from Argentina. This fact suggests then a bigger affinity of the Poti Formation Flora with the gondwanic flora. But these synonimies were made without the examination of the specimens. The age of this flora is uncertain: some authors suggest an Early Carboniferous age (Dolianiti, 1954; Rigby, 1969), others a Late Carboniferous age (Oliveira, 1934 and 1935; Archangelsky, 1984 and 1986; Sessarego and Césari, 1989). Rösler and Ciguel (1985) emphasized the devonian affinity of some forms of this flora, suggesting thus a little more ancient age. The palinological studies (Daemon, 1974; Sundaran, 1981) have always indicated an Early Carboniferous age for the Poti Formation deposits. Considering what is exposed above, this dissertation objectified: a) the re-study, in systematic level, of all the paleobotanical material related to the Poti Formation Flora, and b) the determination of the probable age of fossil plants. To make it possible, I reanalyzed all the published (Dolianiti, 1954, 1962 and 1980) and unpublished (Rösler and Ciguel, 1985) paleobotanical material collected up to date; collected some new material in the states of Piauí and Maranhão during the field work; collected sample to palinological study from strata containing fossil plants; and described the studies out-crops. The re-study indicated that this flora was composed of little sphenophytas (calamitaceas) and licophytas, pteridospermas belonging to the Calamopityales and/or Lyginopteridales group, and possible progymnosperms. Some new taxonomic combinations are also suggest and the taxonomic composition from now on is: Diplotmema gothanica (Dolianiti) n. comb.; Adiantites sp.; Kegelidium lamegoi Dolianiti (1954); Paulophyton sommeri Dolianiti (1954); Paulophyton sp.1 (n. sp.); Nothorhacopteris sp.1; Nothorhacopteris sp.2 (n. form), Triphyllopteris adiantoides n. sp., and a licophyta morphographycally similar to the angara forms that belong to the Ursondendron genera (? U. brasiliensis (Dolianiti) n. comb.). The taxonomic studies of this flora resulted in: a) the reduction in the number of the taxa and species previously discribed; b) the authenticity of several original diagnoses, what confirms the existence of endemic species; c) the mixing of the gondwana and the cosmopolitan genera and a trend to endemism in a generic level; d) the establishment of the morphological affinity with forms of the Late Carboniferous from Argentina and, mainly, with those of the Early Carboniferous from Peru e Bolivia. The Results of paleobotanical and palinological studies were most compatible with and Early Carboniferous age (Visean?). The depositional system was established through facies study of out-crops form which the new paleobotanical material was collected. It is a deltaic plain environment. The floristic composition, the size of fossil plants and the morphological characters of the forms indicated that this flora could have lived in temperature climatic conditions. The floristic affinity with Paracas Flora, in Peru, and the paleoclimatic data, besides the paleogeographical position, suggest that the flora could represent an extension eastwards the Paraca Realm record. The integration of the paleobotanical, palinological, paleomagnetic, paleogeographical and paleoclimatic data indicate a possible intra-gondwanic floristic migration during the Carboniferous. In this context, the Late Carboniferous floras from Argentina and Brazil would represent the south record of floras adapted to temperature or cold climatic conditions, as the Poti Formation Flora, that existed before in the north area of the south-american continent during the end of the Early Carboniferous. These floras would have migrated southwards as an answer to the climatic control, resulting in a considerable diacronism in their records.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPRosler, OscarIannuzzi, Roberto1994-08-25info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44136/tde-11062015-104743/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:11:57Zoai:teses.usp.br:tde-11062015-104743Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:11:57Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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