Relevância da monitorização dos anticorpos anti-HLA após o transplante renal: estudo clínico e anatomopatológico
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5148/tde-25062009-105922/ |
Resumo: | INTRODUÇÃO: O objetivo deste estudo foi avaliar prospectivamente os anticorpos anti-HLA após o transplante renal e associar estes achados com episódios de rejeição aguda, marcação por C4d e sobrevida do enxerto. MÉTODOS: Foram avaliados 926 soros de 111 pacientes no primeiro ano pós-transplante ou até a perda do enxerto. Os anticorpos foram analisados por PRA-ELISA (Panel Reactive Antibodies by Enzyme Linked Immuno Sorbent Assay). Anticorpos anti-HLA doador-específicos foram detectados por provas-cruzadas e caracterizados pelo método de microesferas marcadas com antígenos HLA. Episódios de rejeição aguda foram classificados conforme os Critérios de Banff 97, atualizados em 2003. RESULTADOS: Conforme o PRA-ELISA pós-transplante os pacientes foram classificados em 5 Grupos: Grupo A (n=80): sem evidência de anticorpos pré e pós-transplante; Grupo B (n=8): pacientes com anticorpos de novo; Grupo C (n=5): pacientes sensibilizados que permaneceram com mesmo nível de PRA-ELISA; Grupo D (n=4): pacientes sensibilizados que elevaram o nível de PRA-ELISA e Grupo E (n=14): pacientes sensibilizados que diminuíram o nível de PRA-ELISA durante o primeiro ano pós-transplante. A incidência de rejeição aguda foi de 23,4%. Pacientes dos Grupos B, C e D apresentaram mais episódios de rejeição aguda (respectivamente, 57%; 60% e 100%) que os dos Grupos A (18%) e E (7%), (p<0,001). Rejeições ocorridas no Grupo A foram histologicamente menos severas do que as dos outros Grupos (p=0,03) e com menor incidência de C4d+ (p<0,001). Entre os pacientes com rejeição aguda, 44% deles apresentaram anticorpos no momento da rejeição, sendo que em 90% dos casos esses anticorpos foram doadorespecíficos. Rejeição mediada por células, ou seja, sem anticorpos e com C4d-, ocorreu em 56% dos casos. A incidência global de rejeição mediada por anticorpos (RMA) foi de 11%. A sobrevida do enxerto censurada para óbito foi menor em pacientes com rejeição aguda (p<0,001), especialmente naqueles com anticorpos anti-HLA doador-específicos (p<0,001), com C4d+ (p=0,003) e nos casos de RMA (p<0,003). CONCLUSÃO: Nossos dados sugerem que a monitorização dos anticorpos anti-HLA após o transplante renal pode ser útil no diagnóstico das respostas mediadas por anticorpos e tem implicações em termos de sobrevida do enxerto. |
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Relevância da monitorização dos anticorpos anti-HLA após o transplante renal: estudo clínico e anatomopatológicoRelevance of anti-HLA monitoring after kidney transplantation: Clinical and anatomopathological studyAntibodiesAnticorposAntígenos HLABiópsiaBiopsyGraft rejectionHLA antigensKidney transplantationRejeição de enxertoTransplante de rimINTRODUÇÃO: O objetivo deste estudo foi avaliar prospectivamente os anticorpos anti-HLA após o transplante renal e associar estes achados com episódios de rejeição aguda, marcação por C4d e sobrevida do enxerto. MÉTODOS: Foram avaliados 926 soros de 111 pacientes no primeiro ano pós-transplante ou até a perda do enxerto. Os anticorpos foram analisados por PRA-ELISA (Panel Reactive Antibodies by Enzyme Linked Immuno Sorbent Assay). Anticorpos anti-HLA doador-específicos foram detectados por provas-cruzadas e caracterizados pelo método de microesferas marcadas com antígenos HLA. Episódios de rejeição aguda foram classificados conforme os Critérios de Banff 97, atualizados em 2003. RESULTADOS: Conforme o PRA-ELISA pós-transplante os pacientes foram classificados em 5 Grupos: Grupo A (n=80): sem evidência de anticorpos pré e pós-transplante; Grupo B (n=8): pacientes com anticorpos de novo; Grupo C (n=5): pacientes sensibilizados que permaneceram com mesmo nível de PRA-ELISA; Grupo D (n=4): pacientes sensibilizados que elevaram o nível de PRA-ELISA e Grupo E (n=14): pacientes sensibilizados que diminuíram o nível de PRA-ELISA durante o primeiro ano pós-transplante. A incidência de rejeição aguda foi de 23,4%. Pacientes dos Grupos B, C e D apresentaram mais episódios de rejeição aguda (respectivamente, 57%; 60% e 100%) que os dos Grupos A (18%) e E (7%), (p<0,001). Rejeições ocorridas no Grupo A foram histologicamente menos severas do que as dos outros Grupos (p=0,03) e com menor incidência de C4d+ (p<0,001). Entre os pacientes com rejeição aguda, 44% deles apresentaram anticorpos no momento da rejeição, sendo que em 90% dos casos esses anticorpos foram doadorespecíficos. Rejeição mediada por células, ou seja, sem anticorpos e com C4d-, ocorreu em 56% dos casos. A incidência global de rejeição mediada por anticorpos (RMA) foi de 11%. A sobrevida do enxerto censurada para óbito foi menor em pacientes com rejeição aguda (p<0,001), especialmente naqueles com anticorpos anti-HLA doador-específicos (p<0,001), com C4d+ (p=0,003) e nos casos de RMA (p<0,003). CONCLUSÃO: Nossos dados sugerem que a monitorização dos anticorpos anti-HLA após o transplante renal pode ser útil no diagnóstico das respostas mediadas por anticorpos e tem implicações em termos de sobrevida do enxerto.INTRODUCTION: The aim was to follow prospectively anti-HLA antibodies (Abs) after kidney transplantation and to evaluate their association with acute rejection episodes, C4d staining and graft survival. METHODS: We analyzed 926 sera from 111 transplanted patients until graft lost or during 1 year posttransplant. The antibodies were analyzed using Panel Reactive Antibodies by Enzyme Linked Immuno Sorbent Assay (PRA-ELISA). Donor-specific antibodies (DSA) were detected by crossmatch tests and characterized by single antigen beads. Acute rejections (AR) were classified by Banff 97 criteria, updated in 2003. RESULTS: According to post-transplant PRAELISA the patients were classified in 5 groups: Group A (n=80): no evidence of Abs pre and post-transplant; Group B (n=8): patients with Abs de novo; Group C (n=5): sensitized patients who sustained the same PRA-ELISA levels; Group D (n=4): sensitized patients who increased PRA-ELISA levels and Group E (n=14): sensitized patients who decreased PRA-ELISA levels during the first year. The overall incidence of acute rejection was 23,4%. Patients from Groups B, C and D had more AR (respectively, 57%; 60% and 100%) than patients from Groups A (18%) and E (7%), (p<0.001). Patients from Group A had lower Banff scores than other groups (p=0.03) and lower rates of C4d positivity on AR biopsies (p<0.001). Among patients with AR, 44% of them had antibodies which appeared/increased during the AR episodes, and 90% were DSA. AR were pure cell-mediated (C4d-/Abs-) in 56% of the cases. The overall incidence of antibody-mediated rejection (AMR) was 11%. One-year censored graft survival was lower in patients with AR (p<0.001), specially in those with DSA (p<0.001), C4d+ (p=0.003), and AMR (p<0.003). CONCLUSION: Our data suggest that monitoring of anti- HLA antibodies post-transplantation is an useful tool for the diagnosis of antibody-mediated responses, and has prognostic implications in terms of graft survival.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPCastro, Maria Cristina Ribeiro deSouza, Patrícia Soares de2009-01-29info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5148/tde-25062009-105922/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:09:59Zoai:teses.usp.br:tde-25062009-105922Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:09:59Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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